De uma experiência (auto) biográfica à reflexão acerca dos processos de investigação das questões étnico-raciais e politicas públicas em educação
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Identidade! |
Texto Completo: | http://periodicos.est.edu.br/index.php/identidade/article/view/1814 |
Resumo: | Este trabalho, resulta da inserção no grupo que pesquisa a Educação Escolar Quilombola na Universidade Federal de Pelotas/ Faculdade de educação, "Formação Docente e Políticas Educacionais para Quilombos: Continuidades e Perspectivas". Ao estudar as diferentes metodologias de pesquisa, deparei-me com referenciais acerca de estudos (auto) biográficos (ABRAHÃO,2004) que fizeram com que eu me entrelaçasse de forma mais intensa à temática que eu iria investigar e que, a princípio, parecia ser tão distante de uma acadêmica do primeiro semestre do Curso de Pedagogia. Ao escrever uma narrativa de mim, obriguei-me a revisitar uma trajetória familiar e observar as histórias escolares de cada um/a _ pais, tios, primos, avós_ , as dificuldades encontradas, as escolhas possíveis e os caminhos traçados por aqueles/as poucos/as que chegaram à universidade. A política de cotas, mecanismo pelo qual ingressei na universidade, resulta de processos de luta da população negra para ter acesso à educação formal; os dados preliminares da investigação acerca dos níveis de escolaridade das comunidades quilombolas da Região Sul do Rio Grande do Sul, lócus onde se desenvolve a pesquisa, também apontam as dificuldades encontradas por diversas gerações de quilombolas para estar em uma escola em que, muitos deles, sequer conseguiram concluir os anos iniciais do ensino fundamental, requerendo, portanto, políticas educacionais específicas para este grupamento étnico. Neste sentido, os dados de pesquisa vão se entrecruzando com um exercício (auto) biográfico que termina por atrelar a experiência científica a reflexões que produzem, além de conhecimento acadêmico socialmente válido, em autoconhecimento e fortalecimento identitário porque estar dentro da Universidade é como entrar em um novo mundo; é lidar diariamente com temas polêmicos e que causam confronto e, muitas vezes, desconforto, porque a sociedade criou uma grande necessidade em dividir os ricos dos pobres e brancos dos negros, amarelos e indígenas, ou seja, uma série de divisões que se repetem em múltiplos espaços. |
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