Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Carla de Oliveira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60685
Resumo: A leishmaniose cutânea (LC) não é uma doença letal, contudo a toxicidade do tratamento sistêmico com antimoniais pentavalentes tem merecido maior atenção nos últimos anos. No Velho Mundo, o tratamento intralesional (IL) é utilizado há décadas, com bons resultados. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde recomendou que a via IL fosse utilizada na LC do Novo Mundo, segundo avaliação de risco-benefício para cada paciente. Este estudo objetivou avaliar a via IL e regimes sistêmicos com antimoniato de meglumina (AM), no tratamento da LC, nos pacientes acompanhados no Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClin VigiLeish) do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil. Métodos: Esta tese compôs-se de 2 subprojetos: 1. Estudo clínico prospectivo, com 108 pacientes com LC, acompanhados por avaliação padronizada e seriada, tratados com AM por via intramuscular (IM) ou IL, entre 2008 e 2017. A avaliação da efetividade deu-se por epitelização e cicatrização completa das lesões cutâneas. A avaliação de segurança utilizou uma escala de graduação de gravidade de eventos adversos (EA). Três grupos foram avaliados: regime padrão (RP): 36 pacientes tratados com AM IM na dose de 20 mg de antimonial pentavalente (Sb5+) / kilograma (kg) / dia; regime alternativo (RA): 36 pacientes tratados com AM IM na dose de 5 mg Sb5+ / kg / dia; via intralesional (IL): 36 pacientes tratados com AM pela infiltração do fármaco na lesão através de injeções subcutâneas. 2. Análise retrospectiva dos pacientes com LC tratados com AM entre 2000 a 2017. Foram incluídos todos os pacientes com LC na forma localizada que fizeram terapia IL com AM, entre 2000 e 2017. Foram avaliados: as indicações desta terapia, os desfechos de efetividade do tratamento (epitelização e cicatrização definitiva das lesões cutâneas), o tempo necessário para sua ocorrência e os EA associados ao tratamento, em comparação com os pacientes tratados com AM IM. Grupos: RA – 5 mg Sb5+ / kg / dia; RP – 10 a 20 mg Sb5+ / kg / dia. Resultados: 1. Estudo clínico: não houve diferenças entre os grupos, com relação aos desfechos de epitelização e cicatrização completa (p = 0,1; p = 0,4, respectivamente). O número de EA totais foi superior no grupo RP (p < 0,001). 2. Análise Retrospectiva: Os grupos de RA e IL demonstraram efetividade de 84,3% e 75,9%, respectivamente. No grupo IL, predominaram comorbidades (58,9 %; p = 0,001), idade superior a 50 anos (55,6 %; p = 0,001) e tempo de evolução de lesão superior a 2 meses (65,6%; p = 0,02). O número de EA totais e agrupados em moderados/graves foi superior nos casos tratados com RP. A via IL foi eficaz no tratamento de lesões situadas no segmento cefálico, de lesões periarticulares, e de lesões com maior diâmetro superior a 3 centímetros.Conclusões: Os diferentes esquemas de tratamento com AM avaliados foram efetivos no tratamento da LC, contudo o RA e IL apresentaram menores taxas de EA quando comparados ao RP, na dose recomendada pelo Ministério da Saúde
id CRUZ_6cddf5d1319fca859751863c0c20e9b1
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/60685
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Ribeiro, Carla de OliveiraPimentel, Maria Inês FernandesLyra, Marcelo Rosandiski2023-10-04T14:41:13Z2023-10-04T14:41:13Z2021RIBEIRO, Carla de Oliveira. Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017. 2021. 141 f. Tese, (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2021.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60685A leishmaniose cutânea (LC) não é uma doença letal, contudo a toxicidade do tratamento sistêmico com antimoniais pentavalentes tem merecido maior atenção nos últimos anos. No Velho Mundo, o tratamento intralesional (IL) é utilizado há décadas, com bons resultados. