Partus sequitur ventrem: reprodução e maternidade no estabelecimento da escravidão e abolição nas Américas até a primeira metade do século XIX

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Caroline Passarini
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-27072021-195956/
Resumo: Esta dissertação de mestrado tem como objetivo investigar a importância das mulheres negras escravizadas tanto para a conformação do sistema escravista nas Américas, quanto para a sua superação. Desde o processo de colonização, o ventre escravo ocupou um local fundamental, no qual a condição escrava de uma pessoa era determinada pelo status de sua mãe. Pelo princípio do partus sequitur ventrem, a matrilinearidade da escravidão foi cimentada. As primeiras experiências de abolição da escravidão nas Américas até a primeira metade do século XIX buscaram romper com a hereditariedade da escravidão e, novamente, o ventre de mulheres negras foi essencial. Simultaneamente, ascendia o abolicionismo anglo-americano cujos discursos sobre feminilidade e papeis sociais definidos pelo gênero tinham como foco principal a mulher escravizada e a restauração de suas virtudes femininas, tomadas pelo sistema escravista. Tais discursos sobre mulheres negras tiveram impacto direto sobre suas vidas, por isso, analisamos as representações feitas por abolicionistas brancos - homens e mulheres - sobre mulheres negras, em confronto com a própria autorrepresentação e ativismo de mulheres negras contra a escravidão e racismo nos Estados Unidos, entre 1830 e 1850. Procuramos, deste modo, rastrear o lugar ocupado pelo ventre e o corpo feminino negro na escravidão e abolição.
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