Uma proposta de telerreabilitação de mulheres portadoras de disfunção musculoesquelética crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Franco, José Bassan
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-08032023-171628/
Resumo: A incidência de disfunções musculoesqueléticas crônicas cresce e afeta a população, em especial, os joelhos de mulheres pela incapacidade de suportar peso, com a perda da qualidade de vida. Essa fisiopatologia revela-se pelo processo mecânico e/ou pelo envelhecimento da cartilagem articular. Nesse contexto, a terapia pelo exercício físico é considerada a abordagem padrão ouro, pois a fraqueza do músculo quadríceps femoral é definida como um fator de risco para osteoartrose no joelho. Frente à essa necessidade e à dificuldade de alcance aos serviços de atenção primária à saúde, a telessaúde poderá proporcionar mais possibilidades no campo da medicina física de acesso à reabilitação. O objetivo deste estudo foi comparar a proposta de um programa de telerreabilitação a um programa de reabilitação presencial, no tratamento de mulheres portadoras de disfunção musculoesquelética crônica, para desfechos relacionados à dor, à função física e à qualidade de vida. Após a aprovação do comitê de ética e a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, foi realizado um ensaio clínico controlado com mulheres na faixa etária de 55 a 85 anos de idade, com diagnóstico médico de disfunção musculoesquelética (osteoartrose de joelho), alocadas em 2 grupos (randomização estratificada): grupo telerreabilitação (n=11) e grupo reabilitação presencial (n=11). Os grupos foram avaliados, presencialmente, por meio de questionário WOMAC (Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index), Escala de Autoeficácia para Controle da Dor Crônica (AEDC), escala de dor NRS (Numeric Rating Scale), teste funcional TUG (Timed Up and Go) e avaliação de força muscular do quadríceps femoral e isquiotibiais por dinamometria isométrica. Todas as participantes foram submetidas a um protocolo de intervenção composto por exercícios de fortalecimento muscular, duas sessões por semana, durante o período de 12 semanas, e reavaliadas ao final de 24 sessões, sendo que o grupo telerreabilitação foi monitorado de maneira síncrona, via plataforma Google Meet, e o grupo reabilitação presencial, na clínica de fisioterapia da FIB (Faculdades Integradas de Bauru). Os resultados analisados estatisticamente (test t) para comparação de cada variável dependente entre os dois grupos de tratamento, com nível de significância estabelecido em p<0,05, e análise de variância de dois critérios (ANOVA 2), sugeriram que as duas modalidades terapêuticas, telerreabilitação e reabilitação presencial, resultaram em melhoras clínicas significativas, sendo comparáveis desde a linha de base até três meses de tratamento. Concluiu-se que a telerreabilitação, quando comparada com a reabilitação presencial, como proposta de tratamento de disfunção musculoesquelética crônica, demonstrou não haver diferença entre os dois grupos, uma vez que ambos obtiveram melhoras relevantes, de acordo com o fator tempo de intervenção, com resultados estatisticamente importantes para todas as variáveis estudadas.
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O objetivo deste estudo foi comparar a proposta de um programa de telerreabilitação a um programa de reabilitação presencial, no tratamento de mulheres portadoras de disfunção musculoesquelética crônica, para desfechos relacionados à dor, à função física e à qualidade de vida. Após a aprovação do comitê de ética e a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, foi realizado um ensaio clínico controlado com mulheres na faixa etária de 55 a 85 anos de idade, com diagnóstico médico de disfunção musculoesquelética (osteoartrose de joelho), alocadas em 2 grupos (randomização estratificada): grupo telerreabilitação (n=11) e grupo reabilitação presencial (n=11). Os grupos foram avaliados, presencialmente, por meio de questionário WOMAC (Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index), Escala de Autoeficácia para Controle da Dor Crônica (AEDC), escala de dor NRS (Numeric Rating Scale), teste funcional TUG (Timed Up and Go) e avaliação de força muscular do quadríceps femoral e isquiotibiais por dinamometria isométrica. Todas as participantes foram submetidas a um protocolo de intervenção composto por exercícios de fortalecimento muscular, duas sessões por semana, durante o período de 12 semanas, e reavaliadas ao final de 24 sessões, sendo que o grupo telerreabilitação foi monitorado de maneira síncrona, via plataforma Google Meet, e o grupo reabilitação presencial, na clínica de fisioterapia da FIB (Faculdades Integradas de Bauru). Os resultados analisados estatisticamente (test t) para comparação de cada variável dependente entre os dois grupos de tratamento, com nível de significância estabelecido em p<0,05, e análise de variância de dois critérios (ANOVA 2), sugeriram que as duas modalidades terapêuticas, telerreabilitação e reabilitação presencial, resultaram em melhoras clínicas significativas, sendo comparáveis desde a linha de base até três meses de tratamento. Concluiu-se que a telerreabilitação, quando comparada com a reabilitação presencial, como proposta de tratamento de disfunção musculoesquelética crônica, demonstrou não haver diferença entre os dois grupos, uma vez que ambos obtiveram melhoras relevantes, de acordo com o fator tempo de intervenção, com resultados estatisticamente importantes para todas as variáveis estudadas.The incidence of chronic musculoskeletal dysfunctions grows and affects the population, especially the knees of women, by the inability to bear weight bearing, with loss of quality of life. The pathophysiology is revealed by the mechanical process and/or through aging of the articular cartilage, whereas exercise therapy is considered the gold standard approach, because weakness of the quadriceps femoris is defined as a risk factor for knee osteoarthritis. Faced with this need and the difficulty of access to primary health care, telehealth favors the fields of physical medicine to offer rehabilitation services to patients with physical limitations or difficulty of access to the treatment site. The objective of this study was to compare the proposal of a rehabilitation program with a face-to-face rehabilitation program in the treatment of women with chronic musculoskeletal dysfunction for outcomes dysfunction, related to pain, physical function, and quality of life. After approval by the ethics committee and the signing of an informed consent, a controlled clinical trial was conducted with women aged 55 to 85 years old, with a medical diagnosis of knee osteoarthritis, allocated into 2 groups (stratified randomization): telerehabilitation (n=11) and in-person rehabilitation (n=11). The groups were evaluated in person using the WOMAC (Western Ontario and McMaster Universities Osteoarthritis Index) questionnaire, the Self-Efficacy Scale for Chronic Pain Control (AEDC), the NRS (Numeric Rating Scale) pain scale, the TUG (Timed Up and Go) functional test, and evaluation of the muscular strength of the quadriceps femoris and hamstrings by isometric dynamometry. All participants were submitted to an intervention protocol composed of muscle strengthening exercises, two sessions per week, during the period of 12 weeks, and reassessed at the end of 24 sessions. The telerehabilitation group was synchronously monitored via the Google Meet platform, and the in-person rehabilitation group was monitored in the physical therapy clinic of FIB (Faculdades Integradas de Bauru). The results analyzed statistically (t-test) to compare each dependent variable between the two treatment groups, with significance level set at p<0.05, and two-criteria analysis of variance (ANOVA 2) suggest that the two therapeutic modalities, telerehabilitation and in-person rehabilitation, result in significant clinical improvements being comparable from baseline to three months of treatment. It was concluded that telerehabilitation when compared to in-person rehabilitation as a proposed treatment for chronic musculoskeletal dysfunction showed no difference between the two groups, and that both obtained significant improvements according to the intervention time factor with statistically significant results for all variables studied.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBlasca, Wanderléia QuinhoneiroFranco, José Bassan2022-12-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-08032023-171628/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPReter o conteúdo por motivos de patente, publicação e/ou direitos autoriais.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-08032023-171628Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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