Estudo comparativo biomecânico ex vivo após estabilização curta unilateral e bilateral de segmento de coluna vertebral toracolombar de cães com parafusos vertebrais poliaxiais e hastes conectoras
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-14052020-124753/ |
Resumo: | Fraturas vertebrais, luxações e deformidades da coluna vertebral possuem uma alta taxa de morbimortalidade em cães. O segmento toracolombar é o mais acometido nas fraturas, pois nele há a transição de uma porção rígida (torácica) para uma com maior mobilidade (lombar). Em muitos casos há necessidade de intervenções cirúrgicas, para promover estabilização do segmento acometido. Porém, há uma carência de pesquisas na área. Assim, muitos procedimentos utilizados são extrapolados de conhecimentos obtidos em medicina humana, como por exemplo a teoria dos três compartimentos, no qual é indicado o tratamento cirúrgico quando há comprometimento de dois ou mais compartimentos. O objetivo deste estudo foi comparar a estabilização obtida em um segmento da coluna vertebral toracolombar (T11 L3) com a utilização de parafusos vertebrais poliaxiais e hastes conectoras (PVPHC), após a criação de um defeito na vértebra L1, simulando uma fratura com acometimento de dois compartimentos. Foram comparados quatro grupos, a saber: grupo intacto, o controle, com o segmento íntegro; grupo defeito, com lesão criada em L1; grupo unilateral, com fixação unilateral de parafusos poliaxiais nas vértebras T13 - L2, unidos por uma haste conectora e grupo bilateral, com fixação bilateral de parafusos poliaxiais nas vértebras T13 L2, unidos por duas hastes conectoras. Utilizaram-se 13 segmentos de colunas vertebrais toracolombares de espécimes caninas, com dissecação muscular das vértebras T11 L3, preservando-se o tecido ligamentar, com o segmento fixado a uma base de resina nas extremidades (T11-T12 e L3). Após esses procedimentos as peças foram avaliadas radiograficamente, sendo a densitometria, o fator de exclusão de espécimes com valores discrepantes ao grupo. Nos segmentos incluídos no estudo, foram mensurados, em dispositivo de análise biomecânica, três parâmetros vertebrais de movimentos; amplitude de movimento (AM), zona neutra (ZN) e zona elástica (ZE), no grupo intacto. Após, realizou-se ostectomia parcial em cunha do corpo vertebral de L1 repetindo as mensurações nos três eixos (flexão/extensão, inclinação lateral e rotação axial). Posteriormente, realizou-se a estabilização unilateral e bilateral, respectivamente, repetindo-se as mensurações em cada situação. Por fim, os resultados foram comparados estatisticamente, onde verificou-se diminuição significativa da AM na flexão/extensão do grupo bilateral em comparação ao intacto (p= 0,0202988) e defeito (p= 0,0130306); redução significativa da AM entre os grupos unilateral e bilateral em comparação aos grupos intacto (p= 0,0136439 e p= 0,0005799, respectivamente) e defeito (p= 0,0032576 e p= 0,0001124, respectivamente), no ensaio de inclinação lateral e ausência de significância estatística na torção. A ZN e ZE não tiveram significância. Sendo assim, é possível concluir que a estabilização bilateral com PVPHC, promove uma fixação significativa em coluna toracolombar e apresenta-se como uma alternativa promissora. No entanto, são necessários mais estudos com a utilização desta técnica e do dispositivo. |
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Estudo comparativo biomecânico ex vivo após estabilização curta unilateral e bilateral de segmento de coluna vertebral toracolombar de cães com parafusos vertebrais poliaxiais e hastes conectorasEx vivo biomechanical comparative study following unilateral and bilateral short thoracolumbar spine segment stabilization of dogs with polyaxial vertebral screws and connecting rodsAmplitude de movimentoEstabilização vertebralFraturas vertebraisParafusos vertebrais poliaxiaisPolyaxial vertebral screwsRange of motionVertebral fracturesVertebral stabilizationFraturas vertebrais, luxações e deformidades da coluna vertebral possuem uma alta taxa de morbimortalidade em cães. O segmento toracolombar é o mais acometido nas fraturas, pois nele há a transição de uma porção rígida (torácica) para uma com maior mobilidade (lombar). Em muitos casos há necessidade de intervenções cirúrgicas, para promover estabilização do segmento acometido. Porém, há uma carência de pesquisas na área. Assim, muitos procedimentos utilizados são extrapolados de conhecimentos obtidos em medicina humana, como por exemplo a teoria dos três compartimentos, no qual é indicado o tratamento cirúrgico quando