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde recomendou que a via IL fosse utilizada na LC do Novo Mundo, segundo avaliação de risco-benefício para cada paciente. Este estudo objetivou avaliar a via IL e regimes sistêmicos com antimoniato de meglumina (AM), no tratamento da LC, nos pacientes acompanhados no Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClin VigiLeish) do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil. Métodos: Esta tese compôs-se de 2 subprojetos: 1. Estudo clínico prospectivo, com 108 pacientes com LC, acompanhados por avaliação padronizada e seriada, tratados com AM por via intramuscular (IM) ou IL, entre 2008 e 2017. A avaliação da efetividade deu-se por epitelização e cicatrização completa das lesões cutâneas. A avaliação de segurança utilizou uma escala de graduação de gravidade de eventos adversos (EA). Três grupos foram avaliados: regime padrão (RP): 36 pacientes tratados com AM IM na dose de 20 mg de antimonial pentavalente (Sb5+) / kilograma (kg) / dia; regime alternativo (RA): 36 pacientes tratados com AM IM na dose de 5 mg Sb5+ / kg / dia; via intralesional (IL): 36 pacientes tratados com AM pela infiltração do fármaco na lesão através de injeções subcutâneas. 2. Análise retrospectiva dos pacientes com LC tratados com AM entre 2000 a 2017. Foram incluídos todos os pacientes com LC na forma localizada que fizeram terapia IL com AM, entre 2000 e 2017. Foram avaliados: as indicações desta terapia, os desfechos de efetividade do tratamento (epitelização e cicatrização definitiva das lesões cutâneas), o tempo necessário para sua ocorrência e os EA associados ao tratamento, em comparação com os pacientes tratados com AM IM. Grupos: RA – 5 mg Sb5+ / kg / dia; RP – 10 a 20 mg Sb5+ / kg / dia. Resultados: 1. Estudo clínico: não houve diferenças entre os grupos, com relação aos desfechos de epitelização e cicatrização completa (p = 0,1; p = 0,4, respectivamente). O número de EA totais foi superior no grupo RP (p < 0,001). 2. Análise Retrospectiva: Os grupos de RA e IL demonstraram efetividade de 84,3% e 75,9%, respectivamente. No grupo IL, predominaram comorbidades (58,9 %; p = 0,001), idade superior a 50 anos (55,6 %; p = 0,001) e tempo de evolução de lesão superior a 2 meses (65,6%; p = 0,02). O número de EA totais e agrupados em moderados/graves foi superior nos casos tratados com RP. A via IL foi eficaz no tratamento de lesões situadas no segmento cefálico, de lesões periarticulares, e de lesões com maior diâmetro superior a 3 centímetros.Conclusões: Os diferentes esquemas de tratamento com AM avaliados foram efetivos no tratamento da LC, contudo o RA e IL apresentaram menores taxas de EA quando comparados ao RP, na dose recomendada pelo Ministério da SaúdeCutaneous leishmaniasis (CL) is not a lethal disease, however toxicity of systemic treatments with pentavalent antimonials has deserved greater attention in recent years. In the Old World, intralesional treatment (IL) has been used for decades, with good results. Recently, the World Health Organization recommended the use of the IL route in the CL of the New World, according to the risk-benefit for each patient. The objective was to evaluate the IL pathway and systemic regimens with meglumine antimoniate (MA), in the treatment of CL, in patients followed up at Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClin VigiLeish) of the Evandro Chagas National Institute of Infectious Diseases, Oswaldo Cruz Foundation, Rio de Janeiro, Brazil. Methods: This thesis is composed of 2 subprojects: 1. Prospective clinical study, with 108 patients with CL, followed through standardized and serial evaluations, treated with MA via intramuscular (IM) or IL, between 2008 and 2017. The effectiveness was assessed by epithelialization and complete healing of skin lesions. The safety assessment used an adverse event severity rating scale (AE). Three groups were evaluated: standard regimen (SR): 36 patients treated with IM MA at a dose of 20 mg pentavalent antimonial (Sb5+) / kilogram (kg) / day; alternative regimen (AR): 36 patients treated with IM MA at a dose of 5 mg Sb5+ / kg / day; intralesional route (IL): 36 patients treated with MA through the infiltration of the drug into the lesion via subcutaneous injections. 2. Retrospective analysis of patients with CL treated with MA from 2000 to 2017. We included all patients with CL in the localized form who underwent IL therapy with MA between 2000 and 2017. The indications for this therapy, the outcomes of treatment effectiveness (epithelialization and definitive healing of skin lesions), the time required for its occurrence and the AE associated with treatment were compared to patients treated with IM MA: groups AR - 5 mg Sb5+ / kg / day; and SR - 10 to 20 mg Sb5+ / kg / day. Results: 1. Clinical study: there were no differences among the groups, regarding the outcomes of epithelialization and complete healing (p = 0.1; p = 0.4, respectively). The number of total AE was higher in the SR group (p < 0.001). 