O papel da nasoendoscopia na confecção do obturador faríngeo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-10112023-110325/ |
Resumo: | Introdução: Foram elaborados três artigos científicos, tendo como tema a utilização da nasoendoscopia na moldagem do obturados faríngeo, um guia de orientação sobre o processo de moldagem durante o exame e um estudo de caso em que a nasoendoscopia foi utilizada durante um programa de redução do bulbo faríngeo associado a um programa de fonoterapia intensiva. Objetivo: I) Verificar o efeito da nasoendoscopia na moldagem do bulbo faríngeo em pacientes com velofaringe hipodinâmica; II) Desenvolver um guia para moldagem do bulbo faríngeo durante o exame de nasoendoscopia para o tratamento da insuficiência velofaríngea; III) Relatar o caso de uma paciente com fissura palatinaoperada que participou de um PRB/PFI. Métodos: I) Foram selecionadas gravações de nasoendoscopia de 15 pacientes, ambos os sexos, falantes do português brasileiro, com fissura palatina/ labiopalatina operada e velofaringe hipodinâmica, realizadas durante a moldagem do bulbo faríngeo. As amostras foram analisadas por fonoaudiólogas brasileiras e fonoaudiólogos chilenos quanto ao tipo e tamanho do gap velofaríngeo, altura do bulbo na faringe, toque das paredes faríngeas e palato mole no bulbo e fechamento velofaríngeo com o bulbo durante a fala. Para o cálculo da concordância interavaliadores entre os grupos foi utilizado o teste de concordância Kappa; II) A elaboração do guia seguiu as seguintes etapas: 1) Panejamento, seleção e análise do conteúdo textual; 2) Adequação do conteúdo textual e seleção das mídias digitais; 3) Inclusão do conteúdo; 4) Revisão; 5) Implementação; III) Participou do PRB/PFI uma mulher de 19 anos de idade, com fissura submucosa operada, usando obturador faríngeo (OF) para tratamento da disfunção velofaríngea. Com o OF apresentava ressonância de fala normal e fechamento velofaríngeo em todos os sons orais, sem o OF apresentava grande gap velofaríngeo, fala hipernasal e ausência de fechamento velofaríngeo nos sons orais. O PRB/PFI foi composto por 35 sessões de fonoterapia (3 sessões diárias) e 2 reduções do OF (na primeira, antes de iniciar as sessões de terapia, o bulbo passou de 20mm de extensão para 15 mm e na segunda, após 15 sessões de fonoterapia, o bulbo passou a ter 10mm de extensão). Resultados: I) A concordância entre o grupo de fonoaudiólogos brasileiros e chilenos variou de regular (toque da parede lateral esquerda no bulbo) a quase perfeita (FVF com bulbo). Quanto ao tipo de gap, os FB classificaram 6 (40%) como coronal e os FC 7 (47%) como circular; o tamanho do gap foi classificado como maior do que 50% em (15) 100% dos pacientes pelos FB e 14 (93%) pelos FC; a altura do bulbo foi classificada como adequada em 8 (53%) pelos FB e em 9 (60%) pelos FC; o FVF com o bulbo ocorreu em 5 (33%) pacientes avaliados pelos FB e em 4 (27%), avaliados pelos FC; II) O guia foi elaborado em modelo de apresentação power point, em Português (brasileiro) e Espanhol, contendo informações objetivas e concisas, baseadas na literatura e na prática clínica de profissionais com experiência no tratamento da insuficiência velofaríngea decorrente das fissuras palatinas e obturadores faríngeos. É direcionado aos dentistas e fonoaudiólogos, que atuam no processo de moldagem do bulbo faríngeo. O material foi intitulado Guia para moldagem do bulbo faríngeo durante a nasoendoscopia foi subdividido em tópicos: «Nasoedoscopia», «Objetivo», «Forma de Análise», «Conteúdo a ser analisado», «Tamanho do gap », «Tipos de gap », «Altura do bulbo faríngeo», «Toque das estruturas velofaríngeas no bulbo faríngeo», «Fechamento velofaríngeo com o bulbo», «Referências». Foram inseridas ilustrações e vídeos no material; III) PósPRB/PFI, a paciente manteve ressonância de fala normal (com o bulbo faríngeo bem menor) e fechamento velofaríngeo nos sons orais, obtendo melhor prognóstico para cirurgia secundária com o gap velofaríngeo consideravelmente menor. Seis meses após o PRB/PFI, a paciente passou por uma nova avaliação, mantendo os resultados alcançados. Conclusão: I) A nasoendoscopia se mostrou eficaz no processo da moldagem do bulbo, pois permitiu melhor visualização das estruturas neste processo, tornando-o mais efetivo; II) O guia pode ser um material para consulta de informações da moldagem do bulbo faríngeo durante a nasoendoscopia, auxiliando e tornando o processo de moldagem mais eficaz; III) O PRB/PFI foi eficaz para aumentar o movimento das paredes faríngease reduzir o gap velofaríngeo, mantendo a fala da paciente normal com o uso do bulbo faríngeo em tamanho reduzido. |
