Parâmetros metabólicos, inflamatórios e de saciedade de gatos obesos alimentados com dieta com adição de beta-glucanos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Risolia, Larissa Wünsche
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-13122021-165956/
Resumo: Beta-glucanos são polissacarídeos que podem melhorar diversas alterações metabólicas e de saciedade consequentes à obesidade. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da inclusão de 0,06% de beta-glucanos na dieta de gatos obesos em parâmetros do metabolismo de carboidratos e lipídeos, indicadores de resistência insulínica, citocinas inflamatórias, parâmetros de saciedade e coeficiente de digestibilidade aparente (CDA) dos nutrientes. Nove gatos diagnosticados com obesidade não-induzida [(grupo obeso OB) escore de condição corporal (ECC) 8-9 /9] e nove gatos não obesos [(Grupo controle CO) ECC 5/9] foram alimentados por 15 dias (T0) com a dieta controle (0,0% de beta-glucanos) e depois por 90 dias (T90) com a dieta teste (0,06% de beta-glucanos). Amostras de sangue foram coletadas em T0 e T90 para avaliação do índice HOMA (insulina basal x glicemia basal/22,5), concentrações plasmáticas de triglicerídeos, colesterol e lipoproteínas (por método enzimático-colorimétrico e cromatografia líquida para separação rápida de proteínas FPLC), anandamida (por ELISA), frutosamina (por ensaio colorimétrico cinético), amilina, interleucina 10 (IL-10), grelina e peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) (por reação em cadeia de polimerase em tempo real quantitativo). A composição corporal também foi avaliada no início e final do estudo pelo método de diluição de isótopos de deutério. Foram utilizados sete gatos do centro de pesquisa para a determinação do CDA das dietas, pelo método de coleta total de fezes. Para avaliar a comparação entre os grupos e o efeito da dieta foi realizado teste de ANOVA com medidas repetidas no tempo. Quando houve diferença entre as médias foi realizado o teste de Tukey. Para a análise de consumo de beta-glucanos, digestibilidade e resultados da análise de expressão gênica, os dados foram analisados por análise de variância e, valores de P<0,05 foram considerados significativos. O grupo CO consumiu mais beta-glucanos do que o OB e em T90, foi observado aumento de massa muscular em CO e OB sem alteração da gordura corporal. Não houve diferença nas concentrações de frutosamina e anandamida entre os grupos antes e após o consumo da dieta Teste. O grupo OB apresentou maior concentração de colesterol e triglicerídeos em VLDL (%; mg/dL), maior índice HOMA e maior concentração de insulina do que o CO, independente da dieta. O grupo CO apresentou maior concentração de triglicérides em LDL (%; mg/dL) e em HDL (%), independente da dieta. Em T0, o grupo CO apresentou maior concentração de colesterol total (TCOL) do que o OB. Em T90, o grupo OB apresentou aumento de TCOL e em LDL (%; mg/dL) além de redução de colesterol em HDL. Não houve variação na expressão gênica de amilina, GLP-1, grelina e IL-10 entre os grupos. A inclusão de beta-glucano não alterou o CDA dos nutrientes após o consumo do alimento Teste pelos dois grupos. Conclui- se que com a dose utilizada no presente estudo, o consumo de beta-glucanos não proporciona melhora dos parâmetros do metabolismo de carboidratos, lipídeos, inflamação, saciedade e não altera o CDA dos nutrientes.
