Estudo da pressão plantar de crianças e adolescentes com doença de Charcot-Marie-Tooth durante a marcha
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-08052020-090843/ |
Resumo: | As manifestações clínicas da doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT) acompanham o desenvolvimento e crescimento da criança. O comprometimento progressivo da força muscular extrínseca e intrínseca do pé, associado às deformidades encontradas, alteram a biomecânica corporal e modificam de forma relevante a distribuição da pressão plantar. Compreender a história natural da doença no contexto da avaliação de padrões de pressão plantar, durante a marcha de crianças e adolescentes com CMT e sua relação com distúrbios osteomioarticulares, pode nortear estratégias de intervenção terapêuticas. Portanto, o objetivo principal deste estudo foi descrever e comparar os padrões de pressão plantar em crianças e adolescentes com CMT e seus pares típicos. Secundariamente, foram testadas a associação e a relação entre força muscular isométrica, amplitude de movimento passiva, postura do pé e padrão dinâmico de pressão plantar nos pacientes com CMT. Trata-se de um estudo transversal, composto por uma amostra de 80 crianças e adolescentes de ambos os gêneros, com idades entre 8 e 18 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: CMT (n=40) e Controle (n=40), divididos posteriormente, em subgrupos criança (8-12 anos) e adolescente (13-18 anos) (CMT-criança, CMT-adolescente, Controle-criança e Controle-adolescente). Cada participante foi submetido às seguintes avaliações: força muscular isométrica (FMI) de dorsiflexores, plantiflexores, eversores e inversores de tornozelo, extensores de joelho e extensores de quadril, usando o dinamômetro Lafayette; amplitude de movimento (ADM) passiva do ângulo poplíteo, articulação talo-crural e subtalar, usando goniômetro convencional; caracterização da postura do pé, por meio da escala do Índice Postural do Pé; sensibilidade vibratória na região do hálux, primeiro metatarso, maléolo medial e tuberosidade da tíbia, utilizando diapasão de 128 Hz (Rydel Seiffer); análise da distribuição da pressão plantar dinâmica, por meio do sistema de medição Pedar-X, com divisão do pé em quatro áreas (retropé, mediopé, antepé medial e antepé lateral). Foram analisados: área de contato (AC), pico de pressão (PP), tempo de contato (TC), integral de pressão-tempo (IPT) e Velocidade Média do Centro de Pressão (VM do COP). Para análise estatística foi utilizado o modelo linear com efeitos mistos, o coeficiente de correlação de Pearson e o modelo de regressão linear múltipla. Os resultados indicaram restrição significativa na amplitude de movimento de dorsiflexão para CMT-criança quando comparado ao Controle-criança;diminuição significativa de FMI de dorsiflexores de tornozelo para o CMT, CMT-criança e CMT-adolescente quando comparados aos seus respectivos controle; em relação a postura dos pés, os participantes do grupo CMT apresentaram predomínio de pés supinados e os do grupo Controle, predomínio de pés normais; a sensibilidade vibratória apresentou valores reduzidos em todas as regiões testadas para o grupo CMT. A avaliação da distribuição da pressão plantar mostrou que o CMT-criança, quando comparado ao Controle-criança, apresentava maiores valores de PP e IPT em antepé medial e VM do COP reduzida no mediopé. O CMTadolescente não apresentou diferenças significativas de PP, IPT, TC e VM do COP do Controle-adolescente. Para os participantes com CMT, as principais relações estabelecidas foram entre PP na região de mediopé com a ADM de flexão plantar (β=1,96, p=0.02), ADM de dorsiflexão (β=-3,22, p<0.01) e postura supinada do pé (β=-57,08, p=<0.01); IPT na região de mediopé com ADM de flexores plantares (β=0,76, p=0.04), ADM de dorsiflexores (β=- 1,61, p=<0.01) e postura supinada do pé (β=22,75, p=<0.01) e na região de antepé lateral com FMI de dorsiflexores (β=27,01, p=<0.01), ADM de dorsiflexores (β=-1,52, p=<0.01) e postura supinada do pé (β=22,36, p=0,04). Os