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O papel da nasoendoscopia na confecção do obturador faríngeoThe role of nasoendoscopy in the fabrication of a pharyngeal bulb prosthesisAvaliaçãoCleft palateEvaluationFalaFissura palatinaInsuficiência velofaríngeaSpeechVelopharyngeal InsufficiencyIntrodução: Foram elaborados três artigos científicos, tendo como tema a utilização da nasoendoscopia na moldagem do obturados faríngeo, um guia de orientação sobre o processo de moldagem durante o exame e um estudo de caso em que a nasoendoscopia foi utilizada durante um programa de redução do bulbo faríngeo associado a um programa de fonoterapia intensiva. Objetivo: I) Verificar o efeito da nasoendoscopia na moldagem do bulbo faríngeo em pacientes com velofaringe hipodinâmica; II) Desenvolver um guia para moldagem do bulbo faríngeo durante o exame de nasoendoscopia para o tratamento da insuficiência velofaríngea; III) Relatar o caso de uma paciente com fissura palatinaoperada que participou de um PRB/PFI. Métodos: I) Foram selecionadas gravações de nasoendoscopia de 15 pacientes, ambos os sexos, falantes do português brasileiro, com fissura palatina/ labiopalatina operada e velofaringe hipodinâmica, realizadas durante a moldagem do bulbo faríngeo. As amostras foram analisadas por fonoaudiólogas brasileiras e fonoaudiólogos chilenos quanto ao tipo e tamanho do gap velofaríngeo, altura do bulbo na faringe, toque das paredes faríngeas e palato mole no bulbo e fechamento velofaríngeo com o bulbo durante a fala. Para o cálculo da concordância interavaliadores entre os grupos foi utilizado o teste de concordância Kappa; II) A elaboração do guia seguiu as seguintes etapas: 1) Panejamento, seleção e análise do conteúdo textual; 2) Adequação do conteúdo textual e seleção das mídias digitais; 3) Inclusão do conteúdo; 4) Revisão; 5) Implementação; III) Participou do PRB/PFI uma mulher de 19 anos de idade, com fissura submucosa operada, usando obturador faríngeo (OF) para tratamento da disfunção velofaríngea. Com o OF apresentava ressonância de fala normal e fechamento velofaríngeo em todos os sons orais, sem o OF apresentava grande gap velofaríngeo, fala hipernasal e ausência de fechamento velofaríngeo nos sons orais. O PRB/PFI foi composto por 35 sessões de fonoterapia (3 sessões diárias) e 2 reduções do OF (na primeira, antes de iniciar as sessões de terapia, o bulbo passou de 20mm de extensão para 15 mm e na segunda, após 15 sessões de fonoterapia, o bulbo passou a ter 10mm de extensão). Resultados: I) A concordância entre o grupo de fonoaudiólogos brasileiros e chilenos variou de regular (toque da parede lateral esquerda no bulbo) a quase perfeita (FVF com bulbo). Quanto ao tipo de gap, os FB classificaram 6 (40%) como coronal e os FC 7 (47%) como circular; o tamanho do gap foi classificado como maior do que 50% em (15) 100% dos pacientes pelos FB e 14 (93%) pelos FC; a altura do bulbo foi classificada como adequada em 8 (53%) pelos FB e em 9 (60%) pelos FC; o FVF com o bulbo ocorreu em 5 (33%) pacientes avaliados pelos FB e em 4 (27%), avaliados pelos FC; II) O guia foi elaborado em modelo de apresentação power point, em Português (brasileiro) e Espanhol, contendo informações objetivas e concisas, baseadas na literatura e na prática clínica de profissionais com experiência no tratamento da insuficiência velofaríngea decorrente das fissuras palatinas e obturadores faríngeos. É direcionado aos dentistas e fonoaudiólogos, que atuam no processo de moldagem do bulbo faríngeo. O material foi intitulado Guia para moldagem do bulbo faríngeo durante a nasoendoscopia foi subdividido em tópicos: «Nasoedoscopia», «Objetivo», «Forma de Análise», «Conteúdo a ser analisado», «Tamanho do gap », «Tipos de gap », «Altura do bulbo faríngeo», «Toque das estruturas velofaríngeas no bulbo faríngeo», «Fechamento velofaríngeo com o bulbo», «Referências». Foram inseridas ilustrações e vídeos no material; III) PósPRB/PFI, a paciente manteve ressonância de fala normal (com o bulbo faríngeo bem menor) e fechamento velofaríngeo nos sons orais, obtendo melhor prognóstico para cirurgia secundária com o gap velofaríngeo consideravelmente menor. Seis meses após o PRB/PFI, a paciente passou por uma nova avaliação, mantendo os resultados alcançados. Conclusão: I) A nasoendoscopia se mostrou eficaz no processo da moldagem do bulbo, pois permitiu melhor visualização das estruturas neste processo, tornando-o mais efetivo; II) O guia pode ser um material para consulta de informações da moldagem do bulbo faríngeo durante a nasoendoscopia, auxiliando e tornando o processo de moldagem mais eficaz; III) O PRB/PFI foi eficaz para aumentar o movimento das paredes faríngease reduzir o gap velofaríngeo, mantendo a fala da paciente normal com o uso do bulbo faríngeo em tamanho reduzido.Introduction: Three scientific papers were prepared, having as their theme the use of nasoendoscopy in molding the pharyngeal obturator, an orientation guide on the molding process during the exam, and a case