Substancialidade e subjetividade: Hegel intérprete de Espinosa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-04052023-123043/ |
Resumo: | O objeto da tese é a interpretação da filosofia de B. Espinosa (1634-1677) realizada por G. W. F. Hegel (1770-1831), em especial da referente aos conceitos fundamentais constituintes da ontologia e da teoria do conhecimento espinosanas, bem como acerca do papel crítico e das exigências teóricas operadas pelo conceito espinosano de substância em face do problema da constituição de um fundamento absoluto para a filosofia, que tenha por base a subjetividade, dialeticamente articulada. Procuramos mostrar que o debate entre Hegel e Espinosa não se dá de forma extrínseca às fronteiras de ambos os sistemas, mas se desenvolve dentro de seus respectivos núcleos teóricos e estruturas conceituais, intervindo ativamente na discussão dos problemas postos pelo criticismo e pelo idealismo alemão.Delineamos inicialmente, em linhas gerais, os antecedentes filosófico-culturais do debate acerca do espinosismo na Alemanha da época, a partir da crise da Aufklärung e da Querela do Panteísmo, passando pela intervenção da filosofia crítica kantiana, para discutirmos a posição assumida por Fichte. Depois, examinamos como Schelling discute o problema do fundamento absoluto do saber, oferecendo sua resposta ao espinosismo no sistema do idealismo transcendental. Na seqüência, nos detemos em algumas das primeiras obras publicadas por Hegel até a redação da Fenomenologia do Espírito (1807), procurando indicar como o debate em torno dos princípios que marcam a diferença mesma da substancialidade - subjetividade - absoluto - Hegel - Espinosa |
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Substancialidade e subjetividade: Hegel intérprete de EspinosaIndisponibleAbsoluAbsolutoEspinosaEspinosaHegelHegelSubjectivitéSubjetividadeSubstancialidadeSubstancialitéO objeto da tese é a interpretação da filosofia de B. Espinosa (1634-1677) realizada por G. W. F. Hegel (1770-1831), em especial da referente aos conceitos fundamentais constituintes da ontologia e da teoria do conhecimento espinosanas, bem como acerca do papel crítico e das exigências teóricas operadas pelo conceito espinosano de substância em face do problema da constituição de um fundamento absoluto para a filosofia, que tenha por base a subjetividade, dialeticamente articulada. Procuramos mostrar que o debate entre Hegel e Espinosa não se dá de forma extrínseca às fronteiras de ambos os sistemas, mas se desenvolve dentro de seus respectivos núcleos teóricos e estruturas conceituais, intervindo ativamente na discussão dos problemas postos pelo criticismo e pelo idealismo alemão.Delineamos inicialmente, em linhas gerais, os antecedentes filosófico-culturais do debate acerca do espinosismo na Alemanha da época, a partir da crise da Aufklärung e da Querela do Panteísmo, passando pela intervenção da filosofia crítica kantiana, para discutirmos a posição assumida por Fichte. Depois, examinamos como Schelling discute o problema do fundamento absoluto do saber, oferecendo sua resposta ao espinosismo no sistema do idealismo transcendental. Na seqüência, nos detemos em algumas das primeiras obras publicadas por Hegel até a redação da Fenomenologia do Espírito (1807), procurando indicar como o debate em torno dos princípios que marcam a diferença mesma da substancialidade - subjetividade - absoluto - Hegel - EspinosaL\'object de la thèse est l\'interprétation de la philosophie de B. Spinoza (1634-1677) par G. W. F. Hegel (1770-1831), en particulier sur les concepts fondamentaux de l\'ontologie et de la théorie de la connaissance spinoziennes, aussi bien que sur le rôle critique et les exigences théoriques operées par le concept spinozien de substance en face du problème de la constitution d\'un fondement absolu pour la philosophie, qui aie pour base la subjectivité, dialectiquement articulée. On montre que le débat entre Hegel et Spinoza ne se donne pas d\'une forme extrinsèque aux frontières de ces systèmes, mais se développe dans ses nouyaux théoriques et structures conceptuelles propres, en intervenant activement aux discussions des problèmes posés par le criticisme et l\'idéalisme allemand.On a d\'abord tracé, en lignes générales, les traits des antécédents philosophiques et culturels du débat sur le spinozisme dans l\'Allemangne de l\'époque, dès la crise de l\'Aufklärung et de la Querelle du Panthéisme, en passant par l\'intervention de la philosophie critique de Kant, pour discuter la position de Fichte. On voit après comment Schelling a traité le problème du fondament absolu du savoir et donne sa réponse au spinozisme dans le système de l\'idéalisme transcendantal. On examine ensuite quelques des premières ouvrages publiées par Hegel jusqu\'à la rédaction de la Phénoménologie de l\'Esprit (1807). Aprés cela, on a cherché d\'expliciter comment la critique hégélienne à Spinoza reçoit sa forme plus radical et complèxe dans la Science de la Logique et dans l\'Encyclopédie des Sciences Philosophiques. On voit là comment la critique, l\'interpretation et la réfutation de la philosophie de Spinoza ont été elaborées à l\'interne de l\'uvre qui est le fondament logique-ontologique et spéculative de la pensée hégélienne, (Continuellement) et aussi en face de quelques aspects de la conception encyclopédique de la totalité de son système. Enfin, on explicite comment ont été construites dans l\'interprétation hégélienne l\'image de Spinoza et du spinozisme comme \"écho des terres orientales\", à travers la discussion de la signification des mots athéisme, panthéisme et acosmisme, employés pour qualifier la conception du monde impliquée par la philosophie de SpinozaBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPChaui, Marilena de SouzaBaioni, José Eduardo Marques2004-04-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-04052023-123043/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-05-04T15:41:02Zoai:teses.usp.br:tde-04052023-123043Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-05-04T15:41:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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