Aplicação do extrato hidroalcóolico das folhas de Syzygium malaccense e estudos da estabilidade e atividade antioxidante em bases aniônica e não iônica

• Autor(a) principal: Zanchet, Eloisa Regina
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28720
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA; Antioxidantes; Cosméticos; Compostos bioativos; Jambo; Antioxidants; Cosmetics; Bioactive compounds

O Syzygium malaccense, popularmente conhecido como jambo, é uma planta nativa da Malásia, pertencente à família Myrtaceae, no Brasil é encontrada nas regiões Norte e Nordeste. Alguns estudos mostram que o jambo possui compostos ricos em atividade antioxidante e anti-inflamatória. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi incorporar o extrato das folhas de jambo em cosméticos e avaliar a estabilidade e o potencial antioxidante dos cremes. O extrato das folhas de jambo foi produzido a partir do aquecimento das folhas secas e trituradas de jambo, com uma mistura extratora de etanol:água (40:60 v/v). Posteriormente o extrato foi liofilizado e analisado quanto ao poder antioxidante a partir das técnicas in vitro, de sequestro dos radicais DPPH, ABTS, método de redução do íon ferro (FRAP), pelo teor de compostos fenólicos totais e identificação de compostos fenólicos individuais por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). O extrato obtido apresentou alto poder antioxidante e foram identificados os compostos ácido gálico e miricitrina. O extrato foi incorporado na concentração de 1,5 %, nas formulações base aniônica e não iônica. As formulações foram avaliadas quanto a estabilidade preliminar durante o estresse térmico (0 a 12 dias), por meio das características organolépticas, pH, espalhabilidade, homogeneidade e atividade antioxidante DPPH. As formulações mostraram-se estáveis durante o estudo preliminar e foram aprovadas para o estudo acelerado, onde foram avaliadas durante 90 dias em condições de temperaturas ambiente, estufa e geladeira. Nos tempos 30, 60 e 90 dias foram realizadas as análises de pH, espalhabilidade e atividade antioxidante pelo método DPPH• e no final do estudo foi realizada análise colorimétrica, para avaliar a coloração de cada creme em seu ambiente. A atividade antioxidante foi expressa em EC50, ou seja, a concentração necessária para inibir 50% do radical DPPH. As formulações apresentaram pouca variação do pH de acordo com o tempo e o ambiente analisado. As amostras analisadas em temperatura de geladeira foram as que apresentaram maior luminosidade (L*), seguidas da temperatura ambiente e estufa. A atividade antioxidante (EC50), analisada no primeiro dia após o preparo dos cremes com adição de extrato foi de 1,90 e 2,69 mg mL-1, para o aniônico e não iônico, respectivamente, enquanto as bases sem adição de extrato não apresentaram atividade. A atividade antioxidante em 90 dias de análise para o creme aniônico foi de 2,09 mg mL-1, para a amostras acondicionada em geladeira, 2,36 mg mL-1, para temperatura ambiente e 2,71 mg mL-1, para estufa. A EC50 para o creme não iônico em 90 dias foi de 4,94 mg mL-1 na geladeira, 5,15 mg mL-1 na temperatura ambiente e 5,26 mg mL-1, na estufa. O extrato proporcionou atividade antioxidante em ambas as formulações, porém teve melhor interação com a formulação aniônica, demonstrando o melhor potencial antioxidante.