resultados obtidos na avaliação física são compatíveis com os achados da literatura. A avaliação dinâmica do padrão de pressão plantar permitiu a identificação de anormalidades na CMT, com destaque para o aumento de PP e IPT no antepé medial e diminuição da VM do COP em mediopé para as crianças e PP, TC, IPT e VM do COP inalterados para os adolescentes. Os resultados de associação e relação da avaliação dinâmica da pressão plantar e avaliação física, mostram que outros fatores como alteração postural do pé, força muscular isométrica e amplitude de movimento influenciam na distribuição dinâmica da pressão plantar. Tais achados ressaltam a relevância deste tipo de avaliação na pratica clínica, principalmente no momento da confecção de dispositivos de tecnologia assistivas, que devem ser desenvolvidos para atividades estáticas e dinâmicas. Aos profissionais de saúde, estes resultados indicam que a redistribuição da pressão plantar pode ocorrer também por meio da abordagem cinesioterapêutica. |
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Estudo da pressão plantar de crianças e adolescentes com doença de Charcot-Marie-Tooth durante a marchaStudy of plantar pressure during gait of children and adolescents with Charcot-Marie-Tooth diseaseCharcot-Marie-ToothCharcot-Marie-ToothChildrenCriançasFoot postural indexÍndice postural do péPlantar pressurePressão plantarAs manifestações clínicas da doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT) acompanham o desenvolvimento e crescimento da criança. O comprometimento progressivo da força muscular extrínseca e intrínseca do pé, associado às deformidades encontradas, alteram a biomecânica corporal e modificam de forma relevante a distribuição da pressão plantar. Compreender a história natural da doença no contexto da avaliação de padrões de pressão plantar, durante a marcha de crianças e adolescentes com CMT e sua relação com distúrbios osteomioarticulares, pode nortear estratégias de intervenção terapêuticas. Portanto, o objetivo principal deste estudo foi descrever e comparar os padrões de pressão plantar em crianças e adolescentes com CMT e seus pares típicos. Secundariamente, foram testadas a associação e a relação entre força muscular isométrica, amplitude de movimento passiva, postura do pé e padrão dinâmico de pressão plantar nos pacientes com CMT. Trata-se de um estudo transversal, composto por uma amostra de 80 crianças e adolescentes de ambos os gêneros, com idades entre 8 e 18 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: CMT (n=40) e Controle (n=40), divididos posteriormente, em subgrupos criança (8-12 anos) e adolescente (13-18 anos) (CMT-criança, CMT-adolescente, Controle-criança e Controle-adolescente). Cada participante foi submetido às seguintes avaliações: força muscular isométrica (FMI) de dorsiflexores, plantiflexores, eversores e inversores de tornozelo, extensores de joelho e extensores de quadril, usando o dinamômetro Lafayette; amplitude de movimento (ADM) passiva do ângulo poplíteo, articulação talo-crural e subtalar, usando goniômetro convencional; caracterização da postura do pé, por meio da escala do Índice Postural do Pé; sensibilidade vibratória na região do hálux, primeiro metatarso, maléolo medial e tuberosidade da tíbia, utilizando diapasão de 128 Hz (Rydel Seiffer); análise da distribuição da pressão plantar dinâmica, por meio do sistema de medição Pedar-X, com divisão do pé em quatro áreas (retropé, mediopé, antepé medial e antepé lateral). Foram analisados: área de contato (AC), pico de pressão (PP), tempo de contato (TC), integral de pressão-tempo (IPT) e Velocidade Média do Centro de Pressão (VM do COP). Para análise estatística foi utilizado o modelo linear com efeitos mistos, o coeficiente de correlação de Pearson e o modelo de regressão linear múltipla. Os resultados indicaram restrição significativa na amplitude de movimento de dorsiflexão para CMT-criança quando comparado ao Controle-criança;diminuição significativa de FMI de dorsiflexores de tornozelo para