Análise da importância das ações do programa nacional de alimentação escolar sobre hábitos e práticas alimentares dos alunos, sob a percepção de professores dos sétimos anos em uma escola da rede estadual de Curitiba/PR

• Autor(a) principal: Borba, Anabelle Retondario de Lima
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/22039
• topic: Ensino de Ciências; Conscientização; Hábitos alimentares; Merenda escolar; Awareness; Food habits; School children - Food

A alimentação e a educação são fatores determinantes e condicionantes de saúde. O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem como um de seus objetivos a contribuição para aquisição de hábitos e práticas alimentares saudáveis pelos educandos (BRASIL, 2009). Para isso, o professor tem papel fundamental, tendo em vista que é um dos principais atores dentro da escola. Portanto, o presente estudo buscou investigar o conhecimento de professores de alunos dos sétimos anos do ensino fundamental sobre o PNAE. Um questionário foi apresentado a nove professores para verificar se existe entre eles a consciência da importância da escola neste campo e saber o que pensam sobre a refeição fornecida. Ao analisar os resultados, percebe-se uma falta de conhecimento dos professores sobre o Programa e sua dinâmica dentro da escola. Houve divergência sobre a existência de um profissional qualificado para elaboração do cardápio: 56% não soube responder, enquanto 22% disseram que “sim” e outros 22%, que “não”. Em verdade, nesta escola o planejamento das refeições é feito pelas cozinheiras, juntamente com uma inspetora, com ajuda de uma professora, contrariando a lei nº 11.947/09, que atribui esta responsabilidade a um profissional nutricionista. Somente dois professores afirmaram conhecer o programa, enquanto três negaram e outros quatro alegaram apenas ter “ouvido falar” do mesmo, o que leva à reflexão da pouca importância que se dá ao tema da alimentação escolar. Em relação aos hábitos de consumo dos adolescentes no intervalo (“recreio”), todos os educadores afirmaram que aqueles frequentam a cantina comercial, apesar de não ter sido consenso o consumo da alimentação fornecida pela escola pelos adolescentes. Já a maioria dos professores afirmou consumir a citada refeição e a colocaram como capaz de influenciar os alunos, apesar de poucos deles abordarem o tema “Alimentação Saudável” em suas disciplinas. Nota-se um descompasso entre discurso e realidade, como se a “entidade escola” tivesse o poder de melhorar os hábitos alimentares dos alunos, e não os próprios professores, personagens-chave da construção do conhecimento neste âmbito. Todos os educadores consideram a alimentação escolar capaz de melhorar os hábitos alimentares dos alunos. Conclui-se com o presente estudo que a alimentação escolar é pouco valorizada pelos professores, assim como a exploração do ambiente escolar como promotora de bons hábitos alimentares. Faz-se necessário maior empenho na conscientização dos educadores quanto à importância do seu papel neste campo.