Uso de grãos de kefir para produção de cerveja artesanal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Henrique, Rodrigo Sebastião
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97132/tde-12072019-105647/
Resumo: O início da produção de cerveja, entre 6000 e 8000 anos, a receita e a forma como era feita mudou com o tempo, passando por inovações conforme os avanços da ciência e tecnologia. As principais mudanças foram adição do lúpulo na bebida e uso de cultura pura de levedura em sua fermentação. Para inovar na produção de cervejas podemos fazer uso de adjuntos não convencionais e de fermentações mistas com o uso de diferentes micro-organismos para conferir características desejadas a bebida. A fim de se obter uma cerveja única, com características diferenciadas, testamos o uso de grãos de kefir de água como inoculo na fermentação de cerveja artesanal. Foi testada a fermentação do kefir em solução de açúcar mascavo 10% (m/v) com e sem adição de lúpulo. Um planejamento fatorial 2x2x3 foi realizado na fermentação de mosto cervejeiro para avaliarmos o efeito da massa de grãos inoculada, da quantidade de lúpulo e da temperatura. Em seguida foi feita uma fermentação teste iniciando em 16 °C e terminando em 20 °C, depois foi feita uma cerveja de kefir puro malte, uma cerveja de kefir com adição de suco de maracujá e uma cerveja utilizando fermento cervejeiro. Por fim foram feitas as análises físico-químicas e análise sensorial para aceitação e intenção de compra. Observamos que o lúpulo tem efeito sobre a fermentação tradicional do kefir, impactando o crescimento e acidez. Na fermentação de mosto cervejeiro a temperatura e o parâmetro mais significativo para a produção de álcool. Produzindo as cervejas nas melhores condições identificadas, encontramos para o kefir o fator de conversão de 0,41 g/g que corresponde a aproximadamente 76% de eficiência; para o fermento cervejeiro o YP/S foi de 0,45 g/g e eficiência de 84%. Na análise sensorial, as cervejas de kefir apresentaram desempenho superior a feita com fermento cervejeiro seco, mostrando diferença estatisticamente significativa na aceitação de seu aroma e sabor. Com uso do kefir de água como inoculo na fermentação e possível fazer uma boa cerveja com complexidade de aroma e sabor, de modo a contribuir para o desenvolvimento da tecnologia cervejeira e para o uso de fermentações mistas.
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Um planejamento fatorial 2x2x3 foi realizado na fermentação de mosto cervejeiro para avaliarmos o efeito da massa de grãos inoculada, da quantidade de lúpulo e da temperatura. Em seguida foi feita uma fermentação teste iniciando em 16 °C e terminando em 20 °C, depois foi feita uma cerveja de kefir puro malte, uma cerveja de kefir com adição de suco de maracujá e uma cerveja utilizando fermento cervejeiro. Por fim foram feitas as análises físico-químicas e análise sensorial para aceitação e intenção de compra. Observamos que o lúpulo tem efeito sobre a fermentação tradicional do kefir, impactando o crescimento e acidez. Na fermentação de mosto cervejeiro a temperatura e o parâmetro mais significativo para a produção de álcool. Produzindo as cervejas nas melhores condições identificadas, encontramos para o kefir o fator de conversão de 0,41 g/g que corresponde a aproximadamente 76% de eficiência; para o fermento cervejeiro o YP/S foi de 0,45 g/g e eficiência de 84%. Na análise sensorial, as cervejas de kefir apresentaram desempenho superior a feita com fermento cervejeiro seco, mostrando diferença estatisticamente significativa na aceitação de seu aroma e sabor. Com uso do kefir de água como inoculo na fermentação e possível fazer uma boa cerveja com complexidade de aroma e sabor, de modo a contribuir para o desenvolvimento da tecnologia cervejeira e para o uso de fermentações mistas.The beginning of beer production was between 6000 and 8000 years, the recipe and the beer process was made changed, through innovations as science and technology advanced. The main changes were the addition of hops in the beverage and use of pure culture of yeast in the fermentation. To innovate in the production of beers we can make use of unconventional adjuncts and mixed fermentations with the use of different microrganisms to impart desirable characteristics to the beverage. In order to obtain a unique beer with complex aroma and balanced taste, we tesetd the use of water kefir grains as inoculum in the fermentation of craft beer. The fermentation of kefir in brown sugar solution 10% (w/v) with and without presence of hops was tested. A 2x2x3 mixed factorial design was carried out in the fermentation of brewer\'s wort to evaluate the effect of factors inoculated grain mass, hop quantity and temperature. Them a fermentation test was made starting at t 16 °C and ending at 20 °C, for make a pure malt kefir beer, and a kefir beer with the addition of passion fruit juice and also the same recipe using a commercial brewer\'s yeast. After, the physical-chemical analyzes and sensorial evaluation were done for check acceptance and purchase intention. The presence of hops showed to have effect on the fermentation of kefir, impacting the growth and acidity. In fermentation of brewer\'s wort the factor that had the greatest impact on the alcohol content was the temperature. Producing the beers under the best conditions identified, resulting for the kefir a ethanol yeild coefficient of 0.41 g/g corresponding to approximately 76% efficiency; for the brewing yeast the YP/S was 0.45 g/g and 84% efficiency. In the sensorial evaluation the kefir beer presented superior performance that obtained with the dried yeast, showing a statistically significant difference in the acceptance of aroma and taste attribute. In this way the use of water kefir as inoculum in the fermentation it\'s possible to make a good beer with complexity of aroma and taste, thus contributing to the development of brewing technology and the use of mixed fermentations.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilva, João Batista de Almeida eHenrique, Rodrigo Sebastião2018-12-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97132/tde-12072019-105647/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-07-11T15:58:24Zoai:teses.usp.br:tde-12072019-105647Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-07-11T15:58:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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