o CMT, CMT-criança e CMT-adolescente quando comparados aos seus respectivos controle; em relação a postura dos pés, os participantes do grupo CMT apresentaram predomínio de pés supinados e os do grupo Controle, predomínio de pés normais; a sensibilidade vibratória apresentou valores reduzidos em todas as regiões testadas para o grupo CMT. A avaliação da distribuição da pressão plantar mostrou que o CMT-criança, quando comparado ao Controle-criança, apresentava maiores valores de PP e IPT em antepé medial e VM do COP reduzida no mediopé. O CMTadolescente não apresentou diferenças significativas de PP, IPT, TC e VM do COP do Controle-adolescente. Para os participantes com CMT, as principais relações estabelecidas foram entre PP na região de mediopé com a ADM de flexão plantar (β=1,96, p=0.02), ADM de dorsiflexão (β=-3,22, p<0.01) e postura supinada do pé (β=-57,08, p=<0.01); IPT na região de mediopé com ADM de flexores plantares (β=0,76, p=0.04), ADM de dorsiflexores (β=- 1,61, p=<0.01) e postura supinada do pé (β=22,75, p=<0.01) e na região de antepé lateral com FMI de dorsiflexores (β=27,01, p=<0.01), ADM de dorsiflexores (β=-1,52, p=<0.01) e postura supinada do pé (β=22,36, p=0,04). Os resultados obtidos na avaliação física são compatíveis com os achados da literatura. A avaliação dinâmica do padrão de pressão plantar permitiu a identificação de anormalidades na CMT, com destaque para o aumento de PP e IPT no antepé medial e diminuição da VM do COP em mediopé para as crianças e PP, TC, IPT e VM do COP inalterados para os adolescentes. Os resultados de associação e relação da avaliação dinâmica da pressão plantar e avaliação física, mostram que outros fatores como alteração postural do pé, força muscular isométrica e amplitude de movimento influenciam na distribuição dinâmica da pressão plantar. Tais achados ressaltam a relevância deste tipo de avaliação na pratica clínica, principalmente no momento da confecção de dispositivos de tecnologia assistivas, que devem ser desenvolvidos para atividades estáticas e dinâmicas. Aos profissionais de saúde, estes resultados indicam que a redistribuição da pressão plantar pode ocorrer também por meio da abordagem cinesioterapêutica.Charcot-Marie-Tooth disease (CMT) presents clinical manifestations that accompany the child\'s development and growth. The progressive impairment of the extrinsic and intrinsic muscle strength of the foot associated with the deformities can modify biomechanics of the body and feet distribution of plantar pressure. Understanding the natural history of the disease in the context of the assessment of plantar pressure patterns during gait of children and adolescents with CMT and its relationship with musculoskeletal disorders may guide therapeutic interventions. Therefore, the main of this study was to describe and compare plantar pressure patterns in children and adolescents with CMT and their typical pairs. Secondarily, associations and relationship between isometric muscle strength, passive range of motion, foot posture and dynamic plantar pressure pattern were tested in CMT patients. This is a cross-sectional study, consisting of a sample of 80 children and adolescents of both genders, aged 8 to 18 years. Participants were divided into two groups: CMT (n = 40) and Control (n = 40), further divided in subgroups child (8-12 years) and adolescent (13-18 years) (CMT-child, CMT-adolescent; Control-child, Control-adolescent). Each participant was submitted to the following assessments: isometric muscle strength (IMS) of dorsiflexors, plantiflexors, ankle eversors and inverters, knee extensors and hip extensors, using the Lafayette dynamometer; passive range of motion (ROM) of the popliteal angle, talocrural and, subtalar joint using conventional goniometer; characterization of foot posture using the foot postural index; vibratory sensitivity in the hallux region, first metatarsal, medial malleolus, and tibial tuberosity, using 128 Hz tuning fork (Rydel Seiffer); analysis of the dynamic plantar pressure