Prática de atividade física e competência motora em crianças de baixo nível socioeconômico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100139/tde-24112016-235901/ |
Resumo: | Os objetivos desta pesquisa foram a) quantificar a prática de atividade física durante os dias de semana e finais de semana e avaliar o cumprimento das recomendações internacionais, b) mensurar indicadores de competência motora e c) verificar as relações entre essas variáveis em crianças de baixo nível socioeconômico. Participaram do estudo 234 crianças (44% meninas) entre 3 e 6 anos de idade (M=5,2; DP=0,78). Entre essas 234 crianças, 176 atingiram o critério de tempo mínimo de uso do acelerômetro, o qual foi utilizado para mensurar a prática de atividade física. A competência motora foi mensurada com a utilização do Test of Gross Motor Development (TGMD-2) e do Korperkoordination Test fur Kinder (KTK). Os resultados mostraram que os meninos despenderam mais tempo em atividade física total do que as meninas nos dias de semana (204,0 ± 44,0 xs 222,5 ± 41,8 minutos; p<0,01) e nos dias de final de semana (209,3 ± 49,3 xs 227,9 ± 65,0 minutos; p< 0,01). Em ambos os sexos, o tempo médio diário de atividade física total ficou acima das diretrizes internacionais de prática de atividade física para pré-escolares (> =180 minutos por dia). Em relação ao desempenho no TGMD-2, houve uma superioridade estatisticamente significante dos meninos principalmente nas habilidades de controle de objetos, com estabilização do desempenho, em ambos os sexos, por volta dos 5 anos de idade. No teste KTK, não houve diferença entre os sexos na pontuação total obtida. Quanto a associação entre as variáveis de atividade física e competência motora, apesar de estatisticamente significantes, os coeficientes de correlação foram reduzidos em ambos os sexos, oscilando entre r = 0,26 para a atividade física vigorosa dentro da escola e a pontuação total no controle de objetos nas meninas e r = 0,31 para a atividade física vigorosa fora da escola e a pontuação total no KTK para os meninos. Além disso, a análise do qui-quadrado demonstrou não existir associação entre o fato de atingir as recomendações internacionais de prática de atividade física total e o nível de competência motora. Conclui-se que os meninos apresentam maiores índices de prática de atividade física do que as meninas e possuem maior competência motora, especialmente nas habilidades de controle de objetos, porém, os valores reduzidos ou inexistentes de associação entre a prática de atividade física e a competência motora levantam um questionamento acerca da adequação das diretrizes internacionais de prática de atividade física na infância, indicando que a quantidade de atividade física talvez não seja um aspecto relevante para a aquisição de competência motora. Esses dados reforçam a necessidade de uma maior preocupação com aspectos qualitativos da atividade física |
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Prática de atividade física e competência motora em crianças de baixo nível socioeconômicoPhysical activity and motor competence in socioeconomically disadvantaged childrenAccelerometryAcelerometriaAtividade físicaChild developmentCompetência motoraDesenvolvimento InfantilMotor competencePhysical activityOs objetivos desta pesquisa foram a) quantificar a prática de atividade física durante os dias de semana e finais de semana e avaliar o cumprimento das recomendações internacionais, b) mensurar indicadores de competência motora e c) verificar as relações entre essas variáveis em crianças de baixo nível socioeconômico. Participaram do estudo 234 crianças (44% meninas) entre 3 e 6 anos de idade (M=5,2; DP=0,78). Entre essas 234 crianças, 176 atingiram o critério de tempo mínimo de uso do acelerômetro, o qual foi utilizado para mensurar a prática de atividade física. A competência motora foi mensurada com a utilização do Test of Gross Motor Development (TGMD-2) e do Korperkoordination Test fur Kinder (KTK). Os resultados mostraram que os meninos despenderam mais tempo em atividade física total do que as meninas nos dias de semana (204,0 ± 44,0 xs 222,5 ± 41,8 minutos; p<0,01) e nos dias de final de semana (209,3 ± 49,3 xs 227,9 ± 65,0 minutos; p< 0,01). Em ambos os sexos, o tempo médio diário de atividade física total ficou acima das diretrizes internacionais de prática de atividade física para pré-escolares (> =180 minutos por dia). Em relação ao desempenho no TGMD-2, houve uma superioridade estatisticamente significante dos meninos principalmente nas habilidades de controle de objetos, com estabilização do desempenho, em ambos os sexos, por volta dos 5 anos de idade. No teste KTK, não houve diferença entre os sexos na pontuação total obtida. Quanto a associação entre as variáveis de atividade física e competência motora, apesar de estatisticamente significantes, os coeficientes de correlação foram reduzidos em ambos os sexos, oscilando entre r = 0,26 para a atividade física vigorosa dentro da escola e a pontuação total no controle de objetos nas meninas e r = 0,31 para a atividade física vigorosa fora da escola e a pontuação total no KTK para os meninos. Além disso, a análise do qui-quadrado demonstrou não existir associação entre o fato de atingir as recomendações internacionais de prática de atividade física total e o nível de competência motora. Conclui-se que os meninos apresentam maiores índices de prática de atividade física do que as meninas e possuem maior competência motora, especialmente nas habilidades de controle de objetos, porém, os valores reduzidos ou inexistentes de associação entre a prática de atividade física e a competência motora levantam um questionamento acerca da adequação das diretrizes internacionais de prática de atividade física na infância, indicando que a quantidade de atividade física talvez não seja um aspecto relevante para a aquisição de competência motora. Esses dados reforçam a necessidade de uma maior preocupação com aspectos qualitativos da atividade físicaThe objectives of this study were a) to quantify the practice of physical activity during the weekdays and weekends and assess compliance with international guidelines, b) to measure indicators of motor competence and c) to verify the relationships between these variables in children of low socioeconomic status. The study included 234 children (44% girls) between 3 and 6 years of age (M = 5.2, SD = 0.78). Among these 234 children, 176 reached the criteria of accelerometer use, which was used to measure physical activity. The motor competence was measured using the Test of Gross Motor Development (TGMD-2) and korperkoordination Test fur Kinder (KTK). The results showed that the boys spent more time in total physical activity than girls on weekdays (204.0 ± 44.0 xs 222.5 ± 41.8 minutes, p <0.01) and on weekends (209.3 ± 49.3 227.9 ± 65.0 minutes xs, p <0.01). In both genders, the daily average time of total physical activity was above the international uidelines for physical activity for preschoolers (>= 180 minutes per day). Regarding the performance on TGMD-2, there was a statistically significant superiority of boys mainly in object control skills, with stabilization of performance, in both genders, at about 5 years old. In the KTK, there was no difference between the genders in the total score. The association between physical activity and motor skills, although statistically significant, were reduced in both genders, ranging from r = 0.26 for vigorous physical activity within the school and the total score in object control skills in the girls and r = 0.31 for vigorous physical activity outside school and the total KTK score in the boys. In addition, chi-square analysis showed no association between attending the international guidelines of total physical activity and the level of motor competence. In conclusion, boys showed higher levels of total physical activity than girls and also showed greater motor competence, especially in object control skills; however, the low or non-significant values of association between physical activity and motor competence raise a question about the adequacy of international guidelines for physical activity in childhood, indicating that the amount of physical activity may not be a relevant aspect for the acquisition of motor competence. These data reinforce the need for a greater focus on qualitative aspects of physical activityBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRé, Alessandro Hervaldo NicolaiTudela, Mariana Cardoso2016-08-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100139/tde-24112016-235901/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:34:08Zoai:teses.usp.br:tde-24112016-235901Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:34:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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