O impacto do diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista na família e relações familiares / The impact of the diagnosis of Autism Spectrum Disorder on the family and family relationships

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Passos, Beatriz Carneiro
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Kishimoto, Mariana Sayuri Cabral
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Veras
Texto Completo: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/43094
Resumo: Por envolver diversos aspectos de comunicação verbal e não verbal, o reconhecimento desse impacto pelo profissional de saúde é essencial para estabelecer vínculo e diálogo efetivo para o melhor atendimento a essas pacientes e seus familiares. O enfrentamento da realidade depende de como o membro reage às diferentes dificuldades apresentadas e a dinâmica familiar já existente. O processo de aceitação é difícil para todos, especialmente para os pais, e grande parte disso vem da falta de informação de conscientização acerca do TEA. Porém, vem sendo estudado cada vez mais, especialmente por envolver grandes variações de sintomas e intensidade deles, além de envolver aspectos sociais, familiares, políticos, educacionais e terapêuticos. A carga dessa situação é muito complicada e afeta todos os membros da família. Os pais são os mais afetados, pois precisam repensar seus papéis desempenhados no núcleo familiar como, por exemplo, quem vai suprir as necessidades financeiras e quem vai dedicar seu tempo integralmente ao cuidado do filho deficiente. No caso de famílias monoparentais, a situação fica ainda mais complicada. O diagnóstico precoce do TEA é essencial na escolha da intervenção adequada. Mesmo antes de fechar o diagnóstico, muitos pais experimentam sentimentos como ansiedade, desilusão, preocupação e culpa. O atraso no diagnóstico gera vários estressores para a família e a demora aumenta a possibilidade de sofrimento, sentimento de perda de tempo, frustração, culpa e também expectativas irreais da cura do filho. A forma como é recebida a notícia é determinante para o desenvolvimento da criança. Além do despreparo do profissional de saúde para identificar e comunicar o diagnóstico, outro fator que contribui para esse atraso é o estigma social que existem em relação à saúde mental, atrasando a busca por ajuda e dificultando o processo de aceitação. Uma carga emocional e física é imposta sobre todos os familiares, principalmente a figura materna. O diagnóstico precoce e capacitação de profissionais de saúde e educadores para reconhecer esses déficits de comunicação e também para melhor encaminhar ou atender esses pacientes é essencial. A aceitação é um grande passo para prognóstico da criança e da família, algumas vezes não é 100% atingida, porém a disseminação de informações e conscientização auxiliam bastante o processo.  O profissional de saúde tem papel essencial. Ao avaliar e identificar um transtorno de comunicação, o encaminhamento desses pacientes, principalmente crianças, levam à confirmação diagnóstica e acompanhamento em centros especializados. A partir do reconhecimento de sentimentos como tristeza, culpa, frustração, depressão e aceitação, a participação ativa dos pais e dos profissionais de saúde capacitados podem elaborar um plano de ação. O tratamento é a longo prazo e a família necessita de orientações sobre o transtorno, apoio psicológico, emocional e financeiro, entre outros. 
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