Estudo de caso sobre as dificuldades de aprendizagem de alunos surdos na disciplina de química

• Autor(a) principal: Schuindt, Cláudia Celeste
• Data de Publicação: 2017
• Outros Autores: de Matos, Clarianna Ferreira, da Silva, Camila Silveira
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Actio (Curitiba)
• Texto Completo: https://periodicos.utfpr.edu.br/actio/article/view/6773
• topic: 7.08.00.00-6 Educação 7.08.07.00-0 Tópicos Específicos de Educação 7.08.07.05-1 Educação Especial; Dificuldades de aprendizagem; Química; Alunos surdos; Ensino de química

O presente trabalho analisa as dificuldades de aprendizagem na disciplina de Química, na perspectiva de alunos surdos inseridos em uma escola regular na rede estadual de ensino, constituindo uma pesquisa de cunho qualitativo do tipo Estudo de Caso. Com o aporte bibliográfico que fundamenta a Educação Inclusiva e tendo a observação como um instrumento fundamental para a constituição de dados foram acompanhadas 20 aulas de Química, ao longo de 12 semanas. Um questionário foi aplicado junto aos oito estudantes surdos de uma turma, para diagnóstico de perfil dos sujeitos de pesquisa e seleção dos educandos que participariam da etapa posterior, contemplando uma entrevista. Assim, três alunos – que atendiam aos critérios estabelecidos: possuir surdez total, não utilizar aparelho auditivo, compreender ao menos parcialmente a Língua Portuguesa – participaram da entrevista estruturada com o intuito de identificar quais eram as suas percepções e dificuldades na disciplina escolar em questão. Os resultados revelaram que o maior obstáculo de aprendizagem em Química é a diferença linguística, seguida da falta de conhecimento de LIBRAS pelo professor, da dificuldade na compreensão de sinais de terminologias químicas já existentes ou na criação de novos sinais, a não formação acadêmica específica dos intérpretes e a ausência de materiais didáticos em LIBRAS e de metodologias que façam uso de imagens como recursos didáticos. Assim, sinalizamos a importância de aprimorar os materiais e metodologias de ensino que atendam as particularidades de uma classe de inclusão, conhecendo as necessidades apontadas pelos próprios educandos surdos.