Probióticos na doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA): uma revisão integrativa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Health Review |
Texto Completo: | https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/63500 |
Resumo: | A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é um termo amplo usado para cobrir um espectro de condições caracterizadas por evidência de esteatose hepática na ausência de causas secundárias, como consumo de álcool e uso crônico de medicamentos. A prevalência de DHGNA nos países ocidentais é de cerca de 20 a 30% da população adulta, afetando 25% das pessoas em todo o mundo, sendo comumente associada à síndrome metabólica, obesidade, diabetes tipo II e hiperlipidemia. A etiologia é multifatorial, atuando em conjunto em indivíduos geneticamente predispostos: resistência à insulina, hormônios secretados pelo tecido adiposo, fatores nutricionais, fatores genéticos, epigenéticos e ação do microbioma intestinal. O objetivo principal do estudo foi revisar a literatura em relação ao efeito dos probióticos na DHGNA. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, estabelecida a partir da pergunta norteadora: “Os probióticos influenciam na DHGNA?”. A amostra final do estudo compreende 22 artigos que atenderam ao objetivo do estudo proposto. Os probióticos são bactérias vivas que fornecem efeitos benéficos para a saúde humana, modulando a microbiota intestinal. A alteração adversa do ecossistema intestinal (disbiose) contribui para o desenvolvimento de doenças metabólicas e DHGNA, por vias como: alteração na produção de hormônios intestinais, alteração na produção de ácidos graxos de cadeia curta, influenciando no metabolismo lipídico, translocação de lipopolissacarídeos (LPS) bacterianos, influenciando a permeabilidade intestinal, contribuindo para a inflamação do fígado e perturbação do metabolismo dos ácidos biliares, aumentando a toxicidade hepática e o risco cardiovascular. A maioria dos artigos utilizados na elaboração deste trabalho comprovou que os probióticos, sobretudo os pertencentes aos filos Actinobactéria, Firmicutes e Bacteroidetes interferem positivamente na resolução da DHGNA, de maneiras distintas, como melhora da barreira intestinal, diminuição dos estímulos inflamatórios e metabolização de lipídeos e açúcares. Os estudos apontam para a importância da suplementação com probióticos e simbióticos na melhoria da saúde geral dos pacientes com DHGNA, em especial a saúde hepática, de maneira persistente e duradoura. |
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