Atmosfera controlada na conservação de morango
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-02052011-081640/ |
Resumo: | Os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos isolados de distintas concentrações de dióxido de carbono (CO2), de oxigênio (O2) e de óxido nitroso (N2O); e também as combinações dos melhores resultados para a conservação de morangos \'Oso Grande\'. Os frutos foram selecionados, resfriados e armazenados a 10 °C em câmaras herméticas, com fluxo contínuo de 150 mL min-1. Os frutos foram avaliados a cada dois dias até se tornarem impróprios para o consumo. Quanto maior as concentrações de CO2 (0,03 %; 10 %; 20 %, 40 % e 80 %) associadas a 20 % de O2 em atmosfera de armazenamento menor foi a incidência de doenças. Os morangos armazenados com 80 % de CO2 foram considerados inadequados para o consumo, por apresentarem teores elevados de acetaldeído (4,9 mg 100g-1) e de etanol (105,3 mg 100g-1). Já as concentrações de 20 % e de 40 % CO2 conservaram os frutos por até oito dias, com manutenção da cor e das características comerciais. As concentrações de O2 (1 %; 3 %; 20 %; 60 %; e 90 %) demonstraram que a atividade respiratória dos morangos foi menor nas atmosferas com 1 % e 3 % de O2. O tratamento com 90 % O2 proporcionou menor incidência de podridões (2,8 %). Os morangos armazenados com 60 e 90 % de O2 mantiveram suas características comerciais por 10 dias. No ensaio com diferentes concentrações de N2O (0 %; 10 %; 30 %; 60 %; e 80 %) associadas a 20 % de O2, observou-se que os frutos com esse gás obtiveram as melhores avaliações de aparência, e reduziu em 36,3 % a respiração dos mesmos após 24 horas de armazenamento, e manteve-se estável até o fim do período. As concentrações de 60 % e de 80 % N2O se mostraram adequadas para a conservação dos morangos, por apresentarem menor ocorrência de doenças e de taxa respiratória, e, portanto, mantendo as características comerciais. Neste experimento foram avaliadas novamente as atmosferas com 0,03 % CO2 + 20 % O2; 80 % N2O + 20 % O2 e 90 % O2; além de avaliar as combinações de 60 % O2 + 40 % CO2 e de 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O. As menores incidências de podridões e as melhores notas de aparência foram nos frutos armazenados com 80 % N2O + 20 % O2 e 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O. Os morangos sob 60 % O2 + 40 % CO2 foram considerados inadequados para o consumo, por apresentarem teores elevados de acetaldeído (54,8 mg 100g-1) e de etanol (42,4 mg 100g-1). Os morangos \'Oso Grande\' a 10 ºC, sob atmosfera controlada com 80 % N2O + 20 % O2; 90 % O2 ou 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O, conservam sua coloração, reduziram a ocorrência de doenças e mantiveram a qualidade comercial por 14 dias. |
id |
USP_fc9a4678fd0058635d458120b14dd3cc |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-02052011-081640 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Atmosfera controlada na conservação de morangoControlled atmosphere on the conservation of strawberryArmazenagem em atmosfera controladaCarbon DioxideControlled atmosphere storageDióxido de CarbonoFisiologia - Pós-ColheitaMorango - ConservaçãoOxigênio.Oxygen.Postharvest PhysiologyStrawberry ConservationOs objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos isolados de distintas concentrações de dióxido de carbono (CO2), de oxigênio (O2) e de óxido nitroso (N2O); e também as combinações dos melhores resultados para a conservação de morangos \'Oso Grande\'. Os frutos foram selecionados, resfriados e armazenados a 10 °C em câmaras herméticas, com fluxo contínuo de 150 mL min-1. Os frutos foram avaliados a cada dois dias até se tornarem impróprios para o consumo. Quanto maior as concentrações de CO2 (0,03 %; 10 %; 20 %, 40 % e 80 %) associadas a 20 % de O2 em atmosfera de armazenamento menor foi a incidência de doenças. Os morangos armazenados com 80 % de CO2 foram considerados inadequados para o consumo, por apresentarem teores elevados de acetaldeído (4,9 mg 100g-1) e de etanol (105,3 mg 100g-1). Já as concentrações de 20 % e de 40 % CO2 conservaram os frutos por até oito dias, com manutenção da cor e das características comerciais. As concentrações de O2 (1 %; 3 %; 20 %; 60 %; e 90 %) demonstraram que a atividade respiratória dos morangos foi menor nas atmosferas com 1 % e 3 % de O2. O tratamento com 90 % O2 proporcionou menor incidência de podridões (2,8 %). Os morangos armazenados