Modelos de crescimento de jabuticabeiras em distintas condições de ambiente

• Autor(a) principal: Porto, Alexandre Hack
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29177
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA; Jabuticabeira; Modelos lineares (Estatística); Análise funcional não-linear; Carbono; Plantas - Efeito da luz; Linear models (Statistics); Nonlinear functional analysis; Carbon; Plants - Effect of light on; Agronomia

Dentre as fruteiras nativas de importância regional no Sul do Brasil, destaca-se a jabuticabeira. No entanto, na produção de jabuticabas prevalece o extrativismo ou os cultivos de plantas isoladas em fundos de quintais, existindo ainda poucos pomares comerciais. Isso é em decorrência da falta de genótipos selecionados como variedades comerciais e de informações quanto as técnicas de manejo e associados ao entendimento da fisiologia da planta. Como a planta tem sua origem em ambiente com menor luminosidade (florestas) é importante entender seu comportamento de crescimento se submetidas as distintas condições de sombreamento, visando recomendar o melhor ambiente para seu cultivo comercial em pomar. Isso poderia ser feito com a jabuticabeira híbrida, uma vez que oferece as melhores características para seu cultivo comercial (precocidade, presença de mais de um fluxo produtivo por ano e menor vigor da planta). Todavia, em fundos de quintal, a jabuticabeira é mantida em pleno sol, o que demonstra capacidade adaptativa, podendo-se testar e acompanhar o crescimento de genótipos promissores cujas matrizes estão nas matas da região Sudoeste Paranaense. O trabalho objetivou estimar por meio de ajustes de modelos de regressão não-linear, o crescimento de genótipos de jabuticabeiras híbridas em diferentes intensidades luminosas que foram avaliadas no período de 2014 a 2021 (experimento 1) e de jabuticabeiras nativas em condição de pomar onde as avaliações compreenderam o período de 2012 a 2021 (experimento 2). Para isso, foram realizadas avaliações mensais de crescimento do diâmetro de caule, altura total de planta, altura do caule e comprimento da brotação. O crescimento em volume, biomassa e acúmulo de carbono foram mensuradas a partir das estimativas dessas avaliações e com os dados obtidos por análises destrutivas de plantas de amostras (método direto) para determinação da densidade da madeira, teor de massa seca e fator de expansão de biomassa. Os dados ajustados através de seis modelos de regressão não-lineares, com a escolha dos modelos que melhor se aderiram ao conjunto de dados de cada variável, por meio de cálculos de curvaturas relativas, análise de variância, teste de comparação de múltiplas médias e teste de médias pareados, sobre cada um dos parâmetros obtidos nos modelos selecionados, utilizando a ferramenta computacional R. As jabuticabeiras avaliadas nos dois experimentos, obtiveram os melhores ajustes com os modelos logísticos de três e quatro parâmetros e, o modelo de Weibull, nos quais representaram o crescimento das variáveis analisadas. No experimento 1, o manejo da condição de intensidade luminosa simulado com o uso de malha de 50% de sombreamento resultou em maior crescimento quando comparado com as demais. O uso de malhas de 80% de sombreamento em todas as direções ultrapassou o limite da plasticidade adaptativa, prejudicando o crescimento das jabuticabeiras híbridas. Para o experimento 2, os locais de origem denominados como Xavier e José, apresentaram melhor adaptação no local e na condição de pomar. Porém, Xavier, Sabará, Marcolina, José, F. Jaboticabal aportaram maior C nas condições avaliadas. Recomenda-se estudos e avaliações de determinação de biomassa e carbono pelo método direto, para composição de banco de dados para interesses futuros, não só de jabuticabeiras, mas de outras espécies de fruteiras nativas e espécies de interesse para composição de sistemas agroflorestais, pois estes estudos de crescimento, biomassa e sequestro de carbono, mensuram a eficiência de sistemas agroflorestais.