Influência de nitrogênio, zinco e boro e de suas respectivas interações no desempenho da cultura de milho (Zea mays L.).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Marcio Augusto
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20102003-165553/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar o modo como os micronutrientes zinco e boro e suas interações com a adubação nitrogenada influenciam no desempenho da cultura do milho (Zea mays L.). O experimento foi conduzido em área pertencente à Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), no município de Piracicaba-SP, no ano agrícola de 2000/2001, em solo classificado como Nitossolo Vermelho, Eutrófico, onde foi semeado o híbrido Cargill 909. O delineamento experimental utilizado foi casualizado em blocos com vinte e sete tratamentos e três repetições, onde tanto o zinco como o boro foram aplicados de forma localizada no sulco, por ocasião da semeadura do milho. Os tratamentos corresponderam a cinco doses de zinco (0, 2, 4, 8 e 16 kg.ha -1 ) e cinco doses de boro (0, 1, 2, 4 e 8 kg.ha -1 ), associados ou não ao nitrogênio, o qual foi aplicado em três doses (0, 120 e 240 kg.ha -1 ). Cabe salientar que o nitrogênio foi aplicado parceladamente na forma de uréia (45% N), sendo 30 kg.ha -1 aplicados no sulco de semeadura e o complemento, específico de cada tratamento, em cobertura, no momento em que a cultura de milho apresentava cinco folhas plenamente expandidas. Como fontes de zinco e de boro, foram utilizados o sulfato de zinco (20% Zn) e o ácido bórico (17% B), respectivamente. Todas as parcelas receberam, no sulco de semeadura, 80 kg.ha -1 de P2O5, na forma de superfosfato simples, e 60 kg.ha -1 de K2O, na forma de cloreto de potássio. Visando avaliar especificamente a influência dos referidos nutrientes nas plantas de milho, as parcelas experimentais foram mantidas totalmente livre da presença de pragas, doenças e plantas daninhas durante todo o ciclo da cultura. Quanto às avaliações, foram determinados o índice de área foliar, o número de folhas fotossinteticamente ativas por planta, a altura de planta, a altura de inserção da espiga, o diâmetro do colmo, o comprimento do primeiro e do segundo internódio do colmo e a massa de matéria seca de folhas, colmo, pendão e espiga. Ainda, foram determinados os componentes de produção como o número de espigas por planta (prolificidade), o comprimento da espiga, o número de grãos por fileira, o número de fileiras de grãos na espiga, o comprimento dos grãos, a massa de mil grãos e a produtividade de grãos. De acordo com os resultados obtidos, concluiu-se que a aplicação de nitrogênio em doses crescentes proporcionou aumento tanto da produtividade de grãos, como de uma série de outras variáveis que contribuíram para esse aumento. As variáveis numero de folhas e índices de área foliar aos 20 dias após a emergência, comprimento do primeiro internódio do colmo, massa de matéria seca de pendão, numero de fileiras de grãos e o comprimento dos grãos não apresentaram respostas a nenhum dos nutrientes estudados. A máxima produtividade de grãos (9182 kg.ha -1 ) foi obtida mediante o uso da maior dose de N, sendo essa dose considerada não recomendada devido ao baixo incremento que proporcionou (9%) em relação à aplicação de 120 kg.ha -1 de N. Doses de N maiores que 120 kg.ha -1 não proporcionaram aumento satisfatórios das variáveis estudadas, inclusive da produtividade. Doses elevadas de zinco ( até 16 kg.ha -1 ) e de boro (até 8 kg.ha -1 ) aplicadas no sulco de semeadura não exerceram influência sobre a produtividade de grãos, permitindo concluir que, nas condições em que o trabalho foi desenvolvido, a toxidez provocada pelo excesso de micronutriente é mínimo. A variável que apresentou maior correlação com a produtividade de grãos foi o comprimento de espigas. Houve também alta correlação do numero de folhas com o índice de área foliar.
