Tráfico de órgãos: a (im)possibilidade da legalização da comercialização de órgãos no Brasil e os entraves à doação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10737/1747 |
Resumo: | O tráfico de órgãos humanos corresponde a um mercado clandestino mundial que tem como objetivo a satisfação da oferta e da procura de órgãos, onerando as classes mais desfavorecidas. O Brasil, como sendo o segundo país que mais realiza transplantes renais e hepáticos no mundo, é um grande fornecedor de órgãos ao mercado clandestino, para tanto, questiona-se se não seria possível a legalização da comercialização de órgãos no Brasil, como forma de acabar com o mercado clandestino ao equilibrar a oferta e a procura por órgãos, tendo em vista que o desequilíbrio e a demora são os principais fatores que levam as pessoas a este comércio ilegal. Assim, esta monografia tem como objetivo geral aprofundar-se sobre o tráfico de órgãos mundial, colacionando a principais legislações internacionais e nacionais sobre o tema, além de discutir sobre a possibilidade de legalização da comercialização de órgãos no Brasil em face dos princípios constitucionais do direito à vida e da dignidade da pessoa humana. O presente estudo é realizado através de pesquisa qualitativa, por meio de método dedutivo e de procedimentos técnicos bibliográficos e documentais. Dessa forma, o trabalho se inicia pelo histórico do avanço dos procedimentos de transplantes de órgãos, conceituação e classificação dos transplantes, bem como algumas estatísticas sobre o assunto. Em seguida, faz-se uma abordagem sobre o tráfico de órgãos mundial, conceituando o tráfico de pessoas e identificando os envolvidos no comércio de órgãos, além de estudar as principais legislações sobre o comércio de órgãos, trazendo alguns casos reais documentados para fins de elucidar a pesquisa. Finalmente, examina-se a (im)possibilidade da legalização do comércio de órgãos no Brasil, em face dos princípios constitucionais do direito à vida e da dignidade da pessoa humana, demonstrando, por fim, quais os entraves às doações de órgãos no Brasil. Nesse sentido, conclui-se pela impossibilidade da legalização da comercialização de órgãos no Brasil, devido ao princípio da dignidade da pessoa humana, e aos prejuízos que sua legalização causaria ao país a longo prazo com o fim das doações altruístas e o aumento das desigualdades sociais. Como solução, cita-se a necessidade imediata de incentivos sociais à população brasileira para doação solidária de órgãos post mortem, tendo-se em vista a sua importância para o alcance do equilíbrio nacional entre oferta e procura de órgãos para transplante, bem como para minimizar a ação do mercado humano. |
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Iorra, Alice Krämerhttp://lattes.cnpq.br/7339269953758354Matte, Nicole Lenhardt2018-01-25T12:33:15Z2018-01-25T12:33:15Z2018-012017-06O tráfico de órgãos humanos corresponde a um mercado clandestino mundial que tem como objetivo a satisfação da oferta e da procura de órgãos, onerando as classes mais desfavorecidas. O Brasil, como sendo o segundo país que mais realiza transplantes renais e hepáticos no mundo, é um grande fornecedor de órgãos ao mercado clandestino, para tanto, questiona-se se não seria possível a legalização da comercialização de órgãos no Brasil, como forma de acabar com o mercado clandestino ao equilibrar a oferta e a procura por órgãos, tendo em vista que o desequilíbrio e a demora são os principais fatores que levam as pessoas a este comércio ilegal. Assim, esta monografia tem como objetivo geral aprofundar-se sobre o tráfico de órgãos mundial, colacionando a principais legislações internacionais e nacionais sobre o tema, além de discutir sobre a possibilidade de legalização da comercialização de órgãos no Brasil em face dos princípios constitucionais do direito à vida e da dignidade da pessoa humana. O presente estudo é realizado através de pesquisa qualitativa, por meio de método dedutivo e de procedimentos técnicos bibliográficos e documentais. Dessa forma, o trabalho se inicia pelo histórico do avanço dos procedimentos de transplantes de órgãos, conceituação e classificação dos transplantes, bem como algumas estatísticas sobre o assunto. Em seguida, faz-se uma abordagem sobre o tráfico de órgãos mundial, conceituando o tráfico de pessoas e identificando os envolvidos no comércio de órgãos, além de estudar as principais legislações sobre o comércio de órgãos, trazendo alguns casos reais documentados para fins de elucidar a