Ocorrência de Staphylococcus aureus e produção de enterotoxinas por linhagens isoladas a partir de leite cru, leite pasteurizado tipo C e queijo “Minas frescal”, comercializados em Piracicaba-SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Heliana de Azevedo
Data de Publicação: 1994
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-20191218-174438/
Resumo: Este trabalho foi realizado para detectar a ocorrência de Staphilococcus aureus em leite cru, leite pasteurizado tipo C e queijo "Minas Frescal", comercializados em Piracicaba, bem como detectar a capacidade enterotoxigênica de linhagens isoladas destes produtos. S. aureus foi isolado plaqueando-se amostras de leite e queijo em meio ágar Baird-parker. Colônias típicas foram submetidas a testes bioquímicos para identificação. Os resultados deste estudo mostraram que de 56 amostras de produtos lácteos examinadas 15 (26,32%) apresentaram-se contaminadas por S. aureus. Em relação ao leite cru, observou-se que das 19 amostras analisadas 11 (57,89%) estavam contaminadas por S. aureus, sendo que as contagens variaram de 1,20.103 7,40.105 UFC/ml, com média de 7,75.104 UFC/ml. S. aureus não esteve presente em nenhuma das 19 amostras de leite pasteurizado tipo C examinadas. Quanto ao queijo "Minas Frescal os resultados mostraram que S. aureus esteve presente em 4 (22,22%) das 18 amostras analisadas e as contagens variaram de 4,70.104 1,38.106 UFC/g, com média de 4,32.103 UFC/g. Nenhuma das 23 linhagens isoladas e identificadas como S. aureus, "Minas Frescal ", produziram a partir de leite cru e queijo quaisquer das enterotoxinas analisadas, ou seja, dos tipos A, B, C2 e D. Tanto amostras de queijo “Minas Frescal” quanto de leite cru apresentaram contagens em níveis capazes de produzir enterotoxinas estafilocócicas detectáveis em alimentos, constituindo risco potencial à saúde pública. Todas as amostras de queijo "Minas Frescal"contaminadas por S. aureus apresentaram-se fora dos padrões microbiológicos legais brasileiros, indicando que elas são impróprias para o consumo humano e, portanto, deve ser exercido um maior controle, para se evitar a comercialização e o consumo deste produto.
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