Produção de toxina por Fusarium moniliforme Sheldon e seu efeito sobre alguns cultivares de milho (<Zea mays L.)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bastos, Cleber Novais
Data de Publicação: 1974
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-150955/
Resumo: O presente trabalho teve por objetivos o estudo dos efeitos do período de cultivo, composição do meio de cultura e pH do mesmo sobre o desenvolvimento e produção de toxina pelo fungo Fusarium moniliforme Sheldon. O fungo foi cultivado sob condições de escuro e temperatura controlada para 27°C, em meios de composição química diferente, durante três diferentes períodos de cultivo. O crescimento do fungo foi determinado através do peso seco do micélio, após este ter sido removido dos meios líquidos, por filtração a vácuo, mediante a utilização de um funil de Buchner e secado em estufa a 80°C durante 24 horas. O crescimento máximo foi observado no meio de Richard durante o período de 14 dias de cultivo. O pH do filtrado de cada cultura, foi determinado, mediante o uso de um potenciômetro, tendo sido observado um aumento do pH durante os três períodos de cultivo, nos dois meios testados. Para o estudo da produção de toxina, foram colocadas sementes de milho para germinar em placas de Petri, contendo papel de filtro umedecido com água destilada. Após 48 horas, foram selecionadas as sementes germinadas que apresentavam raiz principal medindo aproximadamente 5 mm de comprimento, as quais foram colocadas em número de cinco por placa, contendo 5 ml de toxina diluída em água. As diluições utilizadas, testadas separadamente, foram: 1 : 10, 1 : 50 e 1 : 100. O método de avaliação utilizado consistiu em medir o comprimento das raízes principais das sementes germinadas, após 48 horas do início do tratamento com toxina. Os resultados obtidos revelaram uma inibição aproximadamente de 50% do alongamento da raiz principal para a diluição 1 : 10. Foi encontrado entre os diferentes meios de cultura e períodos de cultivo, diferença na produção de toxina, tendo sido detectada maior produção no meio de cevada, durante o período de 21 dias. O extrato do meio de Fries, sem toxina, apresentou uma inibição do alongamento das raízes principais das plântulas, semelhante aquela apresentada pelo extrato do mesmo meio onde o fungo foi cultivado. Quanto a conservação da toxina, foi demonstrado ser possível mantê-la a temperatura de -18°C, sem perda de atividade, pelo menos durante um período de oito meses.
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