distribution using the Pedar-X measurement system, with foot division into four areas (rearfoot, midfoot, medial forefoot and lateral forefoot). Contact area (CA), peak pressure (PP), contact time (CT), pressure-time integral (PTI), and mean velocity of the center of pressure (MVCOP) were analyzed. Statistical analysis was performed using the linear mixed-effects model, the Pearson\'s correlation coefficient and multiple models of linear regression. Results indicated significant restriction in dorsiflexion ROM for CMT-child when compared to the Control-child; a significant decrease in ankle dorsiflexor IMS for CMT, CMT-child, and CMT-adolescent when compared to their respective controls; regarding the posture of the foot, participants of the CMT group had a predominance of supinated feet and the Control group a predominance of normal feet; the vibratory sensitivity presented reduced values in all regions tested for CMT group. Evaluation of plantar pressure distribution showed that CMT-child when compared to Control-child, presented higher PP and PTI values in the medial forefoot and reduced MVCOP in midfoot. CMT-adolescent showed no significant differences in PP, PTI, CT, and MVCOP of the Control-adolescent. For participants with CMT, the main relationships established were between PP in the midfoot region with plantar flexion ROM (β = 1.96, p=<0.01), dorsiflexion ROM (β = -3.22, p=<0.01) and supinated foot posture (β = -57.08 , p=<0.01); PTI in the midfoot with plantar flexor ROM (β = 0.76, p = 0.04), dorsiflexor ROM (β = -1.61, p=<0.01) and supinated foot posture (β = 22.75, p=<0.01) and in the lateral forefoot with dorsiflexor IMS (β = 27.01, p=<0.01), dorsiflexor ROM (β = -1.52, p=<0.01) and supinated foot posture (β = 22.36, p = 0.04). The evaluation of physical components is compatible with the literature. Dynamic assessment of the plantar pressure pattern identified abnormalities in CMT as higher PP and IPT in the medial forefoot and decrease of MVCOP in the midfoot in children and unchanged PP, TC, IPT, and MVCOP in adolescents with CMT. Association and relationship results of the dynamic assessment of plantar pressure and physical assessment show that other factors such as postural alteration of the foot, isometric muscle strength, and range of motion influence the dynamic distribution of plantar pressure. Such findings highlight the relevance of this type of assessment in clinical practice, especially when making assistive technology devices, which should be developed for static and dynamic activities. For health professionals, these results indicate that the redistribution of plantar pressure can also occur through the kinesiotherapeutic approach.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSverzut, Ana Claudia MattielloCardoso, Juliana2020-02-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-08052020-090843/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-07-10T17:25:01Zoai:teses.usp.br:tde-08052020-090843Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-07-10T17:25:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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As manifestações clínicas da doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT) acompanham o desenvolvimento e crescimento da criança. O comprometimento progressivo da força muscular extrínseca e intrínseca do pé, associado às deformidades encontradas, alteram a biomecânica corporal e modificam de forma relevante a distribuição da pressão plantar. Compreender a história natural da doença no contexto da avaliação de padrões de pressão plantar, durante a marcha de crianças e adolescentes com CMT e sua relação com distúrbios osteomioarticulares, pode nortear estratégias de intervenção terapêuticas. Portanto, o objetivo principal deste estudo foi descrever e comparar os padrões de pressão plantar em crianças e adolescentes com CMT e seus pares típicos. Secundariamente, foram testadas a associação e a relação entre força muscular isométrica, amplitude de movimento