Análise da retrusão do terço médio da face e dismorfologia orbital em crianças portadoras das Síndromes de Apert e Crouzon

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Forte, Antonio Jorge de Vasconcelos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-06062017-093415/
Resumo: Retrusão do terço médio da face é característica das disostoses sindrômicas. Falta de projeção e deficiência estrutural podem ser responsáveis pelo fenômeno, mas estes nunca foram avaliados adequadamente tridimensionalmente. O objetivo deste estudo é analisar a interface entre a base do crânio e a face, o volume dos ossos do terço médio da face e o volume e estrutura dos componentes da órbita, para fornecer uma compreensão da etiopatogenia da deficiência do terço médio da face e da dismorfologia ocular. Crianças com tomografia computadorizada, na ausência de qualquer intervenção cirúrgica, foram incluídas. As informações demográficas foram obtidas para três grupos (Apert, Crouzon, Controle). As tomografias computadorizadas foram digitalizadas e analisadas usando o software Materialise (Surgicase CMF (TM)). Dados craniométricas relativos ao terço médio da face, esfenóide e da órbita foram recolhido. Avaliação volumétrica do terço médio da face e órbita foi tabulada. A análise estatística foi realizada utilizando T-teste. Para a análise da retrusão do terço médio da face, trinta e seis tomografias foram incluídas (Controle n = 17, Crouzon / Apert n = 19). Todas as crianças estavam no período de dentição mista. A fossa anterior craniana é mais curta e mais larga em Crouzon/Apert versus Controles. Os ângulos da base do crânio medidos não foram estatisticamente diferentes entre os grupos. Crouzon/Apert mostrou ângulos mais obtusos entre as maiores asas do esfenóide, e mais obtusos entre as placas pterigóides. O ângulo formado pelo nasion-sela-fissura pterigomaxilar foi mais obtuso no grupo Crouzon e Apert comparado aos Controles. Não houve diferença volumétrica da maxila, zigoma e esfenóide comparando Crouzon/Apert aos Controles. Para a análise da dismorfologia orbital, trinta e uma tomografias computadorizadas foram incluídas (Controle n = 12, n = 9 Crouzon, Apert n = 10). A média de idade do grupo Apert foi de 5,31 ± 5 anos, Crouzon foi 5,77 ± 2,7 anos e Controle foi de 6,4 ± 3,6 anos (p = 0,6). O grupo de Crouzon era composto por 5 meninos e 4 meninas, o grupo de Apert continha 4 meninos e 6 meninas e o grupo Controle tinha 6 meninos e 6 meninas (p > 0,7). O comprimento da órbita óssea é 12% menor em Apert (p = 0,004) e 17% menor no grupo Crouzon quando comparado ao grupo Controle (p < 0,0001). A altura da órbita é 14% maior no grupo de Apert (p <0,0001) e 7% maior no grupo Crouzon quando comparados com os Controles (p = 0,03). A largura da órbita não é estatisticamente diferente no Crouzon ou grupo Apert quando comparados aos Controles (p = 0,1). O volume da órbita óssea é 21% menor nas crianças Apert (p = 0,0006) e 23% menor em Crouzon quando comparados aos Controles (p = 0,003). A projeção do globo é 99% maior em Apert e 119% maior em Crouzon quando comparados aos Controles (ambos p < 0,0001). Volume projetado fora da órbita é 179% maior em ambos Crouzon e Apert grupo quando comparados aos Controles (ambos p < 0,0001). O volume do globo ocular é 15% maior em Apert (p = 0,008) e 36% maior no grupo Crouzon quando comparado com o grupo Controle (p < 0,0001). O volume da porção do globo ocular dentro da órbita é 27% menor em Apert (p = 0,03). O grupo Crouzon não apresentou diferença estatística em relação ao grupo Controle para essa variável(p = 0,47). O volume da periórbita é 18% menor em Apert (p = 0,027) e 27% menor em Crouzon (p = 0,039), quando comparado com o grupo Controle (p = 0,001). O volume total dos tecidos moles (globo mais periórbita) em ambos os grupos Apert e Crouzon não foi estatisticamente diferente de Controles. Em suma, retrusão do terço médio da face em pacientes com Crouzon e Apert é associado com deformidade do esfenóide, que consiste na retrusão das placas pterigóides, causando alargamento e deformidade