há comprometimento de dois ou mais compartimentos. O objetivo deste estudo foi comparar a estabilização obtida em um segmento da coluna vertebral toracolombar (T11 L3) com a utilização de parafusos vertebrais poliaxiais e hastes conectoras (PVPHC), após a criação de um defeito na vértebra L1, simulando uma fratura com acometimento de dois compartimentos. Foram comparados quatro grupos, a saber: grupo intacto, o controle, com o segmento íntegro; grupo defeito, com lesão criada em L1; grupo unilateral, com fixação unilateral de parafusos poliaxiais nas vértebras T13 - L2, unidos por uma haste conectora e grupo bilateral, com fixação bilateral de parafusos poliaxiais nas vértebras T13 L2, unidos por duas hastes conectoras. Utilizaram-se 13 segmentos de colunas vertebrais toracolombares de espécimes caninas, com dissecação muscular das vértebras T11 L3, preservando-se o tecido ligamentar, com o segmento fixado a uma base de resina nas extremidades (T11-T12 e L3). Após esses procedimentos as peças foram avaliadas radiograficamente, sendo a densitometria, o fator de exclusão de espécimes com valores discrepantes ao grupo. Nos segmentos incluídos no estudo, foram mensurados, em dispositivo de análise biomecânica, três parâmetros vertebrais de movimentos; amplitude de movimento (AM), zona neutra (ZN) e zona elástica (ZE), no grupo intacto. Após, realizou-se ostectomia parcial em cunha do corpo vertebral de L1 repetindo as mensurações nos três eixos (flexão/extensão, inclinação lateral e rotação axial). Posteriormente, realizou-se a estabilização unilateral e bilateral, respectivamente, repetindo-se as mensurações em cada situação. Por fim, os resultados foram comparados estatisticamente, onde verificou-se diminuição significativa da AM na flexão/extensão do grupo bilateral em comparação ao intacto (p= 0,0202988) e defeito (p= 0,0130306); redução significativa da AM entre os grupos unilateral e bilateral em comparação aos grupos intacto (p= 0,0136439 e p= 0,0005799, respectivamente) e defeito (p= 0,0032576 e p= 0,0001124, respectivamente), no ensaio de inclinação lateral e ausência de significância estatística na torção. A ZN e ZE não tiveram significância. Sendo assim, é possível concluir que a estabilização bilateral com PVPHC, promove uma fixação significativa em coluna toracolombar e apresenta-se como uma alternativa promissora. No entanto, são necessários mais estudos com a utilização desta técnica e do dispositivo.Vertebral fractures, luxations and spinal deformities have high morbidity and mortality rates in dogs. The thoracolumbar segment is more prone to fractures because at this region there is a transition between a stiff segment (thoracic vertebrae) and a more mobile one (lumbar vertebrae). Surgical treatment is needed in most of the cases to fix the unstable spine segments. Nevertheless, there is a paucity of veterinary research in this area and plenty of surgical knowledge is translated from human medicine. One example is the three-compartment theory, that advocates surgical treatment in cases that present two or more vertebral compartments are compromised by the fracture. The aim of this study was to determine the biomechanical behavior of a polyaxial vertebral screw and connecting rods (PVSCR) construct on the canine thoracolumbar spinal segment (T11 - L3) after creating a two-compartment vertebral defect on L1.We compared range of motion of four groups: control group (intact spines), defect group (with the iatrogenic L1 lesion left untreated); unilateral PVSCR group (the same L1 lesion treated with an unilateral PVSCR frame extending from T13 to L2) and bilateral PVSCR frame group (treated with a bilateral T13-L2 construct frame). We harvested 13 thoracolumbar vertebral units (T11 - L3) from dog cadavers and stripped them of the musculature while preserving ligament tissues and joint capsules. The endplates of the spinal units (T11-T12 and L3) were cured and fixed to a testing jig by acrylic resin. After these procedures, bone densitometry was assessed by radiographic examinations and specimens with discrepant values compared to the group, were excluded from further analyses. We them assessed the biomechanical properties of the remaining vertebral units to determine range of motion (ROM), neutral zone (NZ) and elastic zone (EZ), at first in the intact group. Afterwards, we created a partial wedge ostectomy on the L1 vertebral body and repeated the measurements in the three axes (flexion/extension, lateral bending and axial rotation). Subsequently, unilateral and bilateral stabilization were