Avaliação da capacidade antimicrobiana de extratos de frutos de Morinda citrifolia L. (Rubiaceae)

• Autor(a) principal: Santos, Lucas Corrêa
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28698
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA; Noni (Planta); Extração (Química); Agentes antiinfecciosos; Físico-química - Análise; Morinda citrifolia; Extraction (Chemistry); Anti-infective agents; Chemistry, Physical and theoretical - Analysis

O noni é o fruto da planta Morinda citrifolia L. (Rubiaceae), de origem asiática, usada há milênios pelos povos nativos da Polinésia e Taiti, como fonte de alimento e medicina alternativa. É usado amplamente para o tratamento do diabetes, hipertensão, como analgésico e utilizado como tratamento para a prevenção do câncer. Tanto o fruto como as folhas possuem potencial antioxidante, anti-inflamatório, cicatrizante e antiparasítico. O noni possui diversas substâncias bioativas como antraquinonas e cumarinas que conferem capacidade antimicrobiana. Os objetivos do trabalho foram caracterizar físico-quimicamente a polpa de noni, realizar extrações de compostos antimicrobianos com diferentes solventes e testar a capacidade antimicrobiana destes extratos frente a seis microrganismos: Candida albicans, Candida tropicalis, Salmonella enterica typhimurium, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. A metodologia de extrações sucessivas de sólido-líquido em shaker, com renovação de solvente foi utilizada. A atividade antimicrobiana foi testada pelo método de difusão em disco e microdiluição em caldo. As análises físico-químicas foram realizadas de acordo com procedimentos do Instituto Adolfo Lutz. Os resultados obtidos foram de 86% de umidade, 0,64% de resíduo mineral total, 0,78% de proteínas totais, 0,88% de lipídios, 0,206% de acidez total titulável e 13°Brix de sólidos solúveis totais. O resultado de disco-difusão mostrou inibição positiva em extratos de acetona e álcool, e nenhuma inibição no extrato aquoso. O teste de microdiluição em caldo mostrou que cepas de C. tropicalis foram resistentes tanto ao extrato alcoólico quanto em acetona. O fungo C. albicans foi o mais sensível ao extrato de álcool, sendo inibido em concentrações de até 1:100. O extrato acetônico inibiu todas as demais cepas utilizadas, na concentração testada. Por meio deste estudo pode-se concluir que os resultados da caracterização físico-química estão de acordo com dados da literatura e que as frações do extrato de frutos de Morinda citrifolia apresentaram capacidade de inibição in vitro frente à maioria dos microrganismos testados. O processo de extração mostrou-se eficiente ao extrair metabólitos com atividade inibitória.