maxilar amplo, sugerindo crescimento diminuição inferior e anteriormente. Não há deficiência volumétrica dos ossos do terço médio da face nos grupos Crouzon e Apert comparado com Controles. Além disso, a dismorfologia ocular está relacionada com um encurtamento da órbita óssea associado com diminuição do volume orbital, aumento do volume do globo e diminuição do volume de periórbita. Apesar desses pacientes apresentarem volume normal do conteúdo da orbita, os conteúdos são alteradas, e da órbita óssea é mais curta e tem menos volume, o que não se encaixa na descrição clássica de exoftalmia ou exorbitismo
id USP_99835dcc7aec2f0aeac9f94290b3f453
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-06062017-093415
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Análise da retrusão do terço médio da face e dismorfologia orbital em crianças portadoras das Síndromes de Apert e CrouzonAnalysis of midface retrusion and orbital dysmorphology in children with Apert and Crouzon syndromesApert syndromCrouzon's diseaseDoença de CrouzonFaceFaceMaxilaMaxillaOrbitÓrbitaOsso esfenoideSíndrome de ApertSphenoid boneRetrusão do terço médio da face é característica das disostoses sindrômicas. Falta de projeção e deficiência estrutural podem ser responsáveis pelo fenômeno, mas estes nunca foram avaliados adequadamente tridimensionalmente. O objetivo deste estudo é analisar a interface entre a base do crânio e a face, o volume dos ossos do terço médio da face e o volume e estrutura dos componentes da órbita, para fornecer uma compreensão da etiopatogenia da deficiência do terço médio da face e da dismorfologia ocular. Crianças com tomografia computadorizada, na ausência de qualquer intervenção cirúrgica, foram incluídas. As informações demográficas foram obtidas para três grupos (Apert, Crouzon, Controle). As tomografias computadorizadas foram digitalizadas e analisadas usando o software Materialise (Surgicase CMF (TM)). Dados craniométricas relativos ao terço médio da face, esfenóide e da órbita foram recolhido. Avaliação volumétrica do terço médio da face e órbita foi tabulada. A análise estatística foi realizada utilizando T-teste. Para a análise da retrusão do terço médio da face, trinta e seis tomografias foram incluídas (Controle n = 17, Crouzon / Apert n = 19). Todas as crianças estavam no período de dentição mista. A fossa anterior craniana é mais curta e mais larga em Crouzon/Apert versus Controles. Os ângulos da base do crânio medidos não foram estatisticamente diferentes entre os grupos. Crouzon/Apert mostrou ângulos mais obtusos entre as maiores asas do esfenóide, e mais obtusos entre as placas pterigóides. O ângulo formado pelo nasion-sela-fissura pterigomaxilar foi mais obtuso no grupo Crouzon e Apert comparado aos Controles. Não houve diferença volumétrica da maxila, zigoma e esfenóide comparando Crouzon/Apert aos Controles. Para a análise da dismorfologia orbital, trinta e uma tomografias computadorizadas foram incluídas (Controle n = 12, n = 9 Crouzon, Apert n = 10). A média de idade do grupo Apert foi de 5,31 ± 5 anos, Crouzon foi 5,77 ± 2,7 anos e Controle foi de 6,4 ± 3,6 anos (p = 0,6). O grupo de Crouzon era composto por 5 meninos e 4 meninas, o grupo de Apert continha 4 meninos e 6 meninas e o grupo Controle tinha 6 meninos e 6 meninas (p > 0,7). O comprimento da órbita óssea é 12% menor em Apert (p = 0,004) e 17% menor no grupo Crouzon quando comparado ao grupo Controle (p < 0,0001). A altura da órbita é 14% maior no grupo de Apert (p <0,0001) e 7% maior no grupo Crouzon quando comparados com os Controles (p = 0,03). A largura da órbita não é estatisticamente diferente no Crouzon ou grupo Apert quando comparados aos Controles (p = 0,1). O volume da órbita óssea é 21% menor nas crianças Apert (p = 0,0006) e 23% menor em Crouzon quando comparados aos Controles (p = 0,003). A projeção do globo é 99% maior em Apert e 119% maior em Crouzon quando comparados aos Controles (ambos p < 0,0001). Volume projetado fora da órbita é 179% maior em ambos Crouzon e Apert grupo quando comparados aos Controles (ambos p < 0,0001). O volume do globo ocular é 15% maior em Apert (p = 0,008) e 36% maior no grupo Crouzon quando comparado com o grupo Controle (p < 0,0001). O volume da porção do globo ocular dentro da órbita é 27% menor em Apert (p = 0,03). O grupo Crouzon não apresentou diferença estatística em relação ao grupo Controle para essa variável(p = 0,47). O volume da periórbita é 18% menor em Apert (p = 0,027) e 27% menor em Crouzon (p = 0,039), quando comparado com o grupo Controle (p = 0,001). O volume total dos tecidos moles (globo mais periórbita) em ambos os grupos Apert e Crouzon não foi estatisticamente diferente de Controles. Em suma, retrusão do terço médio da face em pacientes com Crouzon e Apert é associado com deformidade do esfenóide, que consiste na retrusão das placas pterigóides, causando alargamento e deformidade maxilar amplo, sugerindo crescimento diminuição inferior e anteriormente. Não há deficiência volumétrica dos ossos do terço médio da face nos grupos Crouzon e Apert comparado com Controles. Além disso, a dismorfologia ocular está relacionada com um encurtamento da órbita óssea associado com diminuição do volume orbital, aumento do volume do globo e diminuição do volume de periórbita. Apesar desses pacientes apresentarem volume normal do conteúdo da orbita, os conteúdos são alteradas, e da órbita óssea é mais curta e tem menos volume, o que não se encaixa na descrição clássica de exoftalmia ou exorbitismoMidface retrusion is the hallmark of the syndromic dysotoses. Lack of forward projection and structural deficiency could be responsible, but neither has been adequately 3-dimensionally assessed. The purpose of this study is to examine cranial base interface and midface volume to provide understanding of the etiopathogenesis of midface deficiency. Children with CT scans in the absence of any surgical intervention were included. Demographic information was recorded for three groups (Apert, Crouzon, Control). CTs were digitized and manipulated using Materialise software (Surgicase CMF(TM)). Craniometric data relating to the midface, sphenoid and orbit was collected. Volumetric assessment of the midface and orbit were tabulated. Statistical analysis was performed using T-test. For the midface retrusion analysis, thirty-six CT scans were included (Control n=17, Crouzon/Apert n=19). All children were in the early mixed dentition. The anterior cranial fossa proved to be shorter and wider in Crouzon/Apert versus controls. The cranial base angles measured were not statistically different across the groups. Crouzon/Apert group showed angles more obtuse between the greater wings of the sphenoid, and more obtuse between the pterygoid plates. Nasion-sella-pterygomaxillary fissure angle was more obtuse in Crouzon/Apert. There was no volumetric difference in the maxilla, zygoma, and sphenoid comparing Crouzon/Apert to controls. For the orbital dysmorphology analysis, thirty-one CT scans were included (Control n=12, Crouzon n=9, Apert n=10). The mean age of the Apert group was 5.31 ± 5 years, Crouzon was 5.77 ± 2.7 years and Control was 6.4 ± 3.6 years (p=0.6). The Crouzon group consisted of 5 boys and 4 girls, the Apert group had 4 boys and 6 girls and the Control group had 6 boys and 6 girls (p > 0.7). The bony orbit length was 12% shorter in Apert (p=0.004) and 17% shorter in the Crouzon group when compared to controls (p < 0.0001). Orbital height was 14% higher in the Apert group (p < 0.0001) and 7% higher in the Crouzon group when compared to controls (p=0.03). Orbital width was not statistically different in either Crouzon or Apert group when compared to controls (p=0.1). The bony orbital volume was 21% smaller in the Apert children (p=0.0006) and 23% smaller in Crouzon when compared to controls (p=0.003). The globe projection was 99% larger in Apert and 119% larger in Crouzon groups when compared to controls (both p < 0.0001). Volume projected outside the orbit was increased over 179% in both Crouzon and Apert group when compared to Controls (both p < 0.0001). Globe volume was 15% larger in