Estudo da interação in vitro do Mycobacterium leprae com a célula de Schwann: análise morfológica e avaliação da expressão de moléculas funcionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kontos, Lucineia Alves
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9111
Resumo: A hanseníase é uma doença sistêmica infecto-contagiosa crônica causada pelo patógeno intracelular obrigatório Mycobacterium leprae, que afeta principalmente a pele e nervos periféricos dos seres humanos. Apesar dos intensos e bem controlados programas de terapia multidroga, a transmissão desta doença continua ocorrendo e um grande número de indivíduos acometidos permanece em risco de desenvolver dano ao nervo. A lesão neural na hanseníase é decorrente da capacidade do M. leprae infectar os nervos periféricos, alojando-se preferencialmente no interior de células de Schwann (CS). O presente trabalho teve como objetivo geral contribuir para o entendimento da interação M. leprae - CS, e como objetivos específicos: 1) estabelecer e caracterizar fenotipicamente culturas de CS de rato (CSPR) e humanas primárias (CSHP), comparando com a linhagem de CS humana ST88-14; 2) determinar a cinética de associação do M. leprae a estas células; 3) analisar aspectos morfológicos da interação do M. leprae com a CS; e 4) estudar o efeito do M. leprae sobre a expressão da cadeia a-2 da laminina-2, Beta-distroglicana, Desert Hedgehog (Dhh) e gangliosídeo 9-O-acetil GD3 pela CS. Os resultados deste trabalho mostraram que as CS ST88-14, as CSPR e as CSHP apresentam características de CS com fenótipo amielínico. Através de microscopia eletrônica de varredura foi observado que as CS ST88-14 tratadas ou não com o M. leprae formaram monocamada e que 50 por cento destas células apresentaram M. leprae aderidos com 2 horas de tratamento. As bactérias apresentavam-se aderidas, envolvidas ou não por filopódios, e em processo de internalização. O grau de associação do M. leprae às CSPR e CSHP foi semelhante ao observado nas CS ST88-14. Uma baixa porcentagem de CS ST88-14 mostraram expressão constitutiva do gangliosídeo 9-O-Acetil GD3 Quando tratadas com o M. leprae letalmente irradiado estas células apresentaram uma modulação positiva para esta molécula e seu padrão de expressão, inicialmente difuso tornou-se pontual com o curso temporal do tratamento com as bactérias. A análise do efeito do M. leprae sobre a expressão da cadeia a-2 da laminina-2 em CSHP mostra que o bacilo não modula a expressão desta molécula tanto ao nível traducional como transcricional. Já o M. leprae modulou negativamente a expressão de RNAm de ß-distroglicana em CSHP. Entretanto não afetou o nível da protéina nas condições experimentais utilizadas. O M.leprae também modulou negativamente a expressão de RNAm de Dhh nestas células. Como camundongos ôknockoutõ para o gene dhh apresentam microfasciculação no nervo e 20 por cento das biopsias de nervo de pacientes com hanseníase apresentam microfasciculação, investigamos a expressão de Dhh em nervos de hanseníase com e sem microfasciculação. Biopsias com microfasciculação apresentaram uma considerável diminuição na expressão de RNAm de Dhh quando comparados com pacientes que apresentaram nervo sem microfasciculação. Com os resultados obtidos nesse trabalho mostramos que o M. leprae é capaz interagir com a CS in vitro e que moléculas potencialmente relevantes nesta interação são afetadas por esta bactéria, podendo isso desencadear e/ou promover a patogenia observada na hanseníase
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O presente trabalho teve como objetivo geral contribuir para o entendimento da interação M. leprae - CS, e como objetivos específicos: 1) estabelecer e caracterizar fenotipicamente culturas de CS de rato (CSPR) e humanas primárias (CSHP), comparando com a linhagem de CS humana ST88-14; 2) determinar a cinética de associação do M. leprae a estas células; 3) analisar aspectos morfológicos da interação do M. leprae com a CS; e 4) estudar o efeito do M. leprae sobre a expressão da cadeia a-2 da laminina-2, Beta-distroglicana, Desert Hedgehog (Dhh) e gangliosídeo 9-O-acetil GD3 pela CS. Os resultados deste trabalho mostraram que as CS ST88-14, as CSPR e as CSHP apresentam características de CS com fenótipo amielínico. Através de microscopia eletrônica de varredura foi observado que as CS ST88-14 tratadas ou não com o M. leprae formaram monocamada e que 50 por cento destas células apresentaram M. leprae aderidos com 2 horas de tratamento. As bactérias apresentavam-se aderidas, envolvidas ou não por filopódios, e em processo de internalização. O grau de associação do M. leprae às CSPR e CSHP foi semelhante ao observado nas CS ST88-14. Uma baixa porcentagem de CS ST88-14 mostraram expressão constitutiva do gangliosídeo 9-O-Acetil GD3 Quando tratadas com o M. leprae letalmente irradiado estas células apresentaram uma modulação positiva para esta molécula e seu padrão de expressão, inicialmente difuso tornou-se pontual com o curso temporal do tratamento com as bactérias. A análise do efeito do M. leprae sobre a expressão da cadeia a-2 da laminina-2 em CSHP mostra que o bacilo não modula a expressão desta molécula tanto ao nível traducional como transcricional. Já o M. leprae modulou negativamente a expressão de RNAm de ß-distroglicana em CSHP. Entretanto