pesquisa. Finalmente, examina-se a (im)possibilidade da legalização do comércio de órgãos no Brasil, em face dos princípios constitucionais do direito à vida e da dignidade da pessoa humana, demonstrando, por fim, quais os entraves às doações de órgãos no Brasil. Nesse sentido, conclui-se pela impossibilidade da legalização da comercialização de órgãos no Brasil, devido ao princípio da dignidade da pessoa humana, e aos prejuízos que sua legalização causaria ao país a longo prazo com o fim das doações altruístas e o aumento das desigualdades sociais. Como solução, cita-se a necessidade imediata de incentivos sociais à população brasileira para doação solidária de órgãos post mortem, tendo-se em vista a sua importância para o alcance do equilíbrio nacional entre oferta e procura de órgãos para transplante, bem como para minimizar a ação do mercado humano.-1MATTE, Nicole Lenhardt. Tráfico de órgãos: a (im)possibilidade da legalização da comercialização de órgãos no Brasil e os entraves à doação. 2017. Monografia (Graduação em Direito) – Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, jun. 2017. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/1747. http://hdl.handle.net/10737/1747http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessCSATráfico de órgãosComércio de órgãos(Im)possibilidade de legalizaçãoTransplante de órgãosTráfico de órgãos: a (im)possibilidade da legalização da comercialização de órgãos no Brasil e os entraves à doaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UNIVATES (Biblioteca Digital da Univates - BD)instname:Centro Universitário Univates (UNIVATES)instacron:UNIVATESTEXT2017NicoleLenhardtMatte.pdf.txt2017NicoleLenhardtMatte.pdf.txtExtracted texttext/plain103778https://www.univates.br/bdu/bitstreams/43a62817-1c85-4d46-9a47-588cb554c5c4/downloadf036e0190c574f75f3f151e72ea392acMD510THUMBNAIL2017NicoleLenhardtMatte.pdf.jpg2017NicoleLenhardtMatte.pdf.jpgGenerated 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O tráfico de órgãos humanos corresponde a um mercado clandestino mundial que tem como objetivo a satisfação da oferta e da procura de órgãos, onerando as classes mais desfavorecidas. O Brasil, como sendo o segundo país que mais realiza transplantes renais e hepáticos no mundo, é um grande fornecedor de órgãos ao mercado clandestino, para tanto, questiona-se se não seria possível a legalização da comercialização de órgãos no Brasil, como forma de acabar com o mercado clandestino ao equilibrar a oferta e a procura por órgãos, tendo em vista que o desequilíbrio e a demora são os principais fatores que levam as pessoas a este comércio ilegal. Assim, esta monografia tem como objetivo geral aprofundar-se sobre o tráfico de órgãos mundial, colacionando a principais legislações internacionais e nacionais sobre o tema, além de discutir sobre a possibilidade de legalização da comercialização de órgãos no Brasil em face dos princípios constitucionais do direito à vida e da dignidade da pessoa humana. O presente estudo é realizado através de pesquisa qualitativa, por meio de método dedutivo e de procedimentos técnicos bibliográficos e documentais. Dessa forma, o trabalho se inicia pelo histórico do avanço dos procedimentos de transplantes de órgãos, conceituação e classificação dos transplantes, bem como algumas estatísticas sobre o assunto. Em seguida, faz-se uma abordagem sobre o tráfico de órgãos mundial, conceituando o tráfico de pessoas e identificando os envolvidos no comércio de órgãos, além de estudar as principais legislações sobre o comércio de órgãos, trazendo alguns casos reais documentados para fins de elucidar a pesquisa. Finalmente, examina-se a (im)possibilidade da legalização do comércio de órgãos no Brasil, em face dos princípios constitucionais do direito à vida e da dignidade da pessoa humana, demonstrando, por fim, quais os entraves às doações de órgãos no Brasil. Nesse sentido, conclui-se pela impossibilidade da legalização da comercialização de órgãos no Brasil, devido ao princípio da dignidade da pessoa humana, e aos prejuízos que sua legalização causaria ao país a longo prazo com o fim das doações altruístas e o aumento das desigualdades sociais. Como solução, cita-se a necessidade imediata de incentivos sociais à população brasileira para doação solidária de órgãos post mortem, tendo-se em vista a sua importância para o alcance do equilíbrio nacional entre oferta e procura de órgãos para transplante, bem como para minimizar a ação do mercado humano. |
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