A megera Katherina Minola no cinema: A megera domada, de Franco Zeffirelli, e 10 Coisas que eu odeio em você, de Gil Junger

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maculan, Jucelia Cazuni
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Ponciano, Luana Aparecida
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/14663
Resumo: A Megera Domada (1593-1594) é uma das primeiras comédias do dramaturgo William Shakespeare. Trata-se de uma comédia de costumes, em que pela primeira vez o Bardo juntou de maneira consistente a estrutura da comédia clássica com as graças da comédia romântica, tornando-se uma das peças de maior popularidade, ganhando diversas adaptações para o cinema e para a televisão. Suas peças atravessam qualquer barreira cultural e resistem ao tempo tornando-se imortais e sempre atuais. Sendo assim, a presente pesquisa justifica-se pela relevância que apresenta no âmbito literário e social, visto que a peça escolhida para esse estudo retrata um pouco da ideia da figura feminina da sociedade renascentista e como era vista a mulher que não se encaixava nesses paradigmas sociais. O trabalho tem como objetivo principal analisar como Shakespeare constrói sua personagem, a megera, e como ela é traduzida para o cinema pelos diretores Franco Zeffirelli, em A Megera Domada (1967), e Gil Junger, em 10 Coisas que Odeio em Você (1999). Para tanto, foram propostos alguns objetivos de pesquisa: analisar a figura da megera na sociedade renascentista, verificar como Shakespeare constrói figuras femininas em algumas de suas peças, em especial A Megera Domada; entender como alguns críticos feministas de nossa atualidade escrevem sobre esta temática; além de analisar o processo de adaptação e de apropriação da megera para o cinema, procurando observar alguns pontos de teorias relativas a esses assuntos. Assim, Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir, Uma Teoria da Adaptação, de Linda Hutcheon, O que é feminismo, de Branca Moreira Alves e Jacqueline Pitanguy, e os artigos ―Teoria e Prática da Adaptação: Da Fidelidade à Intertextualidade‖, de Robert Stam, e ―Questões de Gênero e Identidade na Época e Obra de Shakespeare‖, de Anna Stegh Camati, constituíram a estrutura teórica dessa pesquisa. Além disso, outros artigos científicos relacionados aos temas aqui abordados foram verificados para a estruturação das principais ideias aqui trabalhadas. Verificou-se que a megera de Shakespeare subverteu os valores patriarcais com seu discurso carregado de subjetividade – ele deu voz à sua megera. Zeffirelli, por sua vez, contraria os preceitos feministas da década de 60 e cria uma megera que remete à valores tradicionais da mulher. Já Junger apresenta uma megera de personalidade forte e determinada, assim como a de Shakespeare, mas modernizada. As discussões apresentadas neste trabalho são apenas um ponto de partida para reflexões futuras. Ainda há muito para ser explorado tanto no campo das traduções, quanto no que diz respeito ao papel da mulher na sociedade.