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O delineamento experimental utilizado foi casualizado em blocos com vinte e sete tratamentos e três repetições, onde tanto o zinco como o boro foram aplicados de forma localizada no sulco, por ocasião da semeadura do milho. Os tratamentos corresponderam a cinco doses de zinco (0, 2, 4, 8 e 16 kg.ha -1 ) e cinco doses de boro (0, 1, 2, 4 e 8 kg.ha -1 ), associados ou não ao nitrogênio, o qual foi aplicado em três doses (0, 120 e 240 kg.ha -1 ). Cabe salientar que o nitrogênio foi aplicado parceladamente na forma de uréia (45% N), sendo 30 kg.ha -1 aplicados no sulco de semeadura e o complemento, específico de cada tratamento, em cobertura, no momento em que a cultura de milho apresentava cinco folhas plenamente expandidas. Como fontes de zinco e de boro, foram utilizados o sulfato de zinco (20% Zn) e o ácido bórico (17% B), respectivamente. Todas as parcelas receberam, no sulco de semeadura, 80 kg.ha -1 de P2O5, na forma de superfosfato simples, e 60 kg.ha -1 de K2O, na forma de cloreto de potássio. Visando avaliar especificamente a influência dos referidos nutrientes nas plantas de milho, as parcelas experimentais foram mantidas totalmente livre da presença de pragas, doenças e plantas daninhas durante todo o ciclo da cultura. Quanto às avaliações, foram determinados o índice de área foliar, o número de folhas fotossinteticamente ativas por planta, a altura de planta, a altura de inserção da espiga, o diâmetro do colmo, o comprimento do primeiro e do segundo internódio do colmo e a massa de matéria seca de folhas, colmo, pendão e espiga. Ainda, foram determinados os componentes de produção como o número de espigas por planta (prolificidade), o comprimento da espiga, o número de grãos por fileira, o número de fileiras de grãos na espiga, o comprimento dos grãos, a massa de mil grãos e a produtividade de grãos. De acordo com os resultados obtidos, concluiu-se que a aplicação de nitrogênio em doses crescentes proporcionou aumento tanto da produtividade de grãos, como de uma série de outras variáveis que contribuíram para esse aumento. As variáveis numero de folhas e índices de área foliar aos 20 dias após a emergência, comprimento do primeiro internódio do colmo, massa de matéria seca de pendão, numero de fileiras de grãos e o comprimento dos grãos não apresentaram respostas a nenhum dos nutrientes estudados. A máxima produtividade de grãos (9182 kg.ha -1 ) foi obtida mediante o uso da maior dose de N, sendo essa dose considerada não recomendada devido ao baixo incremento que proporcionou (9%) em relação à aplicação de 120 kg.ha -1 de N. Doses de N maiores que 120 kg.ha -1 não proporcionaram aumento satisfatórios das variáveis estudadas, inclusive da produtividade. Doses elevadas de zinco ( até 16 kg.ha -1 ) e de boro (até 8 kg.ha -1 ) aplicadas no sulco de semeadura não exerceram influência sobre a produtividade de grãos, permitindo concluir que, nas condições em que o trabalho foi desenvolvido, a toxidez provocada pelo excesso de micronutriente é mínimo. A variável que apresentou maior correlação com a produtividade de grãos foi o comprimento de espigas. Houve também alta correlação do numero de folhas com o índice de área foliar.With the purpose of evaluating the nitrogen, zinc and boron and their interactions in the maize crop performance, a field experiment was carried out at Piracicaba, São Paulo State, Brazil (University of São Paulo, ESALQ), during the agricultural year of 2000/2001, where the Typic Kandiudalf soil and Cargill 909 hybrid were used. The experimental design was completely randomized blocks with twenty seven treatments and three replications, where zinc and boron were applied at maize sowing day. The treatments had five zinc doses (0, 2, 4, 8 and 16 kg.ha -1 ) and five boron doses (0, 1, 2, 4 and 8 kg.ha -1 ), associated or not to the nitrogen, which was applied in three doses (0, 120 and 240 kg.ha -1 ). The nitrogen was applied using urea form (45% N), being 30 kg.ha -1 applied at sowing day and the complement, specific for each treatment, when the maize crop presented five leaves completely expanded. The zinc sulphate (20% Zn) and boric acid had been used (17% B) as source of zinc and boron, respectively. All plots had received, at sowing day, 80 kg.ha -1 of P2O5, and 60 kg.ha -1 of K2O (potassium chloride). To evaluate the influence of the nutrient related of maize crop, the experimental area had been kept total free of weeds, pests and diseases during all crop cycle. The following evaluations were done: the maize crop phenological stages, leaf area, spike insertion and plant height, diameter of stem internode (first and second), dry mass of leaves, stem, tassel and spike, number of spikes per plant, mass of spikes with and without straw, mass of thousand grains, spike diameter, grain length, number of grain rows in the spike, spike length, number of grains per row and grains productivity. Accordging to the results, it was possible to verify that the nitrogen application in crescent doses increased the grain productivity and other variables. The following variables did not present relationship with all nutrients studied: number of leaves and leaf area index at twenty days after emergency, length of first internode stem, tassel dry mass, number of grain rows and the grain length. The maximum grain productivity (9182 kg.ha -1 ) was obtained under higher dose of N, where it was not reccomended because the yiled increment was only 9% when compared with 120 kg.ha -1 of N dose. Doses of N higher than 120 kg.ha -1 did not increase all studied variables, including grain productivity. High doses of zinc (up to 16 kg.ha -1 ) and boron (up to 8 kg.ha -1 ) applied at sowing date did not influence the grain productivity, allowing to conclude that, under field experiment condition, the toxicity produced by micronutrient excess is minimum. The spike length was the variable with higher correlation with grain productivity. There was also high correlation between number of leaves and leaf area index.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPDourado Neto, DurvalSoares, Marcio Augusto2003-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20102003-165553/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-05-23T20:10:34Zoai:teses.usp.br:tde-20102003-165553Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-05-23T20:10:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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