com 60 e 90 % de O2 mantiveram suas características comerciais por 10 dias. No ensaio com diferentes concentrações de N2O (0 %; 10 %; 30 %; 60 %; e 80 %) associadas a 20 % de O2, observou-se que os frutos com esse gás obtiveram as melhores avaliações de aparência, e reduziu em 36,3 % a respiração dos mesmos após 24 horas de armazenamento, e manteve-se estável até o fim do período. As concentrações de 60 % e de 80 % N2O se mostraram adequadas para a conservação dos morangos, por apresentarem menor ocorrência de doenças e de taxa respiratória, e, portanto, mantendo as características comerciais. Neste experimento foram avaliadas novamente as atmosferas com 0,03 % CO2 + 20 % O2; 80 % N2O + 20 % O2 e 90 % O2; além de avaliar as combinações de 60 % O2 + 40 % CO2 e de 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O. As menores incidências de podridões e as melhores notas de aparência foram nos frutos armazenados com 80 % N2O + 20 % O2 e 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O. Os morangos sob 60 % O2 + 40 % CO2 foram considerados inadequados para o consumo, por apresentarem teores elevados de acetaldeído (54,8 mg 100g-1) e de etanol (42,4 mg 100g-1). Os morangos \'Oso Grande\' a 10 ºC, sob atmosfera controlada com 80 % N2O + 20 % O2; 90 % O2 ou 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O, conservam sua coloração, reduziram a ocorrência de doenças e mantiveram a qualidade comercial por 14 dias.The aim of this work were to evaluate the isolates effects of different concentrations of carbon dioxide (CO2), oxygen (O2) and nitrous oxide (N2O); and also the combinations of the best results for the conservation of strawberries \'Oso Grande\'. The fruit have been selected, cooled and stored to 10 °C in air tight chambers with continuous flow of 150 ml min-1. The fruits were evaluated every two days to become unfit for consumption. The higher concentrations of CO2 (0,03 %; 10 %; 20 %, 40 % and 80 %) associated with 20 % O2 in the atmosphere of storage, it smaller was the incidence of diseases. The strawberries stored with 80 % of CO2 were considered unsuitable for the consumption on the present high levels of acetaldehyde (4,9 mg 100 g-1) and the ethanol (105,3 mg 100 g-1). Already concentrations of 20 % and 40% of CO2 were conserved the fruit for up to 8 days, with maintenance of the color and the commercial characteristics. The concentrations of O2 (1 %; 3 %; 20 %; 60 %; and 90 %) showed that strawberry respiratory activity was lower in atmospheres with 1 % and 3 % of O2. The treatment with 90 % O2 provided the lower incidence of rotting (2,8 %). The strawberries stored with 60 and 90 % O2 maintained their commercial characteristics for 10 days. In the test with different concentrations of N2O (0 %; 10 %; 30 %; 60 %; and 80 %) associated with 20 % O2, observed that the fruit with this gas obtained the best results of appearance, and the respiratory rate of the fruit reduced in 36,3 % after 24 hours of storage, and maintained stable until the end of the period. The concentrations of 60 % and 80 % of N2O showed appropriate for the conservation of strawberries for presented a lesser occurrence of diseases and of respiratory rate, and therefore maintaining the commercial characteristics. In this experiment were evaluated again the atmospheres with 0,03 % CO2 + 20 % O2; 80 % N2O + 20 % O2 and 90 % O2; in addition to evaluating the combinations of 60 % O2 + 40 % CO2 and 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O. The smallest incidences rotting and best notes of appearance were in the fruit stored with 80 % N2O + 20 % O2 and 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O. The strawberries under atmosphere with 60 % O2 + 40 % CO2 were considered unsuitable for consumption to the showed high levels of acetaldehyde (54,8 mg 100 g-1) and of ethanol (42,4 mg 100 g-1). The strawberries \'Oso Grande\' at 10 ºC, under controlled atmosphere with 80 % N2O + 20 % O2; 90% O2 or 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O maintained their color, reduced the occurrence of diseases and maintained the commercial quality for 14 days.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPScarpare Filho, João AlexioCunha Júnior, Luis Carlos2011-04-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-02052011-081640/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:29Zoai:teses.usp.br:tde-02052011-081640Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Atmosfera controlada na conservação de morango Controlled atmosphere on the conservation of strawberry |
