Comparação dos perfis físico-motor e comportamental de crianças em função dos níveis de coordenação motora grossa

• Autor(a) principal: Mello, Andressa Yamashita
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24232
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICA; Capacidade motora em crianças; Aptidão física; Índice de massa corporal; Exercícios físicos; Motor ability in children; Physical fitness; Body mass index; Exercise

A oferta variada de experiências motoras, associada ao desenvolvimento biológico esperado com o avançar da idade, contribui para a formação de um vasto e refinado acervo motor. Diante do declínio observado em relação aos níveis coordenativos das crianças nas últimas décadas, com repercussões negativas na vida adulta, destacase a urgência de um entendimento mais profundo sobre as relações que se estabelecem entre a coordenação motora e suas variáveis correlatas, entre as quais se destacam os aspectos morfológicos, níveis de aptidão física (AptF) e a prática de atividade física em diferentes contextos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi comparar os perfis físico-motor e comportamental de crianças em função dos níveis de coordenação motora grossa (CMG). Foram avaliadas 298 crianças (6-11 anos de idade), de ambos sexos, estudantes da rede municipal de ensino na cidade de Curitiba/PR. Estatura, peso corporal, índice de massa corporal (IMC), CMG, AptF, e participação esportiva (PE) foram avaliados. CMG foi avaliada com a bateria KTK, cuja soma dos testes foi dividida em tercis; as crianças foram classificadas em função dos níveis de CMG: baixo, moderado e elevado. Diferenças entre grupos de CMG foram verificadas a partir da ANOVA; posteriormente, ajustadas para idade e sexo. A AptF foi avaliada por cinco testes, provenientes das baterias AAHPER e Fitnessgram. A PE foi estimada com a aplicação do questionário de atividade física habitual de Baecke, em forma de entrevista direta. Os cálculos foram efetuados no SPSS 23.0, nível de significância em 5%. Crianças com baixa CMG apresentaram maior IMC (p<0,05) e menores níveis de AptF (p<0,05) comparativamente aos outros grupos. Crianças com CMG elevada apresentaram menor IMC (p<0,05), sendo mais aptas em todas as provas (p<0,05). Não houve diferença nas médias da PE entre os grupos. Os resultados destacam o perfil de risco de crianças com baixos níveis de CMG e apontam as variáveis que merecem atenção primária em programas de prevenção e intervenção, como o controle de peso e aumento dos níveis de AptF com variadas oportunidades de práticas para uma espiral positiva de desenvolvimento.