Falhas terapêuticas no tratamento de esclerose múltipla: relato de caso / Therapeutic failures in the treatment of multiple sclerosis: a case report

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Folini, Naiane Taíssa
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Simiema, Anna Paula de Oliveira, Sousa, Citrya Jakellinne Alves, de Menezes, Deborah Antunes, Hahmann, Luciana, Silva, Matheus Menezes, da Costa, Rodrigo Ramos, Schmaltz, Vivian Dias Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/35875
Resumo: A Esclerose Múltipla é uma doença de caráter inflamatório e desmielinizante que acomete a substância branca presente no sistema nervoso central. Embora sua etiologia ainda seja desconhecida, o quadro clínico é caracterizado pela presença de sinais e sintomas como: fadiga, nistagmo, diplopia, disfunção motora e sensitiva, tremores e desequilíbrio. Possui maior incidência no sexo feminino entre a terceira e quarta década de vida com aumento global crescente do número de casos, principalmente em regiões mais distantes da linha do Equador. O tratamento possui diversas linhas dentro dos protocolos do Ministério da Saúde, cuja finalidade é impedir o acúmulo e progressão de sintomas que geram a incapacidade da doença. O caso em questão retrata a evolução da doença em uma profissional da saúde que iniciou com quadro gripal leve, com posterior manifestação de acometimento neurológico confirmado após realização de ressonância magnética. Após cuidadosa investigação do quadro sintomatológico apresentado, foi constatado doença de substrato desmielinizante de atividade inflamatória aguda. A paciente apresentou bandas oligoclonais positivas e detecção de IgG no exame do líquor, com um surto e duas lesões na ressonância magnética, fechando o diagnóstico de Esclerose Múltipla a partir dos critérios de McDonald. O tratamento apresentou duas falhas terapêuticas tanto com a administração de copaxane quanto com a de fingolimode, sendo que o medicamento natalizumabe não foi utilizado devido ao alto título do JCV, o qual representa risco para o desenvolvimento de leucoencefalopatia multifocal progressiva. Por fim, optou-se pelo uso de ocrelizumabe para controle da doença e segurança da paciente. Assim, este relato acompanha o caso de uma paciente que possui quadro clássico de Esclerose Múltipla do tipo Remitente-Recorrente com fatores agravantes para a evolução da doença para Esclerose Múltipla Progressiva Secundária.
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