2. Retrospective Analysis: The AR and IL groups demonstrated 84.3% and 75.9% of effectiveness, respectively. In the IL group, predominated comorbidities (58.9%; p = 0.001), age over 50 years (55.6%; p = 0.001) and time of lesion evolution greater than 2 months (65.6%; p = 0.02). The number of total AE and moderate / severe AE was higher in the cases treated with SR. The IL route was effective in treating lesions located in the cephalic segment, periarticular lesions, and lesions with larger diameters greater than 3 centimeters. Conclusions: The different treatment schemes with MA were effective in the treatment of CL, however the alternative and intralesional regimens showed lower rates of AE when compared to the standard regimen at the dose recommended by the Brazilian Ministry of HealthFundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porLeishmaniose Tegumentar AmericanaLeishmaniose CutâneaAntimoniato de MegluminaInfiltração IntralesionalCura ClínicaTratamentoAmerican Cutaneous LeishmaniasisCutaneous LeishmaniasisMeglumine AntimoniateIntralesional InfiltrationClinical CureTreatmentAntimoniato de MegluminaLeishmaniose CutâneaInjeções IntralesionaisEfeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a MedicamentosAntimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2021Instituto Nacional de Infectologia Evandro ChagasFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/60685/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALcarla_ribeiro_ini_dout_2021.pdfapplication/pdf16817140https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/60685/2/carla_ribeiro_ini_dout_2021.pdf8d5ebcc824cdcaab5b67f891fa601c6cMD52icict/606852023-10-04 11:41:15.993oai:www.arca.fiocruz.br:icict/60685Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-10-04T14:41:15Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.en_US.fl_str_mv Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017
title Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017
spellingShingle Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017
Ribeiro, Carla de Oliveira
Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmaniose Cutânea
Antimoniato de Meglumina
Infiltração Intralesional
Cura Clínica
Tratamento
American Cutaneous Leishmaniasis
Cutaneous Leishmaniasis
Meglumine Antimoniate
Intralesional Infiltration
Clinical Cure
Treatment
Antimoniato de Meglumina
Leishmaniose Cutânea
Injeções Intralesionais
Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos
title_short Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017
title_full Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017
title_fullStr Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017
title_full_unstemmed Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017
title_sort Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017
author Ribeiro, Carla de Oliveira
author_facet Ribeiro, Carla de Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisorco.none.fl_str_mv Pimentel, Maria Inês Fernandes
dc.contributor.author.fl_str_mv Ribeiro, Carla de Oliveira
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Lyra, Marcelo Rosandiski
contributor_str_mv Lyra, Marcelo Rosandiski
dc.subject.other.en_US.fl_str_mv Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmaniose Cutânea
Antimoniato de Meglumina
Infiltração Intralesional
Cura Clínica
Tratamento
topic Leishmaniose Tegumentar Americana
Leishmaniose Cutânea
Antimoniato de Meglumina
Infiltração Intralesional
Cura Clínica
Tratamento
American Cutaneous Leishmaniasis
Cutaneous Leishmaniasis
Meglumine Antimoniate
Intralesional Infiltration
Clinical Cure
Treatment
Antimoniato de Meglumina
Leishmaniose Cutânea
Injeções Intralesionais
Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos
dc.subject.en.en_US.fl_str_mv American Cutaneous Leishmaniasis
Cutaneous Leishmaniasis
Meglumine Antimoniate
Intralesional Infiltration
Clinical Cure
Treatment
dc.subject.decs.en_US.fl_str_mv Antimoniato de Meglumina
