A divergência de entendimento entre o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do UniCEUB |
Texto Completo: | https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/16476 |
Resumo: | O presente artigo científico tem como objetivo analisar a divergência entre os entendimentos adotados pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal de Contas da União, acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário. Devido à lacuna legislativa existente sobre esse tema, doutrinadores e julgadores do Direito interpretam este assunto de diversas formas e, apesar de o STF já ter se posicionado mediante a fixação de temas de repercussão geral (tais como se verifica com as matérias examinadas nos Temas 666, 899, e 897), o TCU, ao que se verifica, continua aplicando a essas mesmas questões decisões que divergem da orientação indicada nesses temas pela Corte Suprema, até o momento. Entende-se que a falta de uma interpretação que contemple entendimentos que estejam em sintonia, que não sejam conflitantes, traz aos possíveis agentes envolvidos uma enorme insegurança jurídica. Conclui-se que, para buscar a estabilidade jurídica, não surpreendendo as partes com uma pretensão que se postergue indefinidamente, é necessário que seja reconhecida e aplicada a regra de prescritibilidade das ações, inclusive pelo Tribunal de Contas da União, uma vez que essa orientação está inserida na Constituição Federal e, também, albergada pelo entendimento firmado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal. A unificação da concepção sobre o prazo prescricional das ações de ressarcimento ao erário, produziria o efeito de garantir às partes implicadas o direito ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, princípios constitucionais fundamentais aos cidadãos. |
id |
CEUB_8f0205406495f2ce58895af80bface1d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.uniceub.br:prefix/16476 |
network_acronym_str |
CEUB |
network_name_str |
Repositório Institucional do UniCEUB |
repository_id_str |
2361 |
spelling |
Queiroz, Maria Clara Espíndola de2023-04-13T11:19:07Z2023-04-13T11:19:07Z20222022https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/16476Carlos Orlando PintoO presente artigo científico tem como objetivo analisar a divergência entre os entendimentos adotados pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal de Contas da União, acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário. Devido à lacuna legislativa existente sobre esse tema, doutrinadores e julgadores do Direito interpretam este assunto de diversas formas e, apesar de o STF já ter se posicionado mediante a fixação de temas de repercussão geral (tais como se verifica com as matérias examinadas nos Temas 666, 899, e 897), o TCU, ao que se verifica, continua aplicando a essas mesmas questões decisões que divergem da orientação indicada nesses temas pela Corte Suprema, até o momento. Entende-se que a falta de uma interpretação que contemple entendimentos que estejam em sintonia, que não sejam conflitantes, traz aos possíveis agentes envolvidos uma enorme insegurança jurídica. Conclui-se que, para buscar a estabilidade jurídica, não surpreendendo as partes com uma pretensão que se postergue indefinidamente, é necessário que seja reconhecida e aplicada a regra de prescritibilidade das ações, inclusive pelo Tribunal de Contas da União, uma vez que essa orientação está inserida na Constituição Federal e, também, albergada pelo entendimento firmado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal. A unificação da concepção sobre o prazo prescricional das ações de ressarcimento ao erário, produziria o efeito de garantir às partes implicadas o direito ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, princípios constitucionais fundamentais aos cidadãos.Submitted by Flávia Ferreira (flavia.ferreira@uniceub.br) on 2023-03-30T22:32:42Z No. of bitstreams: 1 21803256.pdf: 710454 bytes, checksum: 091c0d936a8e9f86dd986060f726b298 (MD5)Approved for entry into archive by Fernanda Weschenfelder (fernanda.weschenfelder@uniceub.br) on 2023-04-13T11:19:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 21803256.pdf: 710454 bytes, checksum: 091c0d936a8e9f86dd986060f726b298 (MD5)Made available in DSpace on 2023-04-13T11:19:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 21803256.pdf: 710454 bytes, checksum: 091c0d936a8e9f86dd986060f726b298 (MD5) Previous issue date: 2022Direito administrativo e constitucionalAção de ressarcimento ao erárioPrescritibilidadeSupremo Tribunal Federal e Tribunal de Contas da UniãoDivergência de entendimentoA divergência de entendimento entre o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erárioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional do UniCEUBinstname:Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB)instacron:UNICEUBinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINAL21803256.pdf21803256.pdfapplication/pdf710454https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/16476/1/21803256.pdf091c0d936a8e9f86dd986060f726b298MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/16476/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52TEXT21803256.pdf.txt21803256.pdf.txtExtracted texttext/plain77370https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/16476/3/21803256.pdf.txt878c4e5bba855cbb2cdcd0e75db03189MD53prefix/164762023-04-13 13:03:41.098oai:repositorio.uniceub.br:prefix/16476TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPRIhttps://repositorio.uniceub.br/oai/requestopendoar:23612023-04-13T13:03:41Repositório Institucional do UniCEUB - Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A divergência de entendimento entre o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário |
title |
A divergência de entendimento entre o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário |
spellingShingle |
A divergência de entendimento entre o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário Queiroz, Maria Clara Espíndola de Direito administrativo e constitucional Ação de ressarcimento ao erário Prescritibilidade Supremo Tribunal Federal e Tribunal de Contas da União Divergência de entendimento |
title_short |
A divergência de entendimento entre o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário |
title_full |
A divergência de entendimento entre o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário |
title_fullStr |
A divergência de entendimento entre o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário |
title_full_unstemmed |
A divergência de entendimento entre o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário |
title_sort |
A divergência de entendimento entre o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Contas da União acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário |
author |
Queiroz, Maria Clara Espíndola de |
author_facet |
Queiroz, Maria Clara Espíndola de |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Queiroz, Maria Clara Espíndola de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Direito administrativo e constitucional Ação de ressarcimento ao erário Prescritibilidade Supremo Tribunal Federal e Tribunal de Contas da União Divergência de entendimento |
topic |
Direito administrativo e constitucional Ação de ressarcimento ao erário Prescritibilidade Supremo Tribunal Federal e Tribunal de Contas da União Divergência de entendimento |
description |
O presente artigo científico tem como objetivo analisar a divergência entre os entendimentos adotados pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Tribunal de Contas da União, acerca da prescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos ao erário. Devido à lacuna legislativa existente sobre esse tema, doutrinadores e julgadores do Direito interpretam este assunto de diversas formas e, apesar de o STF já ter se posicionado mediante a fixação de temas de repercussão geral (tais como se verifica com as matérias examinadas nos Temas 666, 899, e 897), o TCU, ao que se verifica, continua aplicando a essas mesmas questões decisões que divergem da orientação indicada nesses temas pela Corte Suprema, até o momento. Entende-se que a falta de uma interpretação que contemple entendimentos que estejam em sintonia, que não sejam conflitantes, traz aos possíveis agentes envolvidos uma enorme insegurança jurídica. Conclui-se que, para buscar a estabilidade jurídica, não surpreendendo as partes com uma pretensão que se postergue indefinidamente, é necessário que seja reconhecida e aplicada a regra de prescritibilidade das ações, inclusive pelo Tribunal de Contas da União, uma vez que essa orientação está inserida na Constituição Federal e, também, albergada pelo entendimento firmado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal. A unificação da concepção sobre o prazo prescricional das ações de ressarcimento ao erário, produziria o efeito de garantir às partes implicadas o direito ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, princípios constitucionais fundamentais aos cidadãos. |
publishDate |
2022 |
dc.date.criacao.none.fl_str_mv |
2022 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-04-13T11:19:07Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-04-13T11:19:07Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/16476 |
dc.identifier.orientador.pt_BR.fl_str_mv |
Carlos Orlando Pinto |
url |
https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/16476 |
identifier_str_mv |
Carlos Orlando Pinto |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional do UniCEUB instname:Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB) instacron:UNICEUB |
instname_str |
Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB) |
instacron_str |
UNICEUB |
institution |
UNICEUB |
reponame_str |
Repositório Institucional do UniCEUB |
collection |
Repositório Institucional do UniCEUB |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/16476/1/21803256.pdf https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/16476/2/license.txt https://repositorio.uniceub.br/bitstream/prefix/16476/3/21803256.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
091c0d936a8e9f86dd986060f726b298 43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b 878c4e5bba855cbb2cdcd0e75db03189 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional do UniCEUB - Centro de Ensino de Brasília (UNICEUB) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1809903941272469504 |