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Nove gatos diagnosticados com obesidade não-induzida [(grupo obeso OB) escore de condição corporal (ECC) 8-9 /9] e nove gatos não obesos [(Grupo controle CO) ECC 5/9] foram alimentados por 15 dias (T0) com a dieta controle (0,0% de beta-glucanos) e depois por 90 dias (T90) com a dieta teste (0,06% de beta-glucanos). Amostras de sangue foram coletadas em T0 e T90 para avaliação do índice HOMA (insulina basal x glicemia basal/22,5), concentrações plasmáticas de triglicerídeos, colesterol e lipoproteínas (por método enzimático-colorimétrico e cromatografia líquida para separação rápida de proteínas FPLC), anandamida (por ELISA), frutosamina (por ensaio colorimétrico cinético), amilina, interleucina 10 (IL-10), grelina e peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) (por reação em cadeia de polimerase em tempo real quantitativo). A composição corporal também foi avaliada no início e final do estudo pelo método de diluição de isótopos de deutério. Foram utilizados sete gatos do centro de pesquisa para a determinação do CDA das dietas, pelo método de coleta total de fezes. Para avaliar a comparação entre os grupos e o efeito da dieta foi realizado teste de ANOVA com medidas repetidas no tempo. Quando houve diferença entre as médias foi realizado o teste de Tukey. Para a análise de consumo de beta-glucanos, digestibilidade e resultados da análise de expressão gênica, os dados foram analisados por análise de variância e, valores de P<0,05 foram considerados significativos. O grupo CO consumiu mais beta-glucanos do que o OB e em T90, foi observado aumento de massa muscular em CO e OB sem alteração da gordura corporal. Não houve diferença nas concentrações de frutosamina e anandamida entre os grupos antes e após o consumo da dieta Teste. O grupo OB apresentou maior concentração de colesterol e triglicerídeos em VLDL (%; mg/dL), maior índice HOMA e maior concentração de insulina do que o CO, independente da dieta. O grupo CO apresentou maior concentração de triglicérides em LDL (%; mg/dL) e em HDL (%), independente da dieta. Em T0, o grupo CO apresentou maior concentração de colesterol total (TCOL) do que o OB. Em T90, o grupo OB apresentou aumento de TCOL e em LDL (%; mg/dL) além de redução de colesterol em HDL. Não houve variação na expressão gênica de amilina, GLP-1, grelina e IL-10 entre os grupos. A inclusão de beta-glucano não alterou o CDA dos nutrientes após o consumo do alimento Teste pelos dois grupos. Conclui- se que com a dose utilizada no presente estudo, o consumo de beta-glucanos não proporciona melhora dos parâmetros do metabolismo de carboidratos, lipídeos, inflamação, saciedade e não altera o CDA dos nutrientes.Beta-glucans are polysaccharides capable of improving many satiety and metabolic alterations related to obesity. The aim of the present study was to evaluate the effects of the addition of 0.06% of beta-glucans in the diet of obese cats in parameters of carbohidrates and lipids metabolism, insuin resistance indicators, pro-inflamatory citokines, satiety parameters and nutrients aparent digestibility coefficient (ADC). For that, nine client owned cats with non induced obesity [(obese group - OB) body condition score (BCS) 8-9/9] and nine client owned lean cats [(Control Group - CO) BCS 5/9] were fed for 15 days (T0) with a control diet (0,0% of beta-glucans) and then for 90 days (T90) with a test diet (0.06% of beta-glucans). Blood samples were collected at T0 and T90 in order to evaluate the HOMA index (basal insulin x basal glucose/22.5), triglycerides, cholesterol and lipoproteins (through enzymatic - colorimetric method and fast protein liquid chromatography - FLPC), anandamide (through ELISA), fructosamine (through kinetic colorimetric assay), amylin, interleukin 10 (IL-10), ghrelin and glucagon-like peptide-1 (GLP-1) (through quantitative real time polymerase chain reaction). The body composition was also evaluated at the beginning and at the end of the study through deuterium isotope dilution technique. The ADC test was carried out with 7 cats from the research center through total feces collection. In order to evaluate the comparison between the groups, a repeated measures ANOVA test was performed. When differences between the averages occurred, the Tukey test was run. For the beta-glucans consumption, digestibility and gene expression results analysis, the data were analyzed through the variance analysis. The CO group consumed more beta-glucans than the OB and at T90 it was observed muscle mass (MM) gain in CO and OB without any change in body fat. There wasn’t any difference in fructosamine and anandamide between the groups before and after the consumption of the experimental diet. The OB group presented more cholesterol and triglycerides in VLDL (%; mg/dL), HOMA index and insulin than in CO, regardless of the diet. The CO group presented more triglycerides in LDL (%; mg/dL) and in HDL (%), regardless of the diet. At T0, the CO group had more total cholesterol than the OB group. At T90, the OB group showed an increase in total and LDL cholesterol (%; mg/dL) in addition to a reduction in HDL cholesterol. There was no variation in amylin, GLP-1, ghrelin and IL-10, nor in the nutrient CDA after consumption of beta-glucans. It is concluded that with the dose used in this study, the consumption of beta-glucans does not improve the parameters of carbohydrate metabolism, lipids, inflammation, satiety and does not change the ADC of nutrients.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBrunetto, Marcio AntonioRisolia, Larissa Wünsche2021-09-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-13122021-165956/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-04-08T18:25:02Zoai:teses.usp.br:tde-13122021-165956Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-04-08T18:25:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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