A etnociência dos povos indígenas da Amazônia / The ethnoscience of the indigenous peoples of the Amazon
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Veras |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/36956 |
Resumo: | Este artigo faz parte de uma pesquisa mais ampla que estamos realizando sobre a Etnociência como uma das vertentes teóricas mais profícuas no interior do paradigma da Etnometodologia, enquanto uma das abordagens teórico-metodológicas emergentes no campo da pesquisa científica. Em contraposição aos paradigmas teóricos tradicionais, fundamentados em uma concepção eurocêntrica de conhecimento científico, a Etnociência evidencia que não existe uma Ciência única e universal, mas diversos modos de organização do conhecimento, baseado em um raciocínio prático do senso comum, enquanto processo e produto históricos das experiências e práticas vividas e construídas pelos sujeitos sociais no mundo sócio-cultural em que (con)vivem. Objetivando resgatar esses saberes práticos alijados das academias e, da Escola em geral, enfatizamos a importância dessa Ciência pluricultural entre os diversos povos culturalmente distintos, como casos dos povos indígenas, quilombolas e demais “minorias” socialmente oprimidas e discriminadas em seus diferentes modos de organização de viver e raciocinar. Para tanto, realizamos uma acurada pesquisa bibliográfica nas obras de referência e paradigmática sobre a temática, que foi aprofundada por uma pesquisa documental, acessando-se os “sites” mas recentes que se reportam sobre o assunto, via “Internet”. Com a finalidade de fornecer maior concretude e atualidade sobre o objeto problematizado, realizamos uma pesquisa de campo entre os acadêmicos de Licenciatura Plena em diversas áreas do conhecimento humano no Centro de Ciências Sociais e Educação da Universidade do Estado do Pará, objetivando através de entrevistas verificar o conhecimento desses sujeitos sociais sobre o raciocínio prático dos grupos indígenas da Amazônia que apresentam uma racionalidade concreta fora dos padrões da lógica conjuntista-identitária. Tendo em vista complementar o nível de aprofundamento desta investigação científica, realizamos também uma pesquisa de campo junto aos grupos indígenas Munduruku, Tapirapés, Waimiri-Atroari, Guajajaras e Tembés, nos estados do Amazonas, Maranhão e Pará, unidades federadas pertencentes à Amazônia Legal. |
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A etnociência dos povos indígenas da Amazônia / The ethnoscience of the indigenous peoples of the AmazonEtnometodologia. Etnociência. Multiculturalismo. Práticas socioculturais. Grupos Indígenas.Este artigo faz parte de uma pesquisa mais ampla que estamos realizando sobre a Etnociência como uma das vertentes teóricas mais profícuas no interior do paradigma da Etnometodologia, enquanto uma das abordagens teórico-metodológicas emergentes no campo da pesquisa científica. Em contraposição aos paradigmas teóricos tradicionais, fundamentados em uma concepção eurocêntrica de conhecimento científico, a Etnociência evidencia que não existe uma Ciência única e universal, mas diversos modos de organização do conhecimento, baseado em um raciocínio prático do senso comum, enquanto processo e produto históricos das experiências e práticas vividas e construídas pelos sujeitos sociais no mundo sócio-cultural em que (con)vivem. Objetivando resgatar esses saberes práticos alijados das academias e, da Escola em geral, enfatizamos a importância dessa Ciência pluricultural entre os diversos povos culturalmente distintos, como casos dos povos indígenas, quilombolas e demais “minorias” socialmente oprimidas e discriminadas em seus diferentes modos de organização de viver e raciocinar. Para tanto, realizamos uma acurada pesquisa bibliográfica nas obras de referência e paradigmática sobre a temática, que foi aprofundada por uma pesquisa documental, acessando-se os “sites” mas recentes que se reportam sobre o assunto, via “Internet”. Com a finalidade de fornecer maior concretude e atualidade sobre o objeto problematizado, realizamos