Apert (p=0.008) and 36% larger in Crouzon group when compared to Controls (p < 0.0001). Globe volume inside the orbit was 27% smaller in Apert (p=0.03) and the Crouzon group presented no statistical difference when compared to Controls (p=0.47). Periorbita volume was 18% less in Apert (p=0.027) and 27% less in Crouzon (p=0.039) group when compared to Controls (p=0.001). Total soft tissue volume (globe plus periorbita) in both Apert and Crouzon groups was not statistically different from Controls. In summary, midface retrusion in Crouzon and Apert is associated with altered sphenoid morphology consisting of widened and retruded pterygoid plates, with a flatter and wider maxilla, suggesting diminished growth inferiorly and anteriorly. There is no volumetric deficiency in Crouzon/Apert versus controls. Orbital dysmorphology is associated with altered sphenoid morphology, shortened bony orbit with diminished orbital volume, increased globe volume and decreased volume of periorbita. Despite normal volume of the overall orbital contents, the contents are altered, and the bony orbit is shorter and holds less volume, which does not fit the classic description of either exophthalmos or exorbitismBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlonso, NivaldoForte, Antonio Jorge de Vasconcelos2017-03-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-06062017-093415/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:34:08Zoai:teses.usp.br:tde-06062017-093415Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:34:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Análise da retrusão do terço médio da face e dismorfologia orbital em crianças portadoras das Síndromes de Apert e Crouzon
Analysis of midface retrusion and orbital dysmorphology in children with Apert and Crouzon syndromes
title Análise da retrusão do terço médio da face e dismorfologia orbital em crianças portadoras das Síndromes de Apert e Crouzon
spellingShingle Análise da retrusão do terço médio da face e dismorfologia orbital em crianças portadoras das Síndromes de Apert e Crouzon
Forte, Antonio Jorge de Vasconcelos
Apert syndrom
Crouzon's disease
Doença de Crouzon
Face
Face
Maxila
Maxilla
Orbit
Órbita
Osso esfenoide
Síndrome de Apert
Sphenoid bone
title_short Análise da retrusão do terço médio da face e dismorfologia orbital em crianças portadoras das Síndromes de Apert e Crouzon
title_full Análise da retrusão do terço médio da face e dismorfologia orbital em crianças portadoras das Síndromes de Apert e Crouzon
title_fullStr Análise da retrusão do terço médio da face e dismorfologia orbital em crianças portadoras das Síndromes de Apert e Crouzon
title_full_unstemmed Análise da retrusão do terço médio da face e dismorfologia orbital em crianças portadoras das Síndromes de Apert e Crouzon
title_sort Análise da retrusão do terço médio da face e dismorfologia orbital em crianças portadoras das Síndromes de Apert e Crouzon
author Forte, Antonio Jorge de Vasconcelos
author_facet Forte, Antonio Jorge de Vasconcelos
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Alonso, Nivaldo
dc.contributor.author.fl_str_mv Forte, Antonio Jorge de Vasconcelos
dc.subject.por.fl_str_mv Apert syndrom
Crouzon's disease
Doença de Crouzon
Face
Face
Maxila
Maxilla
Orbit
Órbita
Osso esfenoide
Síndrome de Apert
Sphenoid bone
topic Apert syndrom
Crouzon's disease
Doença de Crouzon
Face
Face
Maxila
Maxilla
Orbit
Órbita
Osso esfenoide
Síndrome de Apert
Sphenoid bone