title |
Atmosfera controlada na conservação de morango |
spellingShingle |
Atmosfera controlada na conservação de morango Cunha Júnior, Luis Carlos Armazenagem em atmosfera controlada Carbon Dioxide Controlled atmosphere storage Dióxido de Carbono Fisiologia - Pós-Colheita Morango - Conservação Oxigênio. Oxygen. Postharvest Physiology Strawberry Conservation |
title_short |
Atmosfera controlada na conservação de morango |
title_full |
Atmosfera controlada na conservação de morango |
title_fullStr |
Atmosfera controlada na conservação de morango |
title_full_unstemmed |
Atmosfera controlada na conservação de morango |
title_sort |
Atmosfera controlada na conservação de morango |
author |
Cunha Júnior, Luis Carlos |
author_facet |
Cunha Júnior, Luis Carlos |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Scarpare Filho, João Alexio |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cunha Júnior, Luis Carlos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Armazenagem em atmosfera controlada Carbon Dioxide Controlled atmosphere storage Dióxido de Carbono Fisiologia - Pós-Colheita Morango - Conservação Oxigênio. Oxygen. Postharvest Physiology Strawberry Conservation |
topic |
Armazenagem em atmosfera controlada Carbon Dioxide Controlled atmosphere storage Dióxido de Carbono Fisiologia - Pós-Colheita Morango - Conservação Oxigênio. Oxygen. Postharvest Physiology Strawberry Conservation |
description |
Os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos isolados de distintas concentrações de dióxido de carbono (CO2), de oxigênio (O2) e de óxido nitroso (N2O); e também as combinações dos melhores resultados para a conservação de morangos \'Oso Grande\'. Os frutos foram selecionados, resfriados e armazenados a 10 °C em câmaras herméticas, com fluxo contínuo de 150 mL min-1. Os frutos foram avaliados a cada dois dias até se tornarem impróprios para o consumo. Quanto maior as concentrações de CO2 (0,03 %; 10 %; 20 %, 40 % e 80 %) associadas a 20 % de O2 em atmosfera de armazenamento menor foi a incidência de doenças. Os morangos armazenados com 80 % de CO2 foram considerados inadequados para o consumo, por apresentarem teores elevados de acetaldeído (4,9 mg 100g-1) e de etanol (105,3 mg 100g-1). Já as concentrações de 20 % e de 40 % CO2 conservaram os frutos por até oito dias, com manutenção da cor e das características comerciais. As concentrações de O2 (1 %; 3 %; 20 %; 60 %; e 90 %) demonstraram que a atividade respiratória dos morangos foi menor nas atmosferas com 1 % e 3 % de O2. O tratamento com 90 % O2 proporcionou menor incidência de podridões (2,8 %). Os morangos armazenados com 60 e 90 % de O2 mantiveram suas características comerciais por 10 dias. No ensaio com diferentes concentrações de N2O (0 %; 10 %; 30 %; 60 %; e 80 %) associadas a 20 % de O2, observou-se que os frutos com esse gás obtiveram as melhores avaliações de aparência, e reduziu em 36,3 % a respiração dos mesmos após 24 horas de armazenamento, e manteve-se estável até o fim do período. As concentrações de 60 % e de 80 % N2O se mostraram adequadas para a conservação dos morangos, por apresentarem menor ocorrência de doenças e de taxa respiratória, e, portanto, mantendo as características comerciais. Neste experimento foram avaliadas novamente as atmosferas com 0,03 % CO2 + 20 % O2; 80 % N2O + 20 % O2 e 90 % O2; além de avaliar as combinações de 60 % O2 + 40 % CO2 e de 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O. As menores incidências de podridões e as melhores notas de aparência foram nos frutos armazenados com 80 % N2O + 20 % O2 e 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O. Os morangos sob 60 % O2 + 40 % CO2 foram considerados inadequados para o consumo, por apresentarem teores elevados de acetaldeído (54,8 mg 100g-1) e de etanol (42,4 mg 100g-1). Os morangos \'Oso Grande\' a 10 ºC, sob atmosfera controlada com 80 % N2O + 20 % O2; 90 % O2 ou 20 % O2 + 20 % CO2 + 60 % N2O, conservam sua coloração, reduziram a ocorrência de doenças e mantiveram a qualidade comercial por 14 dias. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-04-01 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-02052011-081640/ |
url |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-02052011-081640/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1815256603946909696 |