performed, respectively, repeating the measurements for each situation. Finally, the results were statistically compared in which ROM was significantly decreased in flexion/extension ROM decrease on the treated groups (bilateral group) when compared to intact (p= 0,0202988) and unstable defect (p= 0,0130306) groups and were statistically compared in which ROM was significantly decreased in lateral bending ROM decrease on the treated groups (unilateral and bilateral group) when compared to intact ((p= 0,0136439 e p= 0,0005799, respectively) and unstable defect (p= 0,0032576 e p= 0,0001124, respectively) groups. There were no statistically differences for any of the groups for torsional tests.NZ and EZ did not significantly differ among themselves. Thus, we concluded that bilateral PVSCR stabilization promotes significant spinal fixation in the thoracolumbar spine, thus it represents a promising internal fixation alternative. Nonetheless, further studies are needed to prove its clinical efficacy and devices safety.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFerrigno, Cassio Ricardo AuadaZoppa, André Luis do Valle deLopes, Leandro Santos2020-02-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-14052020-124753/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-06-03T12:58:46Zoai:teses.usp.br:tde-14052020-124753Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-06-03T12:58:46Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Fraturas vertebrais, luxações e deformidades da coluna vertebral possuem uma alta taxa de morbimortalidade em cães. O segmento toracolombar é o mais acometido nas fraturas, pois nele há a transição de uma porção rígida (torácica) para uma com maior mobilidade (lombar). Em muitos casos há necessidade de intervenções cirúrgicas, para promover estabilização do segmento acometido. Porém, há uma carência de pesquisas na área. Assim, muitos procedimentos utilizados são extrapolados de conhecimentos obtidos em medicina humana, como por exemplo a teoria dos três compartimentos, no qual é indicado o tratamento cirúrgico quando há comprometimento de dois ou mais compartimentos. O objetivo deste estudo foi comparar a estabilização obtida em um segmento da coluna vertebral toracolombar (T11 L3) com a utilização de parafusos vertebrais poliaxiais e hastes conectoras (PVPHC), após a criação de um defeito na vértebra L1, simulando uma fratura com acometimento de dois compartimentos. Foram comparados quatro grupos, a saber: grupo intacto, o controle, com o segmento íntegro; grupo defeito, com lesão criada em L1; grupo unilateral, com fixação unilateral de parafusos poliaxiais nas vértebras T13 - L2, unidos por uma haste conectora e grupo bilateral, com fixação bilateral de parafusos poliaxiais nas vértebras T13 L2, unidos por duas hastes conectoras. Utilizaram-se 13 segmentos de colunas vertebrais toracolombares de espécimes caninas, com dissecação muscular das vértebras T11 L3, preservando-se o tecido ligamentar, com o segmento fixado a uma base de resina nas extremidades (T11-T12 e L3). Após esses procedimentos as peças foram avaliadas radiograficamente, sendo a densitometria, o fator de exclusão de espécimes com valores discrepantes ao grupo. Nos segmentos incluídos no estudo, foram mensurados, em dispositivo de análise biomecânica, três parâmetros vertebrais de movimentos; amplitude de movimento (AM), zona neutra (ZN) e zona elástica (ZE), no grupo intacto. Após, realizou-se ostectomia parcial em cunha do corpo vertebral de L1 repetindo as mensurações nos três eixos (flexão/extensão, inclinação lateral e rotação axial). Posteriormente, realizou-se a estabilização unilateral e bilateral, respectivamente, repetindo-se as mensurações em cada situação. Por fim, os resultados foram comparados estatisticamente, onde verificou-se diminuição significativa da AM na flexão/extensão do grupo bilateral em comparação ao intacto (p= 0,0202988) e defeito (p= 0,0130306); redução significativa da AM entre os grupos unilateral e bilateral em comparação aos grupos intacto (p= 0,0136439 e p= 0,0005799, respectivamente) e defeito (p= 0,0032576 e p= 0,0001124, respectivamente), no ensaio de inclinação lateral e ausência de significância estatística na torção. A ZN e ZE não tiveram significância. Sendo assim, é possível concluir que a estabilização bilateral com PVPHC, promove uma fixação significativa em coluna toracolombar e apresenta-se como uma alternativa promissora. No entanto, são necessários mais estudos com a utilização desta técnica e do dispositivo. |
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