Mortalidade neonatal no município de São Paulo: estudo das causas de morte segundo peso ao nascer, tipo de parto, sexo e idade ao morrer

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Rachel Maria Borelli Paradella
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-11102024-131443/
Resumo: Objetivo. Analisar o perfil dos nascidos vivos e dos óbitos neonatais e suas causas. Métodos. Estudo transversal com base em dados vinculados (DO/DN). Foram estudados os recém-nascidos no município de São Paulo, de mães residentes no município, no 1º semestre de 1995 e, os óbitos neonatais deles originados, obtendo-se probabilidades de morte e riscos relativos. Resultados. Os óbitos se concentraram no período neonatal precoce. As probabilidades de morte decresceram conforme aumentou o peso ao nascer para os RN com peso inferior a 3.000g. Foi observada maior probabilidade de morte para os RN de baixo peso do sexo masculino. Houve associação entre parto normal e risco de morte para os RN de peso ao nascer inferior a 1.500g e, houve associação entre cesárea e risco de morte para os RN de 2.000 a 2.999g. Quanto menor o peso ao nascer, maior foi o risco de morte precoce. Foi observado maior risco de morrer na primeira hora de vida entre os RN de peso ao nascer inferior a 1.000g. As afecções perinatais foram responsáveis pela maioria dos óbitos, com probabilidade de morte diminuiu conforme aumentou o peso o nascer. Conclusões. A alta taxa de óbitos na primeira hora de vida, especialmente para os de extremo baixo peso, sugere que nem todos os RN receberam reanimação adequada. A concentração de partos normais em categorias de peso em que há benefícios quando se realizam cesáreas, o grande percentual de mortes por causas perinatais e a elevada participação dos RN de 1.000 a 1.499g no total de óbitos indicam que muitos destes óbitos poderiam ter sido evitados, se houvesse serviços de saúde regionalizados e hierarquizados, que identificassem as gestantes de risco, assegurando à mãe e ao RN acesso aos tratamentos necessários.
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