Frequência de desfolhação e nitrogênio como determinantes do perfilhamento e do acúmulo de forragem do capim BRS Zuri sob lotação rotativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Assis, Juliana Aparecida de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-07042021-161349/
Resumo: O perfilhamento das espécies forrageiras é um processo importante para a perenização e produção de forragem, e é sabidamente influenciado pelo manejo da desfolhação e pela adubação nitrogenada. O objetivo do presente estudo foi explicar e descrever o acúmulo de forragem e a dinâmica de perfilhamento em dosséis de capim BRS Zuri, sob lotação rotativa em diferentes frequências de desfolhação e doses de N. O experimento foi conduzido no Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP entre janeiro a maio de 2019. O delineamento experimental foi em blocos completos casualizados, com quatro repetições. Foram avaliadas respostas do pasto a combinações de duas frequências de desfolhação (pastejos sempre que o dossel atingia 75 e 55 cm de altura) e duas doses de N (150 e 300 kg N ha-1 ano-1), que para simplificação foram denominados como tratamento 55/150, 55/300, 75/150 e 75/300; as alturas 55 e 75 cm como A55 e A75; e as doses 150 e 300 kg N ha-1 ano-1 como N150 e N300. A desfolhação foi feita até um resíduo correspondente a 50% do da altura de início do pastejo (37,5 e 27,5 cm). Foram avaliados massa de forragem pré (MFpré) e pós-pastejo (MFpós), acúmulo de forragem (AF), taxa de acúmulo de forragem (TAF), proporção de folha (%F), colmo (%C) e material morto (%MM) pré (%Fpré, %Cpré e %MMpré, respectivamente) e pós-pastejo (%Fpós, %Cpós e %MMpós, respectivamente), índice de área foliar pré (IAFpré) e pós-pastejo (IAFpós), interceptação de luz pré (ILpré) e pós-pastejo (ILpós), ângulo da folhagem pré e pós-pastejo, densidade populacional de perfilhos (DPP), peso médio de perfilhos (PMP), índice de estabilidade (IE), taxa de aparecimento de perfilhos (TAP), taxa de sobrevivência de perfilhos (TSP) e taxa de mortalidade de perfilhos (TMP). Dosséis pastejados com A55, independente da dose, resgistraram maior número de ciclos de pastejo apresentando menor intervalo entre cada ciclo em relação aos dosséis mantidos com A75 (16 e 11 ciclos em média, respectivamente). Sob A75 a MFpré e pós-pastejo foi maior (6980 e 2859 kg MS ha-1, respectivamente) do que com A55 (5540 e 2159 kg MS ha-1, respectivamente). No entanto, o AF e TAF em dosséis pastejados com A55 foi 25% superior aos dosséis com A75 (27.070 e 20.240 kg MS ha-1 ano-1; 157 e 118 kg MS ha-1 dia-1 respectivamente). Em A55 %Fpré e pós- pastejo foi de 65 e 44% enquanto que com A75 foi 61 e 37%. O IAF pré-pastejo foi 11% maior em A75 do que com A55 (5.65 e 5.01 cm2 cm-2, respectivamente), no entanto o IAFpós não foi afetado por altura nem N (1.15 cm2 cm-2 para altura e dose). A %Cpré e pós-pastejo foi 23 e 26% em A75 enquanto que com A55 foi 17 e 19%, respectivamente. Com N300 a %Cpós-pastejo foi superior a N150 (24 e 20%, respectivamente). De maneira oposta, a %MMpré e pós-pastejo com N150 foi superior a N300 (20 e 15% no pré-pastejo, 39 e 35% no pós-pastejo, respectivamente). Em A75, a ILpré foi 95%, independente do N, enquanto que com A55 a ILpré foi 92 e 94% com N150 e N300, respectivamente. A ILpós em A75 foi superior a A55 (71 e 70% IL, respectivamente). O ângulo da folhagem no pré e pós-pastejo foi maior em A75 (47 e 61° em relação à horizontal, respectivamente) do que em A55 (45 e 59° em relação à horizontal, respectivamente). Com N300 a DPP e PMP foram 10 e 30% maiores, respectivamente, do que com N150. Além disso, a DPP registrada para A55 foi maior do que