Estudo da refratariedade plaquetária do dia 0 ao 50, em pacientes submetidos a transplante de medula óssea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula,Gerson G. de
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Novaretti,Márcia C., Pozzi,Diana H. B., Chamone,Dalton A. F.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842004000100002
Resumo: Entre outubro de 1997 e julho de 1999 pesquisou-se a refratariedade plaquetária em 15 pacientes na fase precoce do TMO alogênico e autoplástico, com idade variando de 1 a 66 anos no Hospital São Camilo. Para esta avaliação, foram utilizados os seguintes parâmetros: evolução clínica, cálculo corrigido do incremento plaquetário (CCI), teste de microlinfocitotoxicidade dependente de complemento (CDC) e ensaios plaquetários por aderência de células vermelhas em fase sólida (SPRCA). A refratariedade plaquetária foi definida como falha de resposta a uma transfusão de dois concentrados de plaquetas ABO compatíveis, quando o cálculo corrigido do incremento plaquetário (CCI) de uma hora pós-transfusional era inferior a 7,5 ou de 24 horas < 4,5. Apenas a análise do CCI de 24 horas mostrou significância estatística. A refratariedade plaquetária foi detectada em 80,0 % dos casos, tendo como causa principal os fatores não imunológicos, como: anfotericina 66,66%, doença veno-oclusiva hepática 53,33%, febre de origem indeterminada 40,0%, esplenomegalia epistaxe leve, febre, melena grave, hematêmese grave e infecção bacteriana 20,0%. Melena leve, enterorragia grave, epistaxe moderada e grave 13,33%, enquanto CIVD, enterorragia moderada e grave 6,66%. Os fatores imunológicos foram representados pela presença da reação aguda do enxerto contra hospedeiro (aGVHD) em 33,0% e infecção por citomegalovírus (CMV) em 13,33%, embora a detecção de auto-anticorpos tenha sido negativa. Conclui-se que a análise do CCI pós-transfusional de 24 horas mostrou ser um método de escolha para detecção da refratariedade e de útil aplicabilidade em pacientes trombocitopênicos refratários, em particular naqueles submetidos ao TMO.
id ABHHTC-1_1e6d8e96ced70664320920de0eac65fa
oai_identifier_str oai:scielo:S1516-84842004000100002
network_acronym_str ABHHTC-1
network_name_str Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online)
repository_id_str
spelling Estudo da refratariedade plaquetária do dia 0 ao 50, em pacientes submetidos a transplante de medula ósseaRefratariedade plaquetáriatransplante de medula ósseatransfusão de plaquetasantígenos plaquetários humanostestes imunológicos de citotoxicidadeEntre outubro de 1997 e julho de 1999 pesquisou-se a refratariedade plaquetária em 15 pacientes na fase precoce do TMO alogênico e autoplástico, com idade variando de 1 a 66 anos no Hospital São Camilo. Para esta avaliação, foram utilizados os seguintes parâmetros: evolução clínica, cálculo corrigido do incremento plaquetário (CCI), teste de microlinfocitotoxicidade dependente de complemento (CDC) e ensaios plaquetários por aderência de células vermelhas em fase sólida (SPRCA). A refratariedade plaquetária foi definida como falha de resposta a uma transfusão de dois concentrados de plaquetas ABO compatíveis, quando o cálculo corrigido do incremento plaquetário (CCI) de uma hora pós-transfusional era inferior a 7,5 ou de 24 horas < 4,5. Apenas a análise do CCI de 24 horas mostrou significância estatística. A refratariedade plaquetária foi detectada em 80,0 % dos casos, tendo como causa principal os fatores não imunológicos, como: anfotericina 66,66%, doença veno-oclusiva hepática 53,33%, febre de origem indeterminada 40,0%, esplenomegalia epistaxe leve, febre, melena grave, hematêmese grave e infecção bacteriana 20,0%. Melena leve, enterorragia grave, epistaxe moderada e grave 13,33%, enquanto CIVD, enterorragia moderada e grave 6,66%. Os fatores imunológicos foram representados pela presença da reação aguda do enxerto contra hospedeiro (aGVHD) em 33,0% e infecção por citomegalovírus (CMV) em 13,33%, embora a detecção de auto-anticorpos tenha sido negativa. Conclui-se que a análise do CCI pós-transfusional de 24 horas mostrou ser um método de escolha para detecção da refratariedade e de útil aplicabilidade em pacientes trombocitopênicos refratários, em particular naqueles submetidos ao TMO.Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular2004-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842004000100002Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia v.26 n.1 2004reponame:Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online)instname:Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHHTC)instacron:ABHHTC10.1590/S1516-84842004000100002info:eu-repo/semantics/openAccessPaula,Gerson G. deNovaretti,Márcia C.Pozzi,Diana H. B.Chamone,Dalton A. F.por2004-07-19T00:00:00Zoai:scielo:S1516-84842004000100002Revistahttp://www.rbhh.org/pt/archivo/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsbhh@terra.com.br||secretaria@rbhh.org1806-08701516-8484opendoar:2004-07-19T00:00Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online) - Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHHTC)false