passiva, postura do pé e padrão dinâmico de pressão plantar nos pacientes com CMT. Trata-se de um estudo transversal, composto por uma amostra de 80 crianças e adolescentes de ambos os gêneros, com idades entre 8 e 18 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: CMT (n=40) e Controle (n=40), divididos posteriormente, em subgrupos criança (8-12 anos) e adolescente (13-18 anos) (CMT-criança, CMT-adolescente, Controle-criança e Controle-adolescente). Cada participante foi submetido às seguintes avaliações: força muscular isométrica (FMI) de dorsiflexores, plantiflexores, eversores e inversores de tornozelo, extensores de joelho e extensores de quadril, usando o dinamômetro Lafayette; amplitude de movimento (ADM) passiva do ângulo poplíteo, articulação talo-crural e subtalar, usando goniômetro convencional; caracterização da postura do pé, por meio da escala do Índice Postural do Pé; sensibilidade vibratória na região do hálux, primeiro metatarso, maléolo medial e tuberosidade da tíbia, utilizando diapasão de 128 Hz (Rydel Seiffer); análise da distribuição da pressão plantar dinâmica, por meio do sistema de medição Pedar-X, com divisão do pé em quatro áreas (retropé, mediopé, antepé medial e antepé lateral). Foram analisados: área de contato (AC), pico de pressão (PP), tempo de contato (TC), integral de pressão-tempo (IPT) e Velocidade Média do Centro de Pressão (VM do COP). Para análise estatística foi utilizado o modelo linear com efeitos mistos, o coeficiente de correlação de Pearson e o modelo de regressão linear múltipla. Os resultados indicaram restrição significativa na amplitude de movimento de dorsiflexão para CMT-criança quando comparado ao Controle-criança;diminuição significativa de FMI de dorsiflexores de tornozelo para o CMT, CMT-criança e CMT-adolescente quando comparados aos seus respectivos controle; em relação a postura dos pés, os participantes do grupo CMT apresentaram predomínio de pés supinados e os do grupo Controle, predomínio de pés normais; a sensibilidade vibratória apresentou valores reduzidos em todas as regiões testadas para o grupo CMT. A avaliação da distribuição da pressão plantar mostrou que o CMT-criança, quando comparado ao Controle-criança, apresentava maiores valores de PP e IPT em antepé medial e VM do COP reduzida no mediopé. O CMTadolescente não apresentou diferenças significativas de PP, IPT, TC e VM do COP do Controle-adolescente. Para os participantes com CMT, as principais relações estabelecidas foram entre PP na região de mediopé com a ADM de flexão plantar (β=1,96, p=0.02), ADM de dorsiflexão (β=-3,22, p<0.01) e postura supinada do pé (β=-57,08, p=<0.01); IPT na região de mediopé com ADM de flexores plantares (β=0,76, p=0.04), ADM de dorsiflexores (β=- 1,61, p=<0.01) e postura supinada do pé (β=22,75, p=<0.01) e na região de antepé lateral com FMI de dorsiflexores (β=27,01, p=<0.01), ADM de dorsiflexores (β=-1,52, p=<0.01) e postura supinada do pé (β=22,36, p=0,04). Os resultados obtidos na avaliação física são compatíveis com os achados da literatura. A avaliação dinâmica do padrão de pressão plantar permitiu a identificação de anormalidades na CMT, com destaque para o aumento de PP e IPT no antepé medial e diminuição da VM do COP em mediopé para as crianças e PP, TC, IPT e VM do COP inalterados para os adolescentes. Os resultados de associação e relação da avaliação dinâmica da pressão plantar e avaliação física, mostram que outros fatores como alteração postural do pé, força muscular isométrica e amplitude de movimento influenciam na distribuição dinâmica da pressão plantar. Tais achados ressaltam a relevância deste tipo de avaliação na pratica clínica, principalmente no momento da confecção de dispositivos de tecnologia assistivas, que devem ser desenvolvidos para atividades estáticas e dinâmicas. Aos profissionais de saúde, estes resultados indicam que a redistribuição da pressão plantar pode ocorrer também por meio da abordagem cinesioterapêutica. |
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