Desregulação de miRNAs em células-tronco mesenquimais derivadas de fluxo menstrual de mulheres com e sem endometriose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Rafael Zucco de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-23062022-093312/
Resumo: A relação fundamental entre a teoria de Sampson e a presença de células-tronco mesenquimais no fluxo menstrual (MenSCs), bem como, as mudanças nos processos regulatórios póstranscricionais como atores na etiopatogenia da endometriose, são pouco compreendidas. Nenhum estudo até o momento investigou o desequilíbrio de miRNAs em MenSCs relacionados à doença. Assim, por meio da literatura e de análises in silico, selecionamos quatro miRNAs previstos como reguladores de EGR1, SNAI1, NR4A1, NR4A2, ID1, LAMC3 e FOSB envolvidos nas vias de apoptose, angiogênese, resposta a hormônios esteróides, migração, diferenciação e proliferação celular. Deste modo, um estudo caso-controle foi realizado com MenSCs de mulheres com e sem endometriose (dez amostras por grupo). Cruzando as informações obtidas nos bancos de dados STRING, PubMed, miRPathDB, miRWalk e DIANA TOOLS, optamos por explorar a expressão dos miRNAs miR-21-5p, miR-100-5p, miR-143- 3p e miR-200b-3p por RT-qPCR. Encontramos uma regulação positiva do miR-200b-3p em MenSCs de endometriose (P = 0,0207), com uma alteração de 7,93 vezes (razão entre as médias geométricas) em comparação com o controle. A superexpressão do miR-200b tem sido associada ao aumento da proliferação celular, stemness e ao processo de transição mesenquimal-epitelial acentuado no endométrio eutópico de mulheres com endometriose. Acreditamos que o miR-200b-3p desregulado pode estabelecer alterações primárias nas MenSCs, e assim, favorecendo a implantação de tecido no local ectópico.
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