description Retrusão do terço médio da face é característica das disostoses sindrômicas. Falta de projeção e deficiência estrutural podem ser responsáveis pelo fenômeno, mas estes nunca foram avaliados adequadamente tridimensionalmente. O objetivo deste estudo é analisar a interface entre a base do crânio e a face, o volume dos ossos do terço médio da face e o volume e estrutura dos componentes da órbita, para fornecer uma compreensão da etiopatogenia da deficiência do terço médio da face e da dismorfologia ocular. Crianças com tomografia computadorizada, na ausência de qualquer intervenção cirúrgica, foram incluídas. As informações demográficas foram obtidas para três grupos (Apert, Crouzon, Controle). As tomografias computadorizadas foram digitalizadas e analisadas usando o software Materialise (Surgicase CMF (TM)). Dados craniométricas relativos ao terço médio da face, esfenóide e da órbita foram recolhido. Avaliação volumétrica do terço médio da face e órbita foi tabulada. A análise estatística foi realizada utilizando T-teste. Para a análise da retrusão do terço médio da face, trinta e seis tomografias foram incluídas (Controle n = 17, Crouzon / Apert n = 19). Todas as crianças estavam no período de dentição mista. A fossa anterior craniana é mais curta e mais larga em Crouzon/Apert versus Controles. Os ângulos da base do crânio medidos não foram estatisticamente diferentes entre os grupos. Crouzon/Apert mostrou ângulos mais obtusos entre as maiores asas do esfenóide, e mais obtusos entre as placas pterigóides. O ângulo formado pelo nasion-sela-fissura pterigomaxilar foi mais obtuso no grupo Crouzon e Apert comparado aos Controles. Não houve diferença volumétrica da maxila, zigoma e esfenóide comparando Crouzon/Apert aos Controles. Para a análise da dismorfologia orbital, trinta e uma tomografias computadorizadas foram incluídas (Controle n = 12, n = 9 Crouzon, Apert n = 10). A média de idade do grupo Apert foi de 5,31 ± 5 anos, Crouzon foi 5,77 ± 2,7 anos e Controle foi de 6,4 ± 3,6 anos (p = 0,6). O grupo de Crouzon era composto por 5 meninos e 4 meninas, o grupo de Apert continha 4 meninos e 6 meninas e o grupo Controle tinha 6 meninos e 6 meninas (p > 0,7). O comprimento da órbita óssea é 12% menor em Apert (p = 0,004) e 17% menor no grupo Crouzon quando comparado ao grupo Controle (p < 0,0001). A altura da órbita é 14% maior no grupo de Apert (p <0,0001) e 7% maior no grupo Crouzon quando comparados com os Controles (p = 0,03). A largura da órbita não é estatisticamente diferente no Crouzon ou grupo Apert quando comparados aos Controles (p = 0,1). O volume da órbita óssea é 21% menor nas crianças Apert (p = 0,0006) e 23% menor em Crouzon quando comparados aos Controles (p = 0,003). A projeção do globo é 99% maior em Apert e 119% maior em Crouzon quando comparados aos Controles (ambos p < 0,0001). Volume projetado fora da órbita é 179% maior em ambos Crouzon e Apert grupo quando comparados aos Controles (ambos p < 0,0001). O volume do globo ocular é 15% maior em Apert (p = 0,008) e 36% maior no grupo Crouzon quando comparado com o grupo Controle (p < 0,0001). O volume da porção do globo ocular dentro da órbita é 27% menor em Apert (p = 0,03). O grupo Crouzon não apresentou diferença estatística em relação ao grupo Controle para essa variável(p = 0,47). O volume da periórbita é 18% menor em Apert (p = 0,027) e 27% menor em Crouzon (p = 0,039), quando comparado com o grupo Controle (p = 0,001). O volume total dos tecidos moles (globo mais periórbita) em ambos os grupos Apert e Crouzon não foi estatisticamente diferente de Controles. Em suma, retrusão do terço médio da face em pacientes com Crouzon e Apert é associado com deformidade do esfenóide, que consiste na retrusão das placas pterigóides, causando alargamento e deformidade maxilar amplo, sugerindo crescimento diminuição inferior e anteriormente. Não há deficiência volumétrica dos ossos do terço médio da face nos grupos Crouzon e Apert comparado com Controles. Além disso, a dismorfologia ocular está relacionada com um encurtamento da órbita óssea associado com diminuição do volume orbital, aumento do volume do globo e diminuição do volume de periórbita. Apesar desses pacientes apresentarem volume normal do conteúdo da orbita, os conteúdos são alteradas, e da órbita óssea é mais curta e tem menos volume, o que não se encaixa na descrição clássica de exoftalmia ou exorbitismo
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-03-09
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-06062017-093415/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-06062017-093415/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815256718028832768