The viral nature of Toddia França, 1912

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Maria Auxiliadora de
Data de Publicação: 1976
Outros Autores: Wiegl, Dalton Ramalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36935
Resumo: Toddia França, 1912 pela microscopia ótica apresenta-se como corpúsculos de inclusão no citoplasma de hemácias de animais pecilotérmicos, ás vezes acompanhados de corpos cristalóides. Sua relação com os protozoários ou os vírus tem sido discutida por alguns autores, mas não estava ainda esclarecida. Visando a elucidar este problema, fizemos a microscopia eletrônica de cortes ultrafinos do sangue de uma rã (Leptodactylus ocellatus) altamente infectada com Toddia. No citoplasma das células parasitadas não encontramos qualquer protozoário, mas partículas semelhantes a vírus, as quais eram geralmente hexagonais, mediam em média 195 nm de diâmetro não considerando suas duas membranas envolventes, e possuíam uma área central de densidade eletrônica variável. Partículas em diferentes estádios de desenvolvimento foram geralmente encontradas em volta ou sobre uma área menos densa que o citoplasma, a qual parecia um local para formação de vírus. Os cristais nucleares ou citoplasmáticos que acompanhavam os corpúsculos de Toddia pela microscopia eletrônica revelaram estrutura semelhante àquela observada nos corpos de inclusão associados com os vírus da poliedrose e poxvírus de insetos, nas cápsulas dos vírus da granulose e em outros cristais protéicos em cortes ultrafinos. Testes citoquímicos dos corpúsculos de Toddia demonstraram exclusivamente a presença de ácido desoxirribonucléico. Estas observações indicam que Toddia não é um protozoário e demonstram, com toda probabilidade, que ela é um corpúsculo de inclusão virótico. Levando em consideração o tipo de ácido nicléico encontrado em sua estrutura (ADN) e a forma hexagonal geralmente apresentada em cortes ultrafinos pelas suas partículas componentes, as quais, além disto, são formadas e reunidas no citoplasma, relacionadas Toddia com os chamados "Desoxirribovírus Icosaédricos Citoplasmáticas". Acreditamos que o presente trabalho dá a primeira referência a partículas semelhantes a vírus em L. ocellatus.
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No citoplasma das células parasitadas não encontramos qualquer protozoário, mas partículas semelhantes a vírus, as quais eram geralmente hexagonais, mediam em média 195 nm de diâmetro não considerando suas duas membranas envolventes, e possuíam uma área central de densidade eletrônica variável. Partículas em diferentes estádios de desenvolvimento foram geralmente encontradas em volta ou sobre uma área menos densa que o citoplasma, a qual parecia um local para formação de vírus. Os cristais nucleares ou citoplasmáticos que acompanhavam os corpúsculos de Toddia pela microscopia eletrônica revelaram estrutura semelhante àquela observada nos corpos de inclusão associados com os vírus da poliedrose e poxvírus de insetos, nas cápsulas dos vírus da granulose e em outros cristais protéicos em cortes ultrafinos. Testes citoquímicos dos corpúsculos de Toddia demonstraram exclusivamente a presença de ácido desoxirribonucléico. Estas observações indicam que Toddia não é um protozoário e demonstram, com toda probabilidade, que ela é um corpúsculo de inclusão virótico. Levando em consideração o tipo de ácido nicléico encontrado em sua estrutura (ADN) e a forma hexagonal geralmente apresentada em cortes ultrafinos pelas suas partículas componentes, as quais, além disto, são formadas e reunidas no citoplasma, relacionadas Toddia com os chamados "Desoxirribovírus Icosaédricos Citoplasmáticas". Acreditamos que o presente trabalho dá a primeira referência a partículas semelhantes a vírus em L. ocellatus.Toddia França, 1912 under the light microscope occurs as inclusion corpuscles in the cytoplasm of erythrocytes of cold-blooded vertebrates sometimes accompanied by crystalloid bodies. Its position among the protozoans or the viruses has been discussed by some authors, but remained unclear. To elucidate this problem we studied Toddia from a Brazilian frog (Leptodactylus ocellatus) by electron microscopy. In the cytoplasm of the infected cells we found no protozoan, but rather virus-like particles often hexagonal in outline, averaging 195 nm excluding their two involving membranes, and presenting a central area of variable electron density. Particles at different stages of development were generally found around or on area lighter density than the cytoplasm. which resembled a virus synthesis site. At high magnification, the nuclear or cytoplasmic crystals allied to Toddia resembled the crystalline lattice of the inclusion bodies associated with the polyhedrosis viruses and poxviruses from insects, of the capsules of granulosis viruses and of other protein crystals in ultrathin sections. Cytochemical tests in Toddia corpuscles displayed exclusively the presence of deoxyribonucleic acid. These findings indicate that Toddia is not a protozoan and demonstrate that it is in all probability a viral inclusion corpuscle. Taking into account the nucleic acid type found in its structure (DNA) and the hexagonal shape usually shown in ultrathin sections by its component particles, which have a cytoplasmic site of synthesis and assembly, we tentatively relate Toddia with the so-called "Icosahedral Cytoplasmic Deoxyriboviruses". We believe that the present paper gives the first report of virus-like particles in L. ocellatus.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Universidade Federal do Paraná. Curitiba, PR, Brasil.porFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzToddia França, 1912Natureza viralToddia França, 1912Viral natureThe viral nature of Toddia França, 1912info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36935/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALMariaASouza_DaltonWeeigl_IOC_1976.pdfMariaASouza_DaltonWeeigl_IOC_1976.pdfapplication/pdf1052323https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36935/2/MariaASouza_DaltonWeeigl_IOC_1976.pdff7879fa4042102417af63f44987de966MD52TEXTMariaASouza_DaltonWeeigl_IOC_1976.pdf.txtMariaASouza_DaltonWeeigl_IOC_1976.pdf.txtExtracted texttext/plain18https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36935/3/MariaASouza_DaltonWeeigl_IOC_1976.pdf.txt1bb607118047afc5c385b82385dd931fMD53icict/369352019-12-17 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