O papel de Ros (espécies reativas de oxigênio) na exacerbação da resposta inflamatória na sepse

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Yanaihara Pinchemel Amorim de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4325
Resumo: Sepse é uma das doenças com a maior causa de morbidade para as quais não existe tratamento efetivo capaz de mudar o desfecho. O tratamento da sepse grave tem um custo alto devido ao fato de, geralmente, ser tratada em Unidades de Terapia Intensiva com fluídos intravenosos e antibióticos caros. Neste trabalho nós estudamos as primeiras etapas desta patologia com o foco na produção de espécies reativas de oxigênio deletérias pelas células inflamatórias circulantes. Nós encontramos usando microscopia eletrônica de varredura e análise de esfregaço de sangue a presença de eritrócitos morfologicamente alterados com a predominância de equinócitos. O mesmo efeito pode ser observado quando o sangue de voluntários sadios foram submetidos ao estresse oxidativo por adição direta de radicais livres oxidantes, principalmente peróxido de nitrito ou através da redução dos antioxidantes intracelulares, neste caso, o mais importante, os sistemas dependentes de glutationa. Como macrófagos removem eritrócitos modificados, foi utilizada a linhagem celular de macrófagos J774 e observamos a adesão imediata e iniciação do processo de fagocitose por essas células. Essas células iniciam a produção de superóxido quando em contato com eritrócitos modificados in vitro ou eritrócitos de pacientes sépticos. Nós também medimos a produção de ROS em sangue total pelo contador de fótons, usando como inibidores a superóxido dismutase para superóxido, azida para mieloperoxidase, desferroxamina e hidralazina para peróxido de nitrito, todas essas espécies estiveram presentes. O valor medido no sangue dos pacientes sépticos foi aumentado de 20 a 1000 vezes em relação aos voluntários. Quando usamos eritrócitos de pacientes sépticos com neutrófilos isolados observamos a produção de ROS durante a adesão dessas células com os neutrófilos. Esses dados nos permite sugerir que durante a sepse o primeiro contado com patógenos inicia uma produção de ROS que modifica oxidativamente os eritrócitos por um mecanismo de feedback positivo o qual amplifica a produção de espécies oxidativas para além da presença desses patógenos causando danos nos vasos e órgãos.
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Nós encontramos usando microscopia eletrônica de varredura e análise de esfregaço de sangue a presença de eritrócitos morfologicamente alterados com a predominância de equinócitos. O mesmo efeito pode ser observado quando o sangue de voluntários sadios foram submetidos ao estresse oxidativo por adição direta de radicais livres oxidantes, principalmente peróxido de nitrito ou através da redução dos antioxidantes intracelulares, neste caso, o mais importante, os sistemas dependentes de glutationa. Como macrófagos removem eritrócitos modificados, foi utilizada a linhagem celular de macrófagos J774 e observamos a adesão imediata e iniciação do processo de fagocitose por essas células. Essas células iniciam a produção de superóxido quando em contato com eritrócitos modificados in vitro ou eritrócitos de pacientes sépticos. Nós também medimos a produção de ROS em sangue total pelo contador de fótons, usando como inibidores a superóxido dismutase para superóxido, azida para mieloperoxidase, desferroxamina e hidralazina para peróxido de nitrito, todas essas espécies estiveram presentes. O valor medido no sangue dos pacientes sépticos foi aumentado de 20 a 1000 vezes em relação aos voluntários. Quando usamos eritrócitos de pacientes sépticos com neutrófilos isolados observamos a produção de ROS durante a adesão dessas células com os neutrófilos. Esses dados nos permite sugerir que durante a sepse o primeiro contado com patógenos inicia uma produção de ROS que modifica oxidativamente os eritrócitos por um mecanismo de feedback positivo o qual amplifica a produção de espécies oxidativas para além da presença desses patógenos causando danos nos vasos e órgãos.Sepsis is one of is a illness with the highest cause of morbidity for which no effective treatment exist capable of change the outcome. Severe sepsis treatment has a high care cost due to the fact that is usually treated in the intensive care unit with intravenous fluids and expensive antibiotics. In this submission we study the earliest stages of this pathology with the focus in the deleterious production of Reactive Oxygen Species by the inflammatory circulating cells. We found using both scanning electron microscopy and analysis of blood smear the ubiquitous presence of red blood cells (RBC) morphologically modified, with the predominance of equinocytes. The same effects could be observed when the blood of healthy volunteers were subject to oxidative stress, either by direct addition of free radicals oxidants, mainly peroxynitrite, or by lowering the intracellular antioxidants, in this case arguably the more important, the GSH dependent systems. As macrophage removes modified RBC we used the macrophage cell line j774 and could see the immediate attachment and initiation of phagocytosis by these cells. These cells initiate a production of superoxide