Refractariedade plaquetária
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.10/137 |
Resumo: | A transfusão de plaquetas desempenha um importante papel no suporte terapêutico dos doentes cirúrgicos, hematológicos, oncológicos e transplantados. As melhorias que gradualmente se têm vindo a implementar ao nível das técnicas de separação e armazenamento plaquetar, contribuíram para a grande disponibilidade deste componente e para um significativo aumento no seu consumo em transfusão alogénica. Com esta modalidade transfusional foi possível diminuir a taxa de mortalidade por hemorragia nos doentes com trombocitopenias agudas e crónicas e mais recentemente, instituir terapêutica com quimioterapia de alta dose com suporte autólogo de medula e recurso aos factores de crescimento hematopoiético, em doentes com patologias de prognóstico fatal como as leucémias e os tumores sólidos. Contudo em aproximadamente 10% das transfusões de plaquetas o sucesso clínico é limitado, com incrementos plaquetários discretos, desenvolvendo-se um estado de refractariedade plaquetária, que culmina numa destruição acelerada das plaquetas transfundidas. É assim posta em causa toda uma evolução terapêutica de décadas, e em última análise assiste-se nestes doentes a uma regressão do seu prognóstico e follow-up, se não for adoptada uma estratégia transfusional rápida e personalizada. Entendida a transfusão de plaquetas como uma forma limitada de transplante, tendo o tecido transplantado uma curta mas bem definida expectativa de sobrevivência no receptor, sem possibilidade de auto perpetuação, o objectivo transfusional é avaliável clinicamente pela paragem da diátese hemorrágica e laboratorialmente por um incremento plaquetário adequado. O estudo da refractariedade plaquetária representa de certa forma um modelo simplificado de alo-transplante, no qual os aspectos da rejeição imune são abordados. Assim é efectuada uma revisão da literatura acerca dos factos mais significativos na evolução da fisiopatologia, diagnóstico clínico e laboratorial, prevenção e atitudes terapêuticas, destacando a problemática da selecção de plaquetas compatíveis, como a etapa mais decisiva e difícil no manejo da refractariedade plaquetária. A selecção do par dador receptor de plaquetas, emerge como uma luz clarificadora de algumas complexidades inerentes ao sucesso terapêutico da transfusão de plaquetas, a qual poderá modificar a evolução clínica desta entidade nosológica. |
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