study in which nasoendoscopy was used during a program to reduce the pharyngeal bulb associated with an intensive speech therapy program. Objective: I) To verify the effect of nasoendoscopy in molding the pharyngeal bulb prosthesis in patients with hypodynamic velopharynx; II) To develop a guide for molding the pharyngeal bulb during the nasoendoscopy for the treatment of velopharyngeal insufficiency; III) To report the case of a patient with operated cleft palate who participated in a PRB/PFI. Method: I) Nasoendoscopy videorecordings were selected from 15 patients, both genders, Brazilian Portuguese speakers, with operated cleft palate/lip and palate and hypodynamic velopharynx, mean age of 26 years, recorded during molding of the bulb. The samples were analyzed by 2 groups of Brazilians speech pathologists (STB) and Chileans (STC), regarding to type and size of the velopharyngeal gap, height of the bulb in the pharynx, touch of the pharyngeal walls and soft palate in the bulb during speech, and velopharyngeal closure (FVF) with the bulb during speech. For inter-rater agreement between the groups, the Kappa agreement test was used.II) The elaboration of the guide followed the stages: 1) Layout, selection and analysis of the textual content; 2) Adequacy of textual content and selection of digital media; 3) Inclusion of content; 4) Review; 5) Implementation; III) Participated in the PBR/IST a 19-year-old woman, with operated submucosal cleft, using pharyngeal obturator (PO) to treat velopharyngeal dysfunction. With the PO in place, she presented normal speech resonance and velopharyngeal closure in all oral sounds, and without the PO, she presented a large velopharyngeal gap, hypernasal speech and absence of velopharyngeal closure in the oral sound. The PBR/IST consisted of 35 sessions of speech therapy (3 daily sessions) and 2 reductions of the bulb (in the first, before starting the therapy sessions, the bulb increased from 20mm in length to 15 mm and in the second, after 15 sessions speech therapy, the bulb became 10 mm long). Results: I) The agreement between the two groups of evaluators ranged from fair to almost perfect. As for the type of gap, the STB rated 6 (40%) as coronal and the STC rated 7 (47%) as circular; gap size was rated greater than 50% in (15) 100% of patients by the STB and 14 (93%) by the STC; the height of the bulb was classified as adequate in 8 (53%) for the STB and in 9 (60%) for the the STC; velopharyngeal closure with the bulb in place occurred in 5 (33%) patients according to the STB and in 4 (27%) to the STC. II) The guide was prepared in a power point presentation model, in Brazilian Portuguese and Spanish, containing objective and concise information, based on the literature and the clinical practice of professionals with experience in the prosthetic treatment of velopharyngeal insufficiency. It is aimed at dentists and speech pathologists , working with pharyngeal bulbs. The material was entitled Guide for molding the pharyngeal bulb during nasoendoscopy and was subdivided into topics: «Nasoedoscopy», «Objective», «Analysis Method», «Content to be analyzed», «Gap size», «Types of gap », «Height of the pharyngeal bulb», «Touch of the velopharyngeal structures in the pharyngeal bulb», «Velopharyngeal closure with the bulb», «References». Illustrations and videos were included in the material; III) After PBR/IST, the patient maintained normal speech resonance (with a much smaller pharyngeal bulb) and velopharyngeal closure in the oral sounds, obtaining better planning for secondary surgery with a considerably smaller velopharyngeal gap. After six months the PBR/IST, the patient underwent a new evaluation, maintaining the results. Conclusion: I) Nasoendoscopy was effective in the molding process of the bulb as it allowed a better visualization of the structures in this process, making it more effective; II) The guide can be a material for consulting information on molding the pharyngeal bulb during nasoendoscopy, assisted and making the molding process more effective; III) PBR/IST was effective in increasing the movement of the pharyngeal walls and reducing the velopharyngeal gap, maintaining normal speech with the use of a reduced pharyngeal bulb.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPKrook, Maria Ines PegoraroAndrade, Laura Katarine Felix de2023-07-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-10112023-110325/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPReter o conteúdo por motivos de patente, publicação e/ou direitos autoriais.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-09T13:16:04Zoai:teses.usp.br:tde-10112023-110325Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-09T13:16:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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