Condição de gênero x síndrome de Burnout: um estudo em instituições financeiras da cidade de Francisco Beltrão - Paraná durante a pandemia do COVID-19

• Autor(a) principal: Reisdoefer, Stefhani Cristina
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28165
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ADMINISTRACAO; Burnout (Psicologia); Stress (Psicologia); Qualidade de vida no trabalho; Teletrabalho; Burn out (Psychology); Stress (Psychology); Quality of work life; Tecnology

A participação da mulher no ambiente de trabalho cresceu significativamente nas últimas décadas. Todavia, a diferença de cargos e salário, dupla jornada, o assédio moral e sexual, são alguns fatores que têm proporcionado danos à saúde da mulher. Visando isso, esta pesquisa interessa-se pelo tema de divisão de gênero dentro do sistema financeiro, e como a mesma pode influenciar no aparecimento de síndrome de Burnout. Dessa forma, o objetivo do estudo foi analisar se, ser mulher, no ambiente de trabalho do sistema financeiro durante a pandemia do COVID-19, constitui fonte de estresse ao ponto de conduzir trabalhadoras à síndrome de Burnout. Para atender o objetivo da pesquisa, aplicou-se um questionário socioeconômico e de perfil pessoal e profissional, síndrome de Burnout e perguntas relacionadas a situações vivenciadas. O questionário foi enviado para as instituições financeiras do município de Francisco Beltrão, PR, sendo alcançadas 15 mulheres, porém, sendo respondido por oito dessas. Para o primeiro ponto levantado, podemos observar que todas as respondentes do questionário apresentaram síndrome de Burnout nas três dimensões (exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal). Enfatiza-se que a soma dos resultados das dimensões foi alta comparado a métrica apresentada, dando ênfase que essas mulheres estão em nível de Burnout mais elevado do que a de médicos (amostra estudada pelo artigo utilizado como referência de métrica). No segundo investigado foi realizado três perguntas referente a possíveis situações vividas no local de trabalho, ou durante a carreira. Devido ao fato de serem mulheres, todas afirmam que já se sentiram desvalorizadas; já enfrentaram dificuldade para conseguir vagas de emprego; enfrentam a diferença salarial; e a falta de oportunidades e promoções. Todos esses fatores destacados fazem com que ser mulher seja uma sobrecarga para o mundo corporativo, que torna sua carreira muito mais difícil comparado a dos homens. Visualizando as evidências de ambos os campos estudados (gênero e síndrome de Burnout), afirmamos que através do índice de Burnout das mulheres entrevistadas e as afirmações e relatos acerca das situações vividas no ambiente de trabalho por serem mulheres, que gênero é uma fonte de síndrome de Burnout.