Estudo da toxicidade de líquidos iônicos carboxilados frente a Artemia salina

• Autor(a) principal: Santos, Laura Miranda
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28896
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA; Poluentes; Testes de toxicidade; Indicadores biológicos; Pollutants; Toxicity testing; Indicators (Biology)

Líquidos iônicos (LIs) são sais orgânicos formados a partir da combinação de um cátion e um ânion que exibem características específicas únicas. Eles apresentam ponto de fusão menor que 100ºC, boa condutividade iônica, pressão de vapor desprezível e alta estabilidade térmica. Como os LIs indicam um grande potencial para diversas aplicações industriais, eles vêm sendo cada vez mais estudados e inseridos em diversos tipos de processos, podendo atuar como solventes e catalisadores. Entretanto, como se tem uma variação de seus efeitos tóxicos, para que seu descarte e utilização em processos industriais não venha a causar danos, é necessário ter-se o conhecimento sobre sua toxicidade. Nesse trabalho foi realizada a produção dos líquidos iônicos brometo de ácido 2-(3-metilimidazolil-1-iletoxi-4-oxobutanóico) e brometo de ácido 2-((2-(3-metilimidazolio-1-il)etoxi)carboil)benzoico, e, foi realizada a avaliação da toxicidade de diferentes concentrações (3,1% a 100%) dos mesmos para o bioindicador microcrustáceo Artemia salina, pelo teste de imobilidade/mortalidade. A partir da síntese dos líquidos iônicos verificou-se o rendimento de produção de 87,0% para o brometo de ácido 2-(3-metilimidazolil-1-iletoxi-4-oxobutanóico) e 86,7% para o brometo de ácido 2-((2-(3-metilimidazolio-1-il)etoxi)carboil)benzoico. Após a realização dos bioensaios toxicológicos, concluiu-se que ambos os líquidos iônicos foram tóxicos para A. salina, resultando em uma taxa de mortalidade de 100% dos organismos teste em todas as concentrações testadas. Esta toxicidade pode ser devido ao baixo pH dos LIs na solução tratamento (variando de 3,0 a 6,0) e, por estes serem muito viscosos a temperatura ambiente, dificultando a locomoção dos náuplios. Assim, sugere-se que sejam realizados mais testes de toxicidade com estes LIs, com outros bioindicadores e biomarcadores.