dc.title.none.fl_str_mv Estudo da refratariedade plaquetária do dia 0 ao 50, em pacientes submetidos a transplante de medula óssea
title Estudo da refratariedade plaquetária do dia 0 ao 50, em pacientes submetidos a transplante de medula óssea
spellingShingle Estudo da refratariedade plaquetária do dia 0 ao 50, em pacientes submetidos a transplante de medula óssea
Paula,Gerson G. de
Refratariedade plaquetária
transplante de medula óssea
transfusão de plaquetas
antígenos plaquetários humanos
testes imunológicos de citotoxicidade
title_short Estudo da refratariedade plaquetária do dia 0 ao 50, em pacientes submetidos a transplante de medula óssea
title_full Estudo da refratariedade plaquetária do dia 0 ao 50, em pacientes submetidos a transplante de medula óssea
title_fullStr Estudo da refratariedade plaquetária do dia 0 ao 50, em pacientes submetidos a transplante de medula óssea
title_full_unstemmed Estudo da refratariedade plaquetária do dia 0 ao 50, em pacientes submetidos a transplante de medula óssea
title_sort Estudo da refratariedade plaquetária do dia 0 ao 50, em pacientes submetidos a transplante de medula óssea
author Paula,Gerson G. de
author_facet Paula,Gerson G. de
Novaretti,Márcia C.
Pozzi,Diana H. B.
Chamone,Dalton A. F.
author_role author
author2 Novaretti,Márcia C.
Pozzi,Diana H. B.
Chamone,Dalton A. F.
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Paula,Gerson G. de
Novaretti,Márcia C.
Pozzi,Diana H. B.
Chamone,Dalton A. F.
dc.subject.por.fl_str_mv Refratariedade plaquetária
transplante de medula óssea
transfusão de plaquetas
antígenos plaquetários humanos
testes imunológicos de citotoxicidade
topic Refratariedade plaquetária
transplante de medula óssea
transfusão de plaquetas
antígenos plaquetários humanos
testes imunológicos de citotoxicidade
description Entre outubro de 1997 e julho de 1999 pesquisou-se a refratariedade plaquetária em 15 pacientes na fase precoce do TMO alogênico e autoplástico, com idade variando de 1 a 66 anos no Hospital São Camilo. Para esta avaliação, foram utilizados os seguintes parâmetros: evolução clínica, cálculo corrigido do incremento plaquetário (CCI), teste de microlinfocitotoxicidade dependente de complemento (CDC) e ensaios plaquetários por aderência de células vermelhas em fase sólida (SPRCA). A refratariedade plaquetária foi definida como falha de resposta a uma transfusão de dois concentrados de plaquetas ABO compatíveis, quando o cálculo corrigido do incremento plaquetário (CCI) de uma hora pós-transfusional era inferior a 7,5 ou de 24 horas < 4,5. Apenas a análise do CCI de 24 horas mostrou significância estatística. A refratariedade plaquetária foi detectada em 80,0 % dos casos, tendo como causa principal os fatores não imunológicos, como: anfotericina 66,66%, doença veno-oclusiva hepática 53,33%, febre de origem indeterminada 40,0%, esplenomegalia epistaxe leve, febre, melena grave, hematêmese grave e infecção bacteriana 20,0%. Melena leve, enterorragia grave, epistaxe moderada e grave 13,33%, enquanto CIVD, enterorragia moderada e grave 6,66%. Os fatores imunológicos foram representados pela presença da reação aguda do enxerto contra hospedeiro (aGVHD) em 33,0% e infecção por citomegalovírus (CMV) em 13,33%, embora a detecção de auto-anticorpos tenha sido negativa. Conclui-se que a análise do CCI pós-transfusional de 24 horas mostrou ser um método de escolha para detecção da refratariedade e de útil aplicabilidade em pacientes trombocitopênicos refratários, em particular naqueles submetidos ao TMO.
publishDate 2004
dc.date.none.fl_str_mv 2004-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842004000100002
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842004000100002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S1516-84842004000100002
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular
publisher.none.fl_str_mv Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia v.26 n.1 2004
reponame:Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online)
instname:Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHHTC)
instacron:ABHHTC
instname_str Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHHTC)
instacron_str ABHHTC
institution ABHHTC
reponame_str Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online)
collection Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de hematologia e hemoterapia (Online) - Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular (ABHHTC)
repository.mail.fl_str_mv sbhh@terra.com.br||secretaria@rbhh.org
_version_ 1754213107849232384