Leishmaniose Cutânea
Injeções Intralesionais
Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos
description A leishmaniose cutânea (LC) não é uma doença letal, contudo a toxicidade do tratamento sistêmico com antimoniais pentavalentes tem merecido maior atenção nos últimos anos. No Velho Mundo, o tratamento intralesional (IL) é utilizado há décadas, com bons resultados. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde recomendou que a via IL fosse utilizada na LC do Novo Mundo, segundo avaliação de risco-benefício para cada paciente. Este estudo objetivou avaliar a via IL e regimes sistêmicos com antimoniato de meglumina (AM), no tratamento da LC, nos pacientes acompanhados no Laboratório de Pesquisa Clínica e Vigilância em Leishmanioses (LaPClin VigiLeish) do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Brasil. Métodos: Esta tese compôs-se de 2 subprojetos: 1. Estudo clínico prospectivo, com 108 pacientes com LC, acompanhados por avaliação padronizada e seriada, tratados com AM por via intramuscular (IM) ou IL, entre 2008 e 2017. A avaliação da efetividade deu-se por epitelização e cicatrização completa das lesões cutâneas. A avaliação de segurança utilizou uma escala de graduação de gravidade de eventos adversos (EA). Três grupos foram avaliados: regime padrão (RP): 36 pacientes tratados com AM IM na dose de 20 mg de antimonial pentavalente (Sb5+) / kilograma (kg) / dia; regime alternativo (RA): 36 pacientes tratados com AM IM na dose de 5 mg Sb5+ / kg / dia; via intralesional (IL): 36 pacientes tratados com AM pela infiltração do fármaco na lesão através de injeções subcutâneas. 2. Análise retrospectiva dos pacientes com LC tratados com AM entre 2000 a 2017. Foram incluídos todos os pacientes com LC na forma localizada que fizeram terapia IL com AM, entre 2000 e 2017. Foram avaliados: as indicações desta terapia, os desfechos de efetividade do tratamento (epitelização e cicatrização definitiva das lesões cutâneas), o tempo necessário para sua ocorrência e os EA associados ao tratamento, em comparação com os pacientes tratados com AM IM. Grupos: RA – 5 mg Sb5+ / kg / dia; RP – 10 a 20 mg Sb5+ / kg / dia. Resultados: 1. Estudo clínico: não houve diferenças entre os grupos, com relação aos desfechos de epitelização e cicatrização completa (p = 0,1; p = 0,4, respectivamente). O número de EA totais foi superior no grupo RP (p < 0,001). 2. Análise Retrospectiva: Os grupos de RA e IL demonstraram efetividade de 84,3% e 75,9%, respectivamente. No grupo IL, predominaram comorbidades (58,9 %; p = 0,001), idade superior a 50 anos (55,6 %; p = 0,001) e tempo de evolução de lesão superior a 2 meses (65,6%; p = 0,02). O número de EA totais e agrupados em moderados/graves foi superior nos casos tratados com RP. A via IL foi eficaz no tratamento de lesões situadas no segmento cefálico, de lesões periarticulares, e de lesões com maior diâmetro superior a 3 centímetros.Conclusões: Os diferentes esquemas de tratamento com AM avaliados foram efetivos no tratamento da LC, contudo o RA e IL apresentaram menores taxas de EA quando comparados ao RP, na dose recomendada pelo Ministério da Saúde
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-10-04T14:41:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-10-04T14:41:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv RIBEIRO, Carla de Oliveira. Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017. 2021. 141 f. Tese, (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2021.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60685
identifier_str_mv RIBEIRO, Carla de Oliveira. Antimoniato de meglumina no tratamento de pacientes com leishmaniose cutânea no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas entre 2000 e 2017. 2021. 141 f. Tese, (Doutorado em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas) - Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2021.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60685
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/60685/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/60685/2/carla_ribeiro_ini_dout_2021.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
8d5ebcc824cdcaab5b67f891fa601c6c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798324621205831680