Como fazer coisas com as laranjas e com as palavras: atos de fala, hiper-realidades e liquefações identitárias em Bromatologia e Saúde Pública
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) |
Texto Completo: | https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24824 |
Resumo: | Políticas públicas e medidas governamentais, nos campos da Alimentação e Nutrição,da Promoção da Saúde e da Vigilância Sanitária têm focado na regulamentação da propaganda e da rotulagem de alimentos. Identidades - e então rotulagem - é o tema desta pesquisa que toma, como recorte, o universo dos sucos e bebidas e, como sub-recorte, bebidas associadas com laranja. De um lado, se descreve coisas que vêm sendo feitas com essas laranjas e, de outro lado, as coisas que vêm sendo feitas com as palavras nos rótulos, na propagandas e nos atos regulatórios oficiais sobre bebidas de laranjas. Para a indagação As coisas que fazemos com as palavras têm acaso obtido algum sucesso para descrever ou regular as coisas que temos feito com as laranjas e com as palavras sobre laranjas?, assume-se como hipótese que Há um excesso, uma saturação, de palavras, números e imagens nos rótulos exacerbando o clima de hiper-realidades que ocultam a realidade, de tal forma que não apenas as bebidas são simulacros, mas também simulacros terminam sendo as narrativas e os atos regulatórios sobre elas, muito também para isso contribuindo a liquefação de identidades,obstando a formulação e o sucesso de políticas públicas de saúde, se não temos uma delimitação, uma designação e uma descrição nítida do fenômeno e do objeto. Uma profundador Estudo de Caso, sobre uma tradicional marca de suco concentrado congelado,com um segundo e alargado Estudo de Caso descrevendo como os mesmos fenômenos se apresentam em dezenas de outras marcas de bebidas, apontam, detalhadamente, documentadamente, a ocorrência da liquefação das identidades e as hiper-realidades que dificultam ou inviabilizam, na modernidade, as ações voltadas para regulamentar ou exigir rotulagens minimamente razoáveis. Expondo dezenas de exemplos de falácias e pós-verdades nos rótulos dessas bebidas, os achados desconstroem algumas explicações simplórias, da maniqueísta matriz do nós contra eles - onde bastariam pequenas ajustes na legislação, com maior intensidade e rigor na fiscalização, que então a população já passaria, automaticamente, a ter acesso a suco de laranja puro e de alta qualidade - como se o fator determinante não fosse a baixa renda dos consumidores, que bebem néctar e refrigerantes enquanto o Brasil é o maior exportador mundial de suco. Os achados da pesquisa, essas evidências empíricas, são analisados à luz das contribuições teóricas de Jean Baudrillard e Zygmunt Bauman para oferecer, como conclusão, o caminho do Agir Comunicativo de Habermas onde, com base nos saberes e na razão das ciências de alimentos e com base na ética, os rótulos poderiam ser o meio de entendimento entre quem fabrica e quem consome. |
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Carvalho, Luiz Eduardo Rodrigues deUribe Rivera , Francisco Javier2018-02-15T13:04:44Z2018-02-15T13:04:44Z2017CARVALHO, Luiz Eduardo Rodrigues de. Como fazer coisas com as laranjas e com as palavras: atos de fala, hiper-realidades e liquefações identitárias em Bromatologia e Saúde Pública. 2017. 321 f. Tese (Doutorado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2017.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24824Políticas públicas e medidas governamentais, nos campos da Alimentação e Nutrição,da Promoção da Saúde e da Vigilância Sanitária têm focado na regulamentação da propaganda e da rotulagem de alimentos. Identidades - e então rotulagem - é o tema desta pesquisa que toma, como recorte, o universo dos sucos e bebidas e, como sub-recorte, bebidas associadas com laranja. De um lado, se descreve coisas que vêm sendo feitas com essas laranjas e, de outro lado, as coisas que vêm sendo feitas com as palavras nos rótulos, na propagandas e nos atos regulatórios oficiais sobre bebidas de laranjas. Para a indagação As coisas que fazemos com as palavras têm acaso obtido algum sucesso para descrever ou regular as coisas que temos feito com as laranjas e com as palavras sobre laranjas?, assume-se como hipótese que Há um excesso, uma saturação, de palavras, números e imagens nos rótulos exacerbando o clima de hiper-realidades que ocultam a realidade, de tal forma que não apenas as bebidas são simulacros, mas também simulacros terminam sendo as narrativas e os atos regulatórios sobre elas, muito também para isso contribuindo a liquefação de identidades,obstando a formulação e o sucesso de políticas públicas de saúde, se não temos uma delimitação, uma designação e uma descrição nítida do fenômeno e do objeto. Uma profundador Estudo de Caso, sobre uma tradicional marca de suco concentrado congelado,com um segundo e alargado Estudo de Caso descrevendo como os mesmos fenômenos se apresentam em dezenas de outras marcas de bebidas, apontam, detalhadamente, documentadamente, a ocorrência da liquefação das identidades e as hiper-realidades que dificultam ou inviabilizam, na modernidade, as