uma pesquisa de campo entre os acadêmicos de Licenciatura Plena em diversas áreas do conhecimento humano no Centro de Ciências Sociais e Educação da Universidade do Estado do Pará, objetivando através de entrevistas verificar o conhecimento desses sujeitos sociais sobre o raciocínio prático dos grupos indígenas da Amazônia que apresentam uma racionalidade concreta fora dos padrões da lógica conjuntista-identitária. Tendo em vista complementar o nível de aprofundamento desta investigação científica, realizamos também uma pesquisa de campo junto aos grupos indígenas Munduruku, Tapirapés, Waimiri-Atroari, Guajajaras e Tembés, nos estados do Amazonas, Maranhão e Pará, unidades federadas pertencentes à Amazônia Legal.Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda.2021-10-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/3695610.34117/bjdv7n10-026Brazilian Journal of Development; Vol. 7 No. 10 (2021); 95168-95179Brazilian Journal of Development; Vol. 7 Núm. 10 (2021); 95168-95179Brazilian Journal of Development; v. 7 n. 10 (2021); 95168-951792525-8761reponame:Revista Verasinstname:Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)instacron:VERACRUZporhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/36956/pdfCopyright (c) 2021 Brazilian Journal of Developmentinfo:eu-repo/semantics/openAccessde Melo, Maria Lúcia Gomes FigueiraMiranda, Maria Josevett AlmeidaRodrigues, Denise de Souza Simões2022-02-03T19:57:27Zoai:ojs2.ojs.brazilianjournals.com.br:article/36956Revistahttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/PRIhttp://site.veracruz.edu.br:8087/instituto/revistaveras/index.php/revistaveras/oai||revistaveras@veracruz.edu.br2236-57292236-5729opendoar:2024-10-15T16:19:02.595422Revista Veras - Instituto Superior de Educação Vera Cruz (VeraCruz)false |
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Este artigo faz parte de uma pesquisa mais ampla que estamos realizando sobre a Etnociência como uma das vertentes teóricas mais profícuas no interior do paradigma da Etnometodologia, enquanto uma das abordagens teórico-metodológicas emergentes no campo da pesquisa científica. Em contraposição aos paradigmas teóricos tradicionais, fundamentados em uma concepção eurocêntrica de conhecimento científico, a Etnociência evidencia que não existe uma Ciência única e universal, mas diversos modos de organização do conhecimento, baseado em um raciocínio prático do senso comum, enquanto processo e produto históricos das experiências e práticas vividas e construídas pelos sujeitos sociais no mundo sócio-cultural em que (con)vivem. Objetivando resgatar esses saberes práticos alijados das academias e, da Escola em geral, enfatizamos a importância dessa Ciência pluricultural entre os diversos povos culturalmente distintos, como casos dos povos indígenas, quilombolas e demais “minorias” socialmente oprimidas e discriminadas em seus diferentes modos de organização de viver e raciocinar. Para tanto, realizamos uma acurada pesquisa bibliográfica nas obras de referência e paradigmática sobre a temática, que foi aprofundada por uma pesquisa documental, acessando-se os “sites” mas recentes que se reportam sobre o assunto, via “Internet”. Com a finalidade de fornecer maior concretude e atualidade sobre o objeto problematizado, realizamos uma pesquisa de campo entre os acadêmicos de Licenciatura Plena em diversas áreas do conhecimento humano no Centro de Ciências Sociais e Educação da Universidade do Estado do Pará, objetivando através de entrevistas verificar o conhecimento desses sujeitos sociais sobre o raciocínio prático dos grupos indígenas da Amazônia que apresentam uma racionalidade concreta fora dos padrões da lógica conjuntista-identitária. Tendo em vista complementar o nível de aprofundamento desta investigação científica, realizamos também uma pesquisa de campo junto aos grupos indígenas Munduruku, Tapirapés, Waimiri-Atroari, Guajajaras e Tembés, nos estados do Amazonas, Maranhão e Pará, unidades federadas pertencentes à Amazônia Legal. |
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