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Sendo assim, a presente pesquisa justifica-se pela relevância que apresenta no âmbito literário e social, visto que a peça escolhida para esse estudo retrata um pouco da ideia da figura feminina da sociedade renascentista e como era vista a mulher que não se encaixava nesses paradigmas sociais. O trabalho tem como objetivo principal analisar como Shakespeare constrói sua personagem, a megera, e como ela é traduzida para o cinema pelos diretores Franco Zeffirelli, em A Megera Domada (1967), e Gil Junger, em 10 Coisas que Odeio em Você (1999). Para tanto, foram propostos alguns objetivos de pesquisa: analisar a figura da megera na sociedade renascentista, verificar como Shakespeare constrói figuras femininas em algumas de suas peças, em especial A Megera Domada; entender como alguns críticos feministas de nossa atualidade escrevem sobre esta temática; além de analisar o processo de adaptação e de apropriação da megera para o cinema, procurando observar alguns pontos de teorias relativas a esses assuntos. Assim, Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir, Uma Teoria da Adaptação, de Linda Hutcheon, O que é feminismo, de Branca Moreira Alves e Jacqueline Pitanguy, e os artigos ―Teoria e Prática da Adaptação: Da Fidelidade à Intertextualidade‖, de Robert Stam, e ―Questões de Gênero e Identidade na Época e Obra de Shakespeare‖, de Anna Stegh Camati, constituíram a estrutura teórica dessa pesquisa. Além disso, outros artigos científicos relacionados aos temas aqui abordados foram verificados para a estruturação das principais ideias aqui trabalhadas. Verificou-se que a megera de Shakespeare subverteu os valores patriarcais com seu discurso carregado de subjetividade – ele deu voz à sua megera. Zeffirelli, por sua vez, contraria os preceitos feministas da década de 60 e cria uma megera que remete à valores tradicionais da mulher. Já Junger apresenta uma megera de personalidade forte e determinada, assim como a de Shakespeare, mas modernizada. As discussões apresentadas neste trabalho são apenas um ponto de partida para reflexões futuras. Ainda há muito para ser explorado tanto no campo das traduções, quanto no que diz respeito ao papel da mulher na sociedade.The Taming of the Shrew (1593-1594) is one of the first plays by playwright William Shakespeare. It is a comedy of manners in which the Bard first joined consistently classic comedy structure with the joys of the romantic comedy, becoming one of the greatest popularity pieces, receiving several film and television adaptations. His pieces cross any cultural barrier and resist time becoming immortal and ever present. Thus, this research is justified by the importance it has in the literary and social context, as the piece chosen for this study portrays some idea of the female figure of Renaissance society and as the woman, who did not fit these paradigms social policies, was seen. The work aims to analyze how Shakespeare builds his character, the shrew, and how she is translated to film by director Franco Zeffirelli in The Taming of the Shrew (1967) and Gil Junger, in 10 Things I Hate About You (1999). For that, some research objectives were proposed: to analyze the figure of the shrew in the Renaissance society, to verify how Shakespeare constructs feminine figures in some of his pieces, in special, in The Taming of the Shrew; to understand how some feminist critics of our times write about this subject; besides analyzing the process of adaptation and appropriation of the shrew for the cinema, trying to observe some points of theories related to these subjects. Thus, Segundo Sexo, by Simone de Beauvoir, Uma Teoria da Adaptação, by Linda Hutcheon, O que é feminismo, by Branca Moreira Alves e Jacqueline Pitanguy, and other articles, such as ―Teoria e Prática da Adaptação: Da Fidelidade à Intertextualidade‖, by Robert Stam, and ―Questões de Gênero e Identidade na Época e Obra de Shakespeare‖, de Anna Stegh Camati, constituted the theoretical framework of this research. In addition, other scientific articles related to the themes discussed here were verified for the structuring of the main ideas elaborated here. It was found that Shakespeare's shrew subverted patriarchal values with her discourse charged