ações voltadas para regulamentar ou exigir rotulagens minimamente razoáveis. Expondo dezenas de exemplos de falácias e pós-verdades nos rótulos dessas bebidas, os achados desconstroem algumas explicações simplórias, da maniqueísta matriz do nós contra eles - onde bastariam pequenas ajustes na legislação, com maior intensidade e rigor na fiscalização, que então a população já passaria, automaticamente, a ter acesso a suco de laranja puro e de alta qualidade - como se o fator determinante não fosse a baixa renda dos consumidores, que bebem néctar e refrigerantes enquanto o Brasil é o maior exportador mundial de suco. Os achados da pesquisa, essas evidências empíricas, são analisados à luz das contribuições teóricas de Jean Baudrillard e Zygmunt Bauman para oferecer, como conclusão, o caminho do Agir Comunicativo de Habermas onde, com base nos saberes e na razão das ciências de alimentos e com base na ética, os rótulos poderiam ser o meio de entendimento entre quem fabrica e quem consome.Public policies and government measures in the fields of Food and Nutrition, Health Promotion and Health Surveillance have focused on the regulation of food advertising andlabeling. This research adopted, as a cut-off of this object, the universe of juices andbeverages in the Brazilian market and, as a sub-clipping, those of orange. On the one hand,one describes things that have been done with these oranges, and on the other hand the thingsthat have been done with the words on the labels, in the advertisements and in the official regulatory acts on oranges. For the question Do we do with words have some success indescribing or regulating the things we have done with oranges?", it is hypothesized thatThere is an excess, a saturation, of information, exacerbating the hyper-realities that concealor assassinate the real, in such a way that not only the drinks are simulacra, but also simulacraends up being the narratives and the regulatory acts on them, much also for this contributing to the liquefaction of identities, hindering the formulation and the success of public health policies, if we do not have a delimitation and a clear description of the phenomenon and the object. A broad and in-depth Case Study on a traditional brand of frozen concentrate orange juice - based mainly on the techniques formulated by Robert Yin - and, in addition, describe show the same phenomena appear in dozens of other brands of beverages, pointing out, indetail, such as modernity, with the occurrence of the liquefaction of identities and hyperrealities, hinder or prevent actions aimed at regulating or requiring minimally reasonable labeling. Infinite examples of fallacies and lies on the labels, of the most varied andunimaginable types. But it purposely escapes from simplistic explanations, from the usagainst them matrix, where the researcher should have a side, or that of the consumer or themanufacturers, believing that more stringent legislation would be more biased, more intenselycorrupt enforcement, That then the population would automatically have access to pure, highqualityorange juice as if the determining factor were not the low income of domesticconsumers who drink nectar while being the world's largest exporter of juice. The findingsof the research, these empirical evidences, are analyzed in the light of the theoreticalcontributions of Baudrillard, Bauman, Austin and Searle to then offer, in conclusion, the pathof Habermas' Communicative Action, where, based on the Food science and ethics, labels canbe the means of understanding between who manufactures and who consumes.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porIdentidadeHiperrealidadeSucos de Frutas e VegetaisIdentidade de AlimentosRotulagem de AlimentosPolítica NutricionalSucosLegislação sobre AlimentosComo fazer coisas com as laranjas e com as palavras: atos de fala, hiper-realidades e liquefações identitárias em Bromatologia e Saúde PúblicaHow to do things with oranges and words: speech acts, hyper-realities and identity liquefaction in Bromatology and Public Healthinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.Rio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24824/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALve_Luiz_Carvalho_ENSP_2017.pdfapplication/pdf7088009https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24824/2/ve_Luiz_Carvalho_ENSP_2017.pdf073c252577d06566378deaf65f2823e1MD52TEXTluiz_eduardo_rodrigues.pdf.txtluiz_eduardo_rodrigues.pdf.txtExtracted texttext/plain765088https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24824/3/luiz_eduardo_rodrigues.pdf.txt39961f947a3820b3ccc5a4f51f46a5eeMD53ve_Luiz_Carvalho_ENSP_2017.pdf.txtve_Luiz_Carvalho_ENSP_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain765088https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/24824/4/ve_Luiz_Carvalho_ENSP_2017.pdf.txt39961f947a3820b3ccc5a4f51f46a5eeMD54icict/248242023-01-19 15:11:13.978oai:www.arca.fiocruz.br:icict/24824Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T18:11:13Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false |
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