com A75 (564 e 506 perfilhos m-2, respectivamente). O IE não foi influenciado pela altura nem pelo N, no entanto apresentou valor maior que 1 (valor médio = 1.20). Em A55 a TSP foi 0,82 perfilhos perfilho-1 dia-1 enquanto com A75 foi 0,77 perfilhos perfilho-1 dia-1. Inversamente, a TMP para A55 foi 0,19 perfilhos perfilho-1 dia-1 e em A75 foi 0,23 perfilhos perfilho-1 dia-1. A TAP não apresentou efeito de altura nem de dose de N. Os dosséis manejados com o tratamento 55/300 se destacaram apresentando maior número de gerações e número de perfilhos (NTP) por touceira. É possível manejar o capim BRS Zuri a 55 cm, com severidade de desfolhação de 50%, mantendo o acúmulo de forragem superior ao manejo a 75 cm de altura, dado ao maior número de ciclos de pastejo. O aumento na dose de N de 150 para 300 kg N ha-1 ano-1 otimizou todos os mecanismos necessários para o aumento na taxa de acúmulo de forragem.
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spelling Frequência de desfolhação e nitrogênio como determinantes do perfilhamento e do acúmulo de forragem do capim BRS Zuri sob lotação rotativaDefoliation frequency and nitrogen supply as determinants of tillering and forage accumulation of BRS Zuri guineagrass under rotational stockingMegathyrsus maximusMegathyrsus maximusAltura de manejoFlexibilidade do manejoForager productionHeight of managementManagement flexibilityPerfilhosProdução de forragemTillerO perfilhamento das espécies forrageiras é um processo importante para a perenização e produção de forragem, e é sabidamente influenciado pelo manejo da desfolhação e pela adubação nitrogenada. O objetivo do presente estudo foi explicar e descrever o acúmulo de forragem e a dinâmica de perfilhamento em dosséis de capim BRS Zuri, sob lotação rotativa em diferentes frequências de desfolhação e doses de N. O experimento foi conduzido no Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP entre janeiro a maio de 2019. O delineamento experimental foi em blocos completos casualizados, com quatro repetições. Foram avaliadas respostas do pasto a combinações de duas frequências de desfolhação (pastejos sempre que o dossel atingia 75 e 55 cm de altura) e duas doses de N (150 e 300 kg N ha-1 ano-1), que para simplificação foram denominados como tratamento 55/150, 55/300, 75/150 e 75/300; as alturas 55 e 75 cm como A55 e A75; e as doses 150 e 300 kg N ha-1 ano-1 como N150 e N300. A desfolhação foi feita até um resíduo correspondente a 50% do da altura de início do pastejo (37,5 e 27,5 cm). Foram avaliados massa de forragem pré (MFpré) e pós-pastejo (MFpós), acúmulo de forragem (AF), taxa de acúmulo de forragem (TAF), proporção de folha (%F), colmo (%C) e material morto (%MM) pré (%Fpré, %Cpré e %MMpré, respectivamente) e pós-pastejo (%Fpós, %Cpós e %MMpós, respectivamente), índice de área foliar pré (IAFpré) e pós-pastejo (IAFpós), interceptação de luz pré (ILpré) e pós-pastejo (ILpós), ângulo da folhagem pré e pós-pastejo, densidade populacional de perfilhos (DPP), peso médio de perfilhos (PMP), índice de estabilidade (IE), taxa de aparecimento de perfilhos (TAP), taxa de sobrevivência de perfilhos (TSP) e taxa de mortalidade de perfilhos (TMP). Dosséis pastejados com A55, independente da dose, resgistraram maior número de ciclos de pastejo apresentando menor intervalo entre cada ciclo em relação aos dosséis mantidos com A75 (16 e 11 ciclos em média, respectivamente). Sob A75 a MFpré e pós-pastejo foi maior (6980 e 2859 kg MS ha-1, respectivamente) do que com A55 (5540 e 2159 kg MS ha-1, respectivamente). No entanto, o AF e TAF em dosséis pastejados com A55 foi 25% superior aos dosséis com A75 (27.070 e 20.240 