when in contact with in vitro modified or sepsis pacients RBCs. We also measure total blood ROS production by photon counting, using as inhibitors SOD for superoxide, azide for myeloperoxidase and desferrioxamine and hydralazine for peroxinitrite; all these species were present. The amount measured in the blood of patients was increased from 20 to 1000 times in relation to controls. When we used sepsis patients RBC with isolated neutrophils again we saw attachment of these cells to the PMN a production of ROS. These data allow us to suggest that during sepsis the initial contact with pathogens initiate a production of ROS that modifies oxidativaly RBC that than by a mechanism of positive feedback amplifies the production beyond the presence of the pathogens and causes vessels and organs damage that this species are known to induce.Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, BrasilporSepseInflamaçãoMicrocirculaçãoPeróxido de nitritoEritrócitos modificados oxidativamenteSepsisInflammationMicrocirculationPeroxinitriteErythrocytes modified oxidativeO papel de Ros (espécies reativas de oxigênio) na exacerbação da resposta inflamatória na sepseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2011Centro de Pesquisas Gonçalo MonizFundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo MonizSalvadorPós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALYanaihara Pinchemel O papel de ROS (especies reativas de oxigenio)....pdfYanaihara Pinchemel O papel de ROS (especies reativas de oxigenio)....pdfapplication/pdf2179005https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4325/1/Yanaihara%20Pinchemel%20O%20papel%20de%20ROS%20%28especies%20reativas%20de%20oxigenio%29....pdfaa4588aae63e38910925daad6e5a1a78MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82008https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4325/2/license.txt06db3f0df647fd9ddff657403bbe0ee2MD52TEXTYanaihara Pinchemel O papel de ROS (especies reativas de oxigenio)....pdf.txtYanaihara Pinchemel O papel de ROS (especies reativas de oxigenio)....pdf.txtExtracted texttext/plain143545https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4325/5/Yanaihara%20Pinchemel%20O%20papel%20de%20ROS%20%28especies%20reativas%20de%20oxigenio%29....pdf.txt87038c538ee09eb203cdc3550432b7cbMD55THUMBNAILYanaihara Pinchemel O papel de ROS (especies reativas de oxigenio)....pdf.jpgYanaihara Pinchemel O papel de ROS (especies reativas de oxigenio)....pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1575https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4325/4/Yanaihara%20Pinchemel%20O%20papel%20de%20ROS%20%28especies%20reativas%20de%20oxigenio%29....pdf.jpgdf39e42bb1d89799025e96f5acbe0c01MD54icict/43252018-05-22 15:54:55.242oai:www.arca.fiocruz.br:icict/4325TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvL2EgU3IuL1NyYS4gKGF1dG9yIG91IGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBhdXRvcik6CgpBbyBjb25jb3JkYXIgZSBhY2VpdGFyIGVzdGEgbGljZW7Dp2Egdm9jw6ogKGF1dG9yIG91IGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyk6CgphKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8uCgpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIEZ1bmRhw6fDo28gT3N3YWxkbyBDcnV6IChGSU9DUlVaKS4KCmMpIENvbmNlZGUgw6AgRklPQ1JVWiBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhcgogCmUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gZGEgRklPQ1JVWiwgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IAoKcG9yIHF1YWxxdWVyIG91dHJvIG1laW8uCgpkKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBhdXRvcml6YSBhIEZJT0NSVVogYSBhcnF1aXZhciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvIGUgY29udmVydMOqLWxvLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIHNldSBjb250ZcO6ZG8sIAoKcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGFycXVpdm8sIG1laW8gb3Ugc3Vwb3J0ZSwgcGFyYSBlZmVpdG9zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIHByZXNlcnZhw6fDo28gKGJhY2t1cCkgZSBhY2Vzc28uCgplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwsIGUgcXVlIGRldMOpbSBvIGRpcmVpdG8gZGUgY29uY2VkZXIgYSB0ZXJjZWlyb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgCgpjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlLgoKZikgRGVjbGFyYSBxdWUsIG5vIGNhc28gZG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyBjb250ZXIgbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCBuw6NvIGRldMOpbSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgb2J0ZXZlIGEgYXV0b3JpemHDp8OjbyAKCmlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MsIHBhcmEgY2VkZXIgYSBGSU9DUlVaIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSAKCnV0aWxpesOhLWxvcyBsZWdhbG1lbnRlLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyAKCm5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUuCgpnKSBTRSBPIERPQ1VNRU5UTyBFTlRSRUdVRSDDiSBCQVNFQURPIEVNIFRSQUJBTEhPIEZJTkFOQ0lBRE8gT1UgQVBPSUFETyBQT1IgT1VUUkEgSU5TVElUVUnDh8ODTyBRVUUgTsODTyBBIEZJT0NSVVosIERFQ0xBUkEgUVVFIENVTVBSSVUgCgpRVUFJU1FVRVIgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBFTE8gUkVTUEVDVElWTyBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uIEEgRklPQ1JVWiBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBkb3MgCgpkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-05-22T18:54:55Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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