Moradia, localização e o programa habitacional "Minha Casa Minha Vida" no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pacheco, Tainá Souza
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10438/27253
Resumo: O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) é o maior programa habitacional brasileiro e um dos maiores do mundo. Desde 2009, quando foi criado, construiu mais de 5 milhões de unidades habitacionais (UH), mais do que o Banco Nacional de Habitação (BNH) em 20 anos de história. A literatura internacional aponta que programas habitacionais tem pouco ou nenhum impacto sobre o mercado de trabalho para os indivíduos adultos beneficiados. Os impactos de programas nessa área se dariam sobre resultados subjetivos, como percepção sobre a qualidade de vida, ou em resultados para crianças que mudaram quando jovens para as novas moradias. Estudos sobre o PMCMV em todo Brasil apontam que a inserção urbana do programa foi ruim, repetindo o padrão de construir grandes conjuntos habitacionais na periferia das cidades, como políticas anteriores ao PMCMV, notadamente o BNH. Na área econômica, há evidências de que o PMCMV reduz a probabilidade de estar empregado no mