Saúde mental da população moradora de ocupações de movimentos de moradia na cidade de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/31/31131/tde-10022021-190336/ |
Resumo: | O despejo iminente, a insegurança habitacional, a vulnerabilidade social, além das condições de vida comunitária e no ambiente urbano, como a urbanidade ou o racismo, são importantes determinantes sociais de saúde mental. Cerca de 800 mil famílias enfrentam o déficit habitacional em São Paulo; praticamente de igual montante é o número de imóveis vazios, em sua maioria na região central da cidade. Em função desses fatos surgiram movimentos de moradia que ocupam edifícios abandonados. O objetivo deste trabalho foi investigar e desenvolver ações para a promoção da saúde mental da população que mora em ocupações de movimentos de moradia (os sem- teto), por meio de uma Pesquisa Participativa Baseada na Comunidade (Community Based Participatory Research - CBPR), que utilizou métodos mistos. O trabalho de campo iniciou-se com a identificação da necessidade de um programa de atenção à saúde mental durante um projeto em parceria com a comunidade. De 2016 a 2019 foi feita a coleta de dados em quatro etapas consecutivas, por meio da observação participante, questionários de rastreamento em saúde mental (SRQ-20 e CAGE), questionário sociodemográfico com perguntas fechadas e uma aberta, análise documental dos registros das ocupações e grupo focal. Com as crianças e jovens foram realizadas três sessões de arteterapia e feitas visitas às escolas e outros locais frequentados por eles. Resultados: moradores adultos de ocupações, sob risco iminente da perda de moradia e vulnerabilidades outras, apresentam a mesma prevalência de Transtornos Mentais Comuns (TMC) da população domiciliada da cidade de São Paulo, revelando que morar em uma ocupação de um movimento organizado de moradia pode proteger a saúde mental de seus moradores. Os dados sugerem que as crianças dessas ocupações estão também preservadas por considerarem as ocupações seu lar. A CBPR ofereceu conhecimento sobre as alavancas e barreiras à implementação da promoção da saúde mental e estratégias para superar as barreiras identificadas. |
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