Mudando a visão: videolaringoscopia como opção para intubações no departamento de emergência pediátrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Couto, Thomaz Bittencourt
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-17042019-094040/
Resumo: INTRODUÇÃO: Intubação traqueal é habilidade essencial para o atendimento de emergências, porém, na população pediátrica é procedimento menos frequente e mais difícil que na população adulta. A intubação apresenta em situações controladas uma baixa taxa de complicações. No entanto, no departamento de emergência pediátrica é procedimento de maior risco. O uso de videolaringoscopia é uma alternativa a laringoscopia direta. Há escassa evidência do uso sistemático do videolaringoscópio na emergência pediátrica. Nossa hipótese é que o uso do videolaringoscópio propiciará maior sucesso em intubação traqueal na primeira tentativa, e que diminuirá complicações da intubação traqueal. OBJETIVOS: Comparar as taxas de sucesso de intubação traqueal entre pacientes pediátricos maiores de um ano intubados usando videolaringoscopia ou laringoscopia direta. Comparar a frequência de eventos associados à intubação traqueal e presença de queda da saturação de oxigênio entre estes pacientes. MÉTODOS: Estudo clínico prospectivo de intervenção, não randomizado, aberto, com controle de série histórica. Realizado em departamento de emergência pediátrica terciário. Foram avaliados registros de intubação de pacientes maiores de um ano, por 23 meses, entre julho de 2016 e maio de 2018, com 50 intubações com videolaringoscópio (grupo VL), comparados com série histórica de 5 anos, entre julho de 2005 e dezembro de 2010, com 141 intubações com laringoscopia direta (grupo LD). RESULTADOS: A taxa de sucesso em primeira tentativa no grupo VL foi 68% (34/50), comparada com 37,6% (53/141) do grupo LD (p < 0,01). Houve menor proporção de eventos associados à intubação traqueal no grupo VL com 31,3% (15/50), versus 67,8% (97/141) no grupo LD (p < 0,01), não houve diferenças significantes na queda de saturação. CONCLUSÕES: Videolaringoscopia apresentou maior sucesso em primeira tentativa e menor taxa de complicações. Esse resultado sugere que videolaringoscópio pode ser considerado como primeira escolha nas intubações de pacientes pediátricos no departamento de emergência
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spelling Mudando a visão: videolaringoscopia como opção para intubações no departamento de emergência pediátricaChanging the view: video laryngoscopy as option for intubations at the pediatric emergency departmentBloqueadores neuromuscularesEmergency medicineIntubação intratraquealIntubation intratrachealLaringoscopiaLaringoscópiosLaryngoscopesLaryngoscopyMedicina de emergênciaNeuromuscular blocking agentsPediatriaPediatricsINTRODUÇÃO: Intubação traqueal é habilidade essencial para o atendimento de emergências, porém, na população pediátrica é procedimento menos frequente e mais difícil que na população adulta. A intubação apresenta em situações controladas uma baixa taxa de complicações. No entanto, no departamento de emergência pediátrica é procedimento de maior risco. O uso de videolaringoscopia é uma alternativa a laringoscopia direta. Há escassa evidência do uso sistemático do videolaringoscópio na emergência pediátrica. Nossa hipótese é que o uso do videolaringoscópio propiciará maior sucesso em intubação traqueal na primeira tentativa, e que diminuirá complicações da intubação traqueal. OBJETIVOS: Comparar as taxas de sucesso de intubação traqueal entre pacientes pediátricos maiores de um ano intubados usando videolaringoscopia ou laringoscopia direta. Comparar a frequência de eventos associados à intubação traqueal e presença de queda da saturação de oxigênio entre estes pacientes. MÉTODOS: Estudo clínico prospectivo de intervenção, não randomizado, aberto, com controle de série histórica. Realizado em departamento de emergência pediátrica terciário. Foram avaliados registros de intubação de pacientes maiores de um ano, por 23 meses, entre julho de 2016 e maio de 2018, com 50 intubações com videolaringoscópio (grupo VL), comparados com série histórica de 5 anos, entre julho de 2005 e dezembro de 2010, com 141 intubações com laringoscopia direta (grupo LD). RESULTADOS: A taxa de sucesso em primeira tentativa no grupo VL foi 68% (34/50), comparada com 37,6% (53/141) do grupo LD (p < 0,01). Houve menor proporção de eventos associados à intubação traqueal no grupo VL com 31,3% (15/50), versus 67,8% (97/141) no grupo LD (p < 0,01), não houve diferenças significantes na queda de saturação. CONCLUSÕES: Videolaringoscopia apresentou maior sucesso em primeira tentativa e menor taxa de complicações. Esse resultado sugere que videolaringoscópio pode ser considerado como primeira escolha nas intubações de pacientes pediátricos no departamento de emergênciaINTRODUCTION: Tracheal intubation is an essential skill to treat emergencies, but it is a less frequent and more difficult procedure in the pediatric than in the adult population. Intubation presents a low rate of complications in controlled situations. However, in the pediatric emergency department is a higher risk procedure. The use of video laryngoscopy is an alternative to direct laryngoscopy. There is scant evidence of the systematic use of video laryngoscopes in pediatric emergency. Our hypothesis is that the use of video laryngoscope will lead to greater success in tracheal intubation in the first attempt, and will reduce complications of tracheal intubation. OBJECTIVES: To compare the success rates of tracheal intubation among pediatric patients over one year old intubated with video laryngoscopy or direct laryngoscopy. To compare the frequency of tracheal intubation associated events and decreased oxygen saturation among these patients. METHODS: This was a prospective, non-randomized, open-label clinical study with historical control. Study conducted in a pediatric tertiary emergency department. We compared intubation records of children over one year old, for 23 months, between July 2016 and May 2018, with 50 video laryngoscope intubations (VL group), with a 5-year historical series between July 2005 and December 2010, with 141 intubations with direct laryngoscopy (DL group). RESULTS: The first pass success rate in the VL group was 68% (34/50), compared with 37.6% (53/141) DL group (p < 0.01). There was a lower proportion of tracheal intubation associated events in the VL group, with 31.3% (15/50) versus 67.8% (97/141) in the DL group (p < 0.01), there were no significant differences in desaturation. CONCLUSIONS: Video laryngoscopy was more successful in the first intubation attempt and had lower rate of complications. This result suggests that video laryngoscope may be the first choice device in pediatric intubations in the emergency departmentBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSchvartsman, ClaudioCouto, Thomaz Bittencourt2019-02-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-17042019-094040/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-06-07T17:55:14Zoai:teses.usp.br:tde-17042019-094040Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-06-07T17:55:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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