with subjectivity – he gave voice to his shrew. Zeffirelli in turn contradicts the feminist precepts of the 60s and creates a shrew that refers to the traditional values of women. Junger has a strong and determined personality, as well as Shakespeare‘s, but modernized. The discussions presented in this paper are only a starting point for future reflections. There is still much more to be explored both in the field of translation and in regard to the role of women in society.porUniversidade Tecnológica Federal do ParanáPato BrancoLicenciatura em LetrasUTFPRBrasilDepartamento Acadêmico de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRASTeatro inglêsCinemaShakespeare, William, 1564-1616FeminismoEnglish dramaMotion picturesShakespeare, William, 1564-1616FeminismA megera Katherina Minola no cinema: A megera domada, de Franco Zeffirelli, e 10 Coisas que eu odeio em você, de Gil JungerThe shrew Katherina Minola in the movies: The taming of the shrew, by Franco Zeffirelli, and 10 Things I hate about you, by Gil Jungerinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisPato BrancoStankiewicz, Mariese RibasStankiewicz, Mariese RibasCamilotti, Camila PaulaGritti, Letícia LemosMaculan, Jucelia CazuniPonciano, Luana Aparecidainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRORIGINALPB_COLET_2018_2_19.pdFapplication/pdf1385898http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/14663/1/PB_COLET_2018_2_19.pdF2c2b43934fba6c9752d289930e02e657MD51LICENSElicense.txttext/plain1290http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/14663/2/license.txtb9d82215ab23456fa2d8b49c5df1b95bMD52TEXTPB_COLET_2018_2_19.pdF.txtExtracted texttext/plain152542http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/14663/3/PB_COLET_2018_2_19.pdF.txt6ef9da2ca5dc4de8fedb454a38555829MD53THUMBNAILPB_COLET_2018_2_19.pdF.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1299http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/14663/4/PB_COLET_2018_2_19.pdF.jpg60fb829aaaa77d40b36b31094ee13b57MD541/146632020-11-18 12:23:30.621oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/14663TmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbywgYXV0b3Jpem8gYSBVVEZQUiBhIHZlaWN1bGFyLCAKYXRyYXbDqXMgZG8gUG9ydGFsIGRlIEluZm9ybWHDp8OjbyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIChQSUFBKSBlIGRvcyBDYXTDoWxvZ29zIGRhcyBCaWJsaW90ZWNhcyAKZGVzdGEgSW5zdGl0dWnDp8Ojbywgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBkZSBhY29yZG8gY29tIGEgTGVpIG5vIDkuNjEwLzk4LCAKbyB0ZXh0byBkZXN0YSBvYnJhLCBvYnNlcnZhbmRvIGFzIGNvbmRpw6fDtWVzIGRlIGRpc3BvbmliaWxpemHDp8OjbyByZWdpc3RyYWRhcyBubyBpdGVtIDQgZG8gCuKAnFRlcm1vIGRlIEF1dG9yaXphw6fDo28gcGFyYSBQdWJsaWNhw6fDo28gZGUgVHJhYmFsaG9zIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28gZGUgR3JhZHVhw6fDo28gZSAKRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbywgRGlzc2VydGHDp8O1ZXMgZSBUZXNlcyBubyBQb3J0YWwgZGUgSW5mb3JtYcOnw6NvIGUgbm9zIENhdMOhbG9nb3MgRWxldHLDtG5pY29zIGRvIApTaXN0ZW1hIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVURlBS4oCdLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkLCB2aXNhbmRvIGEgCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBwcm9kdcOnw6NvIGNpZW50w61maWNhIGJyYXNpbGVpcmEuCgogIEFzIHZpYXMgb3JpZ2luYWlzIGUgYXNzaW5hZGFzIHBlbG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvIOKAnFRlcm1vIGRlIEF1dG9yaXphw6fDo28gcGFyYSBQdWJsaWNhw6fDo28gZGUgClRyYWJhbGhvcyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvIGRlIEdyYWR1YcOnw6NvIGUgRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbywgRGlzc2VydGHDp8O1ZXMgZSBUZXNlcyBubyBQb3J0YWwgCmRlIEluZm9ybWHDp8OjbyBlIG5vcyBDYXTDoWxvZ29zIEVsZXRyw7RuaWNvcyBkbyBTaXN0ZW1hIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVURlBS4oCdIGUgZGEg4oCcRGVjbGFyYcOnw6NvIApkZSBBdXRvcmlh4oCdIGVuY29udHJhbS1zZSBhcnF1aXZhZGFzIG5hIEJpYmxpb3RlY2EgZG8gQ8OibXB1cyBubyBxdWFsIG8gdHJhYmFsaG8gZm9pIGRlZmVuZGlkby4gCk5vIGNhc28gZGUgcHVibGljYcOnw7VlcyBkZSBhdXRvcmlhIGNvbGV0aXZhIGUgbXVsdGljw6JtcHVzLCBvcyBkb2N1bWVudG9zIGZpY2Fyw6NvIHNvYiBndWFyZGEgZGEgCkJpYmxpb3RlY2EgY29tIGEgcXVhbCBvIOKAnHByaW1laXJvIGF1dG9y4oCdIHBvc3N1YSB2w61uY3Vsby4KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.utfpr.edu.br:8080/oai/requestopendoar:2020-11-18T14:23:30Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false
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