não afetou o nível da protéina nas condições experimentais utilizadas. O M.leprae também modulou negativamente a expressão de RNAm de Dhh nestas células. Como camundongos ôknockoutõ para o gene dhh apresentam microfasciculação no nervo e 20 por cento das biopsias de nervo de pacientes com hanseníase apresentam microfasciculação, investigamos a expressão de Dhh em nervos de hanseníase com e sem microfasciculação. Biopsias com microfasciculação apresentaram uma considerável diminuição na expressão de RNAm de Dhh quando comparados com pacientes que apresentaram nervo sem microfasciculação. Com os resultados obtidos nesse trabalho mostramos que o M. leprae é capaz interagir com a CS in vitro e que moléculas potencialmente relevantes nesta interação são afetadas por esta bactéria, podendo isso desencadear e/ou promover a patogenia observada na hanseníaseLeprosy is an infectious and contagious disease caused by Mycobacterium leprae, an obligate intracellular parasite. The disease affects predominantly the skin and the peripheral nerves in humans. Despite the control programs implemented and the establishment of multidrug treatment (MDT), the transmission of the disease still occurs in high levels. Individuals affected by the disease are at risk of developing severe disabilities and deformities. The nerve damage observed in leprosy is caused by the presence of M. leprae in the nerves, mainly inside Schwann cells (SCs). The present study aimed to investigate the M. leprae-Schwann cell interaction, consisting of the following objectives: i) establishment and phenotypic characterization of cultures from primary rat Schwann cells (PRSC) and primary human Schwann cells (PHSC); ii) analysis of the capacity of M. leprae to associate these cells; iii) morphological analysis of M. leprae interaction with the ST88-14 human SC cell line by electron microscopy; and iv) investigation of the effect of M. leprae on the Schwann cell expression of α2- laminin, -dystroglycan, desert hedgehog (Dhh) and 9-O-acethyl-GD3. The results showed that ST88-14 SC, PRSC, and PHSC display a non-myelinating phenotype. Scanning electron microscopy showed that ST88-14 SC cultures treated or not with M. leprae formed a monolayer and that 50% of these cells displayed M. leprae on their surface after a two-hour treatment with the bacteria. The bacteria were in contact with the cell surface, amid fillipodia or lying on smooth membrane regions; some of them were in the course of being internalized. A similar degree of association of M. leprae to PRSC and to PHSC was observed. A low percentage of the ST8814 SC constitutively expressed the 9-O-acetyl GD3. After treatment with lethally irradiated M. leprae these cells exhibited an upregulation of this ganglioside, with an additional change in the expression pattern, which was initially difuse and became spotty. The results obtained also suggest that M. leprae is unable to modulate the expression of laminin-α2 in PHSC, both at the transcriptional and at the translational level. In contrast, live M. leprae was able to downregulate the levels of -dystroglican mRNA to in PHSC cultures, although protein levels were unaffected. Moreover, M. leprae stimulus induced downregulation of Dhh mRNA in PHSC. As dhh knockout mice present minifascicles in the nerves, and about 20% of leprosy biopsies display microfasciculation, we ascertained the Dhh expression in leprosy nerve biopsies with microfasciculation, comparing it with the ones without this morphological pattern. Nerve biopsies with microfasciculation exhibited significantly lower levels of this factor, speculatively related to the structural disarrangement usually found in the leprosy nerves. The results of this study showed the possible utilization of Schwann cells in vitro models to study M. leprae-Schwann cell interaction. M. leprae was able to affect the expression of relevant SC molecules involved in the interaction with the bacillus, with a potential link of this modulation with the pathogenesis of the leprosy nerve damage.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporEstudo da interação in vitro do Mycobacterium leprae com a célula de Schwann: análise morfológica e avaliação da expressão de moléculas funcionaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2009Pós-Graduação em Biologia Celular e MolecularFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/ RJPrograma de Pós-Graduação em Biologia Celular e MolecularLamininaCélulas de SchwannMycobacterium lepraeNervos PeriféricosHanseníaseinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9111/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALlucineia_kontos_ioc_dout_2009.pdfapplication/pdf75178965https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9111/2/lucineia_kontos_ioc_dout_2009.pdf32149962187e4997d9d42f8788cd70c8MD52TEXTlucineia_kontos_ioc_dout_2009.pdf.txtlucineia_kontos_ioc_dout_2009.pdf.txtExtracted texttext/plain491141https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9111/3/lucineia_kontos_ioc_dout_2009.pdf.txtf1c70a309332832ecda9ab47cd3bd65aMD53icict/91112022-06-24 12:19:33.693oai:www.arca.fiocruz.br:icict/9111Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-24T15:19:33Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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