Imobilização e caracterização bioquímica da enzima β-glicosidase (BG-Lfa2) em polímero de alginato de sódio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zerbini, Mariana Taíse
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17131/tde-05102020-104729/
Resumo: A biomassa lignocelulósica necessita de enzimas do complexo celulolítico para ser degradada e entre elas estão as β-glicosidases que agem sinergicamente com as outras sobre o polímero de celulose para tornar os açúcares susceptíveis à fermentação e posterior produção de etanol. Embora a β-glicosidase não tenha ação direta sobre o polímero de celulose, ela possui extrema importância para o funcionamento desse mecanismo sinérgico, pois são capazes de hidrolisar moléculas de celobiose, que quando presentes acarretam na inibição da ação das enzimas do complexo, sendo a enzima chave do processo de hidrólise com grande valor industrial. Entretanto, a quantidade de β-glicosidase produzida é muito baixa acarretando no encarecimento dos processos aos quais estão envolvidas. Assim, a utilização da tecnologia de imobilização enzimática, capaz de aumentar a estabilidade e proporcionar separação da enzima do meio para posterior reutilização, vem sendo cada vez mais estudadas com a finalidade de viabilizar sua utilização. O tipo de imobilização utilizada nesse estudo foi a imobilização por aprisionamento, no qual há a mistura da enzima com o alginato de sódio seguida da polimerização dessa solução por meio de uma reação química. A imobilização enzimática da BG-Lfa2 foi realizada em três concentrações de alginato e diferentes valores de pH. Assim, a concentração de 3% apresentaram melhores aspectos físicos, como partículas mais esféricas e tamanhos mais homogêneos e regulares. Além disso, o melhor pH para imobilização foi de 7,4. A imobilização não alterou a temperatura ótima e pH ótimo observado para a enzima livre, mas acarretou no aumento no tempo de conversão do substrato em produto, aumento do Km e Vmax da enzima. Nesse trabalho também foi relato que BG-Lfa2 possui baixo poder de hidrólise da celobiose, mas esta é capaz de realizar reações de transglicosilação com o substrato pNPG, além da atividade enzimática ser beneficiada com a presença de etanol no meio. Com a técnica de imobilização a enzima adquiriu maior estabilidade e mostrou-se eficiente para ser reutilizada nos processos de hidrólise por 16 vezes, aspecto muito importante para viabilizar sua utilização em processos industriais.
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Entretanto, a quantidade de β-glicosidase produzida é muito baixa acarretando no encarecimento dos processos aos quais estão envolvidas. Assim, a utilização da tecnologia de imobilização enzimática, capaz de aumentar a estabilidade e proporcionar separação da enzima do meio para posterior reutilização, vem sendo cada vez mais estudadas com a finalidade de viabilizar sua utilização. O tipo de imobilização utilizada nesse estudo foi a imobilização por aprisionamento, no qual há a mistura da enzima com o alginato de sódio seguida da polimerização dessa solução por meio de uma reação química. A imobilização enzimática da BG-Lfa2 foi realizada em três concentrações de alginato e diferentes valores de pH. Assim, a concentração de 3% apresentaram melhores aspectos físicos, como partículas mais esféricas e tamanhos mais homogêneos e regulares. Além disso, o melhor pH para imobilização foi de 7,4. A imobilização não alterou a temperatura ótima e pH ótimo observado para a enzima livre, mas acarretou no aumento no tempo de conversão do substrato em produto, aumento do Km e Vmax da enzima. Nesse trabalho também foi relato que BG-Lfa2 possui baixo poder de hidrólise da celobiose, mas esta é capaz de realizar reações de transglicosilação com o substrato pNPG, além da atividade enzimática ser beneficiada com a presença de etanol no meio. Com a técnica de imobilização a enzima adquiriu maior estabilidade e mostrou-se eficiente para ser reutilizada nos processos de hidrólise por 16 vezes, aspecto muito importante para viabilizar sua utilização em processos industriais.Lignocellulosic biomass requires enzymes from the cellulolytic complex to be degraded. Among the cellulolytic complex enzymes there are the β-glucosides, which act synergistically with the other enzymes in the cellulose polymer to make free glucose molecules susceptible to fermentation and ethanol production. Although β-glucosidase has no direct action in the cellulose polymer, it plays an important role in the synergistic mechanism, since they are capable of hydrolyzing cellobiose molecules. When cellobiose molecules are present they can cause action inhibition of complex enzymes, being the key enzyme in the hydrolysis process with great industrial value. However, the amount of β-glucosidase produced is extremely low that result in an increase costs in the processes to which they are involved. The enzyme immobilization technology can increase stability and providing separation of the enzyme from the medium for your reuse. Then, this technology has been studied to facilitate the β-glucosidase uses. The immobilization type used in this study was immobilization by entrapment, in which there is a mixture of the enzyme with sodium alginate and polymerization this solution by means of a chemical reaction. The enzymatic immobilization of BG-Lfa2 was carried out in three concentrations of alginate and different pH values. The 3% of alginate concentration showed better physical aspects, such as particles more spherical and more homogeneous and regular sizes. In addition, the best pH for immobilization was 7.4. The immobilization technic did not alter the optimum temperature and optimum pH observed for the free enzyme, but it increased the time for converting the substrate into product, increasing the Km and Vmax. In this work, it was also reported that BG- Lfa2 has a low hydrolysis power of cellobiose, but it can carry out transglycosylation reactions with the substrate pNPG. In addition, the presence of ethanol in the medium can benefit the enzymatic activity. The immobilization technique provided to enzyme a greater stability and an efficient reuse in the hydrolysis processes (16 times), an important aspect to enable its use in industrial processes.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilva, Roberto do NascimentoZerbini, Mariana Taíse2020-07-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17131/tde-05102020-104729/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-10-27T21:20:02Zoai:teses.usp.br:tde-05102020-104729Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-10-27T21:20:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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