Oferta do feijão nos estados de são Paulo, Paraná e Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida, Inadilza Medeiros da Silva
Data de Publicação: 1995
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20191218-132622/
Resumo: A produção brasileira de feijão, quanto ao nível tecnológico adotado pelos diferentes grupos de produtores, pode ser caracterizada por diversas formas de sistemas produtivos. Essa diversidade torna complexa a elaboração de mecanismos eficientes de incentivo à lavoura do feijoeiro. No intuito de identificar as relações estruturais da oferta de feijão nas principais regiões produtoras, foram analisadas informações para as três safras do produto - primeira safra (das águas), segunda safra (da seca) e terceira safra (de inverno) Paraná e Minas Gerais. Os coeficientes das elasticidades de curto e longo prazos são obtidos através do modelo nerloviano de oferta, estimado pelo método de mínimos quadrados ordinários. Diferente de outros estudos já realizados, este procurou dar maior flexibilidade ao modelo apresentando quatro formas distintas ao tempo defasado para cada uma das variáveis explicativas. Verificou-se que, as elasticidades-preço da oferta para a safra denominada como mais desenvolvida tecnologicamente apresentaram os maiores índices, de 0,74 no curto prazo e 2,31 no longo prazo (3ª safra/SP). No entanto, apesar da 2ª safra/PR, caracterizada de subsistência, apresentar os menores índices, de 0,11 e 0,34, respectivamente, a velocidade com que os produtores reagem à variação do preço é idêntica aos da 3ª safra, pois a magnitude do coeficiente de ajustamento para os dois grupos é a mesma (0,32). Mesmo em sistemas de produção diferentes os produtores agem racionalmente dentro da sua realidade. Outra conclusão de destaque é que os produtores mineiros de feijão da 1ª safra utilizam o milho não apenas como produto complementar (devido ao consórcio) mas também como cultura substituta do feijão.
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