Associação de implante de segmentos de anéis corneanos intraestromais com ceratectomia fotorrefrativa para tratamento de alto astigmatismo após ceratoplastia penetrante

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Pedro Bertino
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-02052022-093812/
Resumo: OBJETIVOS: Avaliar a segurança e eficácia da associação de implante de segmentos de anéis corneanos intraestromais (ICRS) seguido de ceratectomia fotorrefrativa (PRK) para tratamento de alto astigmatismo pós-ceratoplastia penetrante. MÉTODOS: Trata-se de estudo prospectivo e não comparativo que incluiu pacientes com astigmatismo corneano acima de 6,0 dioptrias (D) secundário à ceratoplastia penetrante. Todos os pacientes foram submetidos ao implante de ICRS através de laser de femtossegundo. Três meses depois realizou-se tomografia de coerência óptica (OCT) de segmento anterior para definir a segurança e viabilidade do tratamento subsequente com PRK. Os parâmetros avaliados foram refração, acuidade visual para longe sem correção (AVLsc) e com correção (AVLcc), acuidade visual para perto sem correção (AVPsc) e com correção (AVPcc), valores ceratométricos [ceratometria central média (KMéd) e maior valor de ceratometria do mapa topográfico (Kmáx)], paquimetria do ponto mais fino (PMF), densitometria corneana (DC) e densidade de células endoteliais (DEnd). As avaliações foram realizadas no pré-operatório, 3 meses após implante de ICRS, assim como 6 e 12 meses após a PRK. Ao fim do estudo foi realizada análise vetorial da mudança de astigmatismo. RESULTADOS: Foram incluídos 30 olhos de 29 pacientes. Os dois procedimentos foram realizados em 27 olhos, uma vez que o PRK foi contraindicada em três casos. Vinte e seis casos seguiram até o fim do estudo. Resumo Houve melhora de AVLsc e AVLcc em todos os casos, exceto em um. Suas médias variaram de 1,16 ± 0,37 LogMAR a 0,34 ± 0,29 LogMAR (p<0,001) e de 0,45 ± 0,22 LogMAR a 0,11 ± 0,11 LogMAR (p<0,001), respectivamente. O percentual de pacientes com AVLsc e AVLcc maior ou igual a 20/40 aumentou de 7% (n=2) para 65% (n=17) e de 30% (n=8) para 100% (n=26), respectivamente. As médias de astigmatismos corneano e refrativo diminuíram de -7,88 ± 2,13 D para -4,12 ± 2,93 D (p<0,001) e de -7,10 ± 1,13 D para -2,58 ± 1,49 D (p<0,001), respectivamente. A média do equivalente esférico (EEsf) diminuiu significativamente de -5,19 ± 4,81 D para -2,30 ± 2,84 D (p=0,001). A análise vetorial do astigmatismo mostrou que a associação de implante ICRS com PRK foi superior à de implante de ICRS isoladamente. Em um caso houve extrusão do segmento de anel. Alem disso as principais complicações foram ceratite infecciosa (n=1, 4%), rejeição endotelial (n=1, 4%) e opacidade corneana clinicamente significativa (n=2, 8%). CONCLUSAO: Após seguimento de 12 meses a associação de implante de ICRS com PRK em pacientes com alto astigmatismo pós-ceratoplastia penetrante apresentou taxa de segurança aceitável e mostrou-se eficaz em melhorar os parâmetros visuais e topográficos
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spelling Associação de implante de segmentos de anéis corneanos intraestromais com ceratectomia fotorrefrativa para tratamento de alto astigmatismo após ceratoplastia penetranteIntrastromal corneal ring segments combined with photorefractive keratectomy for the treatment of high postkeratoplasty astigmatismAstigmatismAstigmatismoCeratectomia fotorrefrativaCeratoplastia penetranteCorneaCórneaCorneal transplantationPenetrating keratoplastyPhotorefractive keratectomyProcedimentos cirúrgicos refrativosRefractive surgical proceduresTransplante de córneaOBJETIVOS: Avaliar a segurança e eficácia da associação de implante de segmentos de anéis corneanos intraestromais (ICRS) seguido de ceratectomia fotorrefrativa (PRK) para tratamento de alto astigmatismo pós-ceratoplastia penetrante. MÉTODOS: Trata-se de estudo prospectivo e não comparativo que incluiu pacientes com astigmatismo corneano acima de 6,0 dioptrias (D) secundário à ceratoplastia penetrante. Todos os pacientes foram submetidos ao implante de ICRS através de laser de femtossegundo. Três meses depois realizou-se tomografia de coerência óptica (OCT) de segmento anterior para definir a segurança e viabilidade do tratamento subsequente com PRK. Os parâmetros avaliados foram refração, acuidade visual para longe sem correção (AVLsc) e com correção (AVLcc), acuidade visual para perto sem correção (AVPsc) e com correção (AVPcc), valores ceratométricos [ceratometria central média (KMéd) e maior valor de ceratometria do mapa topográfico (Kmáx)], paquimetria do ponto mais fino (PMF), densitometria corneana (DC) e densidade de células endoteliais (DEnd). As avaliações foram realizadas no pré-operatório, 3 meses após implante de ICRS, assim como 6 e 12 meses após a PRK. Ao fim do estudo foi realizada análise vetorial da mudança de astigmatismo. RESULTADOS: Foram incluídos 30 olhos de 29 pacientes. Os dois procedimentos foram realizados em 27 olhos, uma vez que o PRK foi contraindicada em três casos. Vinte e seis casos seguiram até o fim do estudo. Resumo Houve melhora de AVLsc e AVLcc em todos os casos, exceto em um. Suas médias variaram de 1,16 ± 0,37 LogMAR a 0,34 ± 0,29 LogMAR (p<0,001) e de 0,45 ± 0,22 LogMAR a 0,11 ± 0,11 LogMAR (p<0,001), respectivamente. O percentual de pacientes com AVLsc e AVLcc maior ou igual a 20/40 aumentou de 7% (n=2) para 65% (n=17) e de 30% (n=8) para 100% (n=26), respectivamente. As médias de astigmatismos corneano e refrativo diminuíram de -7,88 ± 2,13 D para -4,12 ± 2,93 D (p<0,001) e de -7,10 ± 1,13 D para -2,58 ± 1,49 D (p<0,001), respectivamente. A média do equivalente esférico (EEsf) diminuiu significativamente de -5,19 ± 4,81 D para -2,30 ± 2,84 D (p=0,001). A análise vetorial do astigmatismo mostrou que a associação de implante ICRS com PRK foi superior à de implante de ICRS isoladamente. Em um caso houve extrusão do segmento de anel. Alem disso as principais complicações foram ceratite infecciosa (n=1, 4%), rejeição endotelial (n=1, 4%) e opacidade corneana clinicamente significativa (n=2, 8%). CONCLUSAO: Após seguimento de 12 meses a associação de implante de ICRS com PRK em pacientes com alto astigmatismo pós-ceratoplastia penetrante apresentou taxa de segurança aceitável e mostrou-se eficaz em melhorar os parâmetros visuais e topográficosPURPOSE: To provide a 12-month post-operative evaluation of the implantation of Intrastromal Corneal Ring Segments (ICRS) followed by Photorefractive Keratectomy (PRK) for the treatment of high postkeratoplasty astigmatism by reviewing of both refractive and topographic results. METHODS: A prospective, non-comparative study included patients with postkeratoplasty topographic astigmatism higher than 6.0 diopters (D). All patients underwent femtosecond laser-assisted ICRS implantation. After 3 months, all patients underwent an optical coherence tomography (OCT) evaluation before PRK was performed. Evaluation included refraction, uncorrected distance visual acuity (UCDVA), best-corrected distance visual acuity (BCDVA), slit lamp examination and corneal tomography. Postoperative visits were at 3 months after ICRS, and at 6 and 12 months after PRK. At the end of the study, astigmatic changes were assessed by vectorial analysis. RESULTS: Of the 30 eyes (29 patients) included in this study, 27 eyes underwent both procedures, while PRK was contraindicated in three cases. After one case of segment extrusion, 26 eyes were followed until the end of the study. UCDVA and BCDVA improved in all patients except in one. Mean UCDVA and mean BCDVA changed significantly from 1.16 ± 0.37 LogMAR to 0.34 ± 0.29 LogMAR (p<0.001) and from 0.45 ± 0.22 LogMAR to 0.11 ± 0.11 LogMAR Abstract (p<0.001), respectively. The percentage of patients with UCDVA and BCDVA of 20/40 or better increased significantly from 7% (n=2) to 65% (n=17) and from 30% (n=8) to 100% (n=26), respectively. Mean corneal and refractive astigmatism decreased significantly from -7.88 ± 2.13 D to -4.12 ± 2.93 D (p<0.001) and from -7.10 ± 1.13 D to -2.58 ± 1.49 D (p<0.001), respectively. Mean spherical equivalent significantly decreased from -5.19 ± 4.81 D to -2.30 ± 2.84 D (p=0.001). The vectorial analysis showed that the ICRS/PRK association was more effective than ICRS only to treat astigmatism. The main complications were segment extrusion (n=1, 4%), infectious keratitis (n=1, 4%), endothelial rejection (n=1, 4%) and clinically significant corneal opacity (n=2, 8%). CONCLUSION: After 12 months of follow-up, the association of ICRS and PRK for treating high postkeratoplasty astigmatism presented an acceptable safety index and effectively improved visual and topographic parametersBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSanthiago, Marcony Rodrigues deMoreira, Pedro Bertino2022-02-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-02052022-093812/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-08-01T12:42:32Zoai:teses.usp.br:tde-02052022-093812Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-08-01T12:42:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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