kg MS ha-1 ano-1; 157 e 118 kg MS ha-1 dia-1 respectivamente). Em A55 %Fpré e pós- pastejo foi de 65 e 44% enquanto que com A75 foi 61 e 37%. O IAF pré-pastejo foi 11% maior em A75 do que com A55 (5.65 e 5.01 cm2 cm-2, respectivamente), no entanto o IAFpós não foi afetado por altura nem N (1.15 cm2 cm-2 para altura e dose). A %Cpré e pós-pastejo foi 23 e 26% em A75 enquanto que com A55 foi 17 e 19%, respectivamente. Com N300 a %Cpós-pastejo foi superior a N150 (24 e 20%, respectivamente). De maneira oposta, a %MMpré e pós-pastejo com N150 foi superior a N300 (20 e 15% no pré-pastejo, 39 e 35% no pós-pastejo, respectivamente). Em A75, a ILpré foi 95%, independente do N, enquanto que com A55 a ILpré foi 92 e 94% com N150 e N300, respectivamente. A ILpós em A75 foi superior a A55 (71 e 70% IL, respectivamente). O ângulo da folhagem no pré e pós-pastejo foi maior em A75 (47 e 61° em relação à horizontal, respectivamente) do que em A55 (45 e 59° em relação à horizontal, respectivamente). Com N300 a DPP e PMP foram 10 e 30% maiores, respectivamente, do que com N150. Além disso, a DPP registrada para A55 foi maior do que com A75 (564 e 506 perfilhos m-2, respectivamente). O IE não foi influenciado pela altura nem pelo N, no entanto apresentou valor maior que 1 (valor médio = 1.20). Em A55 a TSP foi 0,82 perfilhos perfilho-1 dia-1 enquanto com A75 foi 0,77 perfilhos perfilho-1 dia-1. Inversamente, a TMP para A55 foi 0,19 perfilhos perfilho-1 dia-1 e em A75 foi 0,23 perfilhos perfilho-1 dia-1. A TAP não apresentou efeito de altura nem de dose de N. Os dosséis manejados com o tratamento 55/300 se destacaram apresentando maior número de gerações e número de perfilhos (NTP) por touceira. É possível manejar o capim BRS Zuri a 55 cm, com severidade de desfolhação de 50%, mantendo o acúmulo de forragem superior ao manejo a 75 cm de altura, dado ao maior número de ciclos de pastejo. O aumento na dose de N de 150 para 300 kg N ha-1 ano-1 otimizou todos os mecanismos necessários para o aumento na taxa de acúmulo de forragem.Control of canopy height has been increasingly used as a grazing management guide. Understanding the forage tillering is important for defoliation management and, consequently, forage accumulation. Tillering can be enhanced by the supply of nitrogen (N) fertilizer. The objective of the present study was to describe and explain the forage accumulation and tillering responses in BRS Zuri guineagrass canopies, under rotational stocking under different defoliation frequencies and N supply. The experiment was conducted at the Department of Zootechnics at EALQ/USP between January to May 2019. The experimental design was a complete randomized block, with four replications. Pasture responses to combinations of two defoliation frequencies (grazing whenever the canopy reached 75 and 55 cm in height) and two N supply (150 and 300 kg N ha-1 year-1) were evaluated, which for simplification were called treatment 55/150, 55/300, 75/150 and 75/300; and heights of 55 and 75 cm, such as H55 and H75 respectively. Defoliation stopped when canopies reached 50% of the pregraze height. Where evaluated forage accumulation (FA), forage mass pre (FMpre) and post-grazing (FMpost), forage accumulation rate (FAR), light interception pre (LIpre) and post-grazing (LIpost), foliage angle pre and post-grazing, proportion leaf (%L), stem (%S) and dead material (%DM) pre (%Lpre, %Spre and %DMpre, respectively) and post-grazing (%Lpos, %Spos and %DMpos, respectively), leaf area index pre (LAIpre) and post-grazing (LAIpos), stability index (SI), tiller appearance rate (TAR), tiller survival rate (TSR), tiller mortality rate (TMR), tiller population density (TPD) and average tiller weight (ATW). At H55, the FA was 25% greater than H75 (27070 and 20244 kg DM ha-1 year-1, respectively). Canopies maintained with H55, regardless of the dose, registered a greater number of grazing cycles with a shorter maintained with H75 (16 and 11 cycles, respectively). With H75 the FMpre and pos-grazing was higher (6980 and 2859 kg DM ha-1, respectively) than with H55 (5540 and 2159 kg DM ha-1, respectively). However, FA and FAR in canopies grazed with H55 were 25% higher than canopies grazed with H75 (27.070 and 20.040 kg DM ha-1 year-1; 157 and 118 kg DM ha-1 day-1, respectively). In H55 the %Lpre and pos-grazing was 65 and 44% while with H75 it was 61 and 37%. In H75, the LAIpre-grazing was 11% greater than at H55 (5.65 and 5.01 cm2 cm-2, respectively), however the LAIpós was not affected by height or N (1.15 cm2 cm-2 for height and dose). The %Spre and pros-grazing was 23 and 26% in H75 while with H55 was 17 and 19%, respectively. With N300 the %Spos-grazing was higher than N150 (20 and 24%, respectively). Conversely, the %DMpre and pos-grazind whith N150 was higher than N300 (20 and 15% in the pre-grazing, 39 and 35% in the pos-grazing, respectively). In H75, LIpre was 95%, independent of N, while with H55 LIpre was 92 and 94% with N150 and N300, respectively). The leaf angle at pre and pos-grazing was higher in H75 (47 and 61° in relation to the horizontal, respectively) than in H55 (45 and 59° 47 and 61° in relation to the horizontal, respectively). With N300, the TPD and ATW were 10 and 30% higher, respectively, than with N150. In addition, the TPD recorded for H55 was higher than with H75 (564 and 506 tillers m-2, respectively). The SI was not influenced by height or N supply, but it had a value greater than 1 (mean value = 1.20). In H55 the TSR gave 0.82 tillers tiller-1 day-1 while in H75 it was 0.77 tillers tiller-1 day-1. On the other hand, the TMR for A55 was 0.19 tillers tiller-1 day-1 and in H75 it was 0.23 tillers tiller-1 day-1. TAR is not affected by the height or N supply. The canopies maintained with the 55/300 treatment stood out with the greatest number of generations and number of tillers (NT) per clump. It is possible to manage the BRS Zuri grass at 55 cm, with defoliation severity of 50%, keeping the forage accumulation higher than the management at 75 cm in height, given the greater number of grazing cycles. The increase in the N dose from 150 to 300 kg N ha-1 year-1 optimized all resources necessary for the increase in the rate of forage accumulation.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPedreira, Carlos Guilherme SilveiraAssis, Juliana Aparecida de2021-01-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-07042021-161349/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-04-08T22:30:02Zoai:teses.usp.br:tde-07042021-161349Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-04-08T22:30:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description O perfilhamento das espécies forrageiras é um processo importante para a perenização e produção de forragem, e é sabidamente influenciado pelo manejo da desfolhação e pela adubação nitrogenada. O objetivo do presente estudo foi explicar e descrever o acúmulo de forragem e a dinâmica de perfilhamento em dosséis de capim BRS Zuri, sob lotação rotativa em diferentes frequências de desfolhação e doses de N. O experimento foi conduzido no Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP entre janeiro a maio de 2019. O delineamento experimental foi em blocos completos casualizados, com quatro repetições. Foram avaliadas respostas do pasto a combinações de duas frequências de desfolhação (pastejos sempre que o dossel atingia 75 e 55 cm de altura) e duas doses de N (150 e 300 kg N ha-1 ano-1), que para simplificação foram denominados como tratamento 55/150, 55/300, 75/150 e 75/300; as alturas 55 e 75 cm como A55 e A75; e as doses 150 e 300 kg N ha-1 ano-1 como N150 e N300. A desfolhação foi feita até um resíduo correspondente a 50% do da altura de início do pastejo (37,5 e 27,5 cm). Foram avaliados massa de forragem pré (MFpré) e pós-pastejo (MFpós), acúmulo de forragem (AF), taxa de acúmulo de forragem (TAF), proporção de folha (%F), colmo (%C) e material morto (%MM) pré (%Fpré, %Cpré e %MMpré, respectivamente) e pós-pastejo (%Fpós, %Cpós e %MMpós, respectivamente), índice de área foliar pré (IAFpré) e pós-pastejo (IAFpós), interceptação de luz pré (ILpré) e pós-pastejo (ILpós), ângulo da folhagem pré e pós-pastejo, densidade populacional de perfilhos (DPP), peso médio de perfilhos (PMP), índice de estabilidade (IE), taxa de aparecimento de perfilhos (TAP), taxa de sobrevivência de perfilhos (TSP) e taxa de mortalidade de perfilhos (TMP). Dosséis pastejados com A55, independente da dose, resgistraram maior número de ciclos de pastejo apresentando menor intervalo entre cada ciclo em relação aos dosséis mantidos com A75 (16 e 11 ciclos em média, respectivamente). Sob A75 a MFpré e pós-pastejo foi maior (6980 e 2859 kg MS ha-1, respectivamente) do que com A55 (5540 e 2159 kg MS ha-1, respectivamente). No entanto, o AF e TAF em dosséis pastejados com A55 foi 25% superior aos dosséis com A75 (27.070 e 20.240 kg MS ha-1 ano-1; 157 e 118 kg MS ha-1 dia-1 respectivamente). Em A55 %Fpré e pós- pastejo foi de 65 e 44% enquanto que com A75 foi 61 e 37%. O IAF pré-pastejo foi 11% maior em A75 do que com A55 (5.65 e 5.01 cm2 cm-2, respectivamente), no entanto o IAFpós não foi afetado por altura nem N (1.15 cm2 cm-2 para altura e dose). A %Cpré e pós-pastejo foi 23 e 26% em A75 enquanto que com A55 foi 17 e 19%, respectivamente. Com N300 a %Cpós-pastejo foi superior a N150 (24 e 20%, respectivamente). De maneira oposta, a %MMpré e pós-pastejo com N150 foi superior a N300 (20 e 15% no pré-pastejo, 39 e 35% no pós-pastejo, respectivamente). Em A75, a ILpré foi 95%, independente do N, enquanto que com A55 a ILpré foi 92 e 94% com N150 e N300, respectivamente. A ILpós em A75 foi superior a A55 (71 e 70% IL, respectivamente). O ângulo da folhagem no pré e pós-pastejo foi maior em A75 (47 e 61° em relação à horizontal, respectivamente) do que em A55 (45 e 59° em relação à horizontal, respectivamente). Com N300 a DPP e PMP foram 10 e 30% maiores, respectivamente, do que com N150. Além disso, a DPP registrada para A55 foi maior do que com A75 (564 e 506 perfilhos m-2, respectivamente). O IE não foi influenciado pela altura nem pelo N, no entanto apresentou valor maior que 1 (valor médio = 1.20). Em A55 a TSP foi 0,82 perfilhos perfilho-1 dia-1 enquanto com A75 foi 0,77 perfilhos perfilho-1 dia-1. Inversamente, a TMP para A55 foi 0,19 perfilhos perfilho-1 dia-1 e em A75 foi 0,23 perfilhos perfilho-1 dia-1. A TAP não apresentou efeito de altura nem de dose de N. Os dosséis manejados com o tratamento 55/300 se destacaram apresentando maior número de gerações e número de perfilhos (NTP) por touceira. É possível manejar o capim BRS Zuri a 55 cm, com severidade de desfolhação de 50%, mantendo o acúmulo de forragem superior ao manejo a 75 cm de altura, dado ao maior número de ciclos de pastejo. O aumento na dose de N de 150 para 300 kg N ha-1 ano-1 otimizou todos os mecanismos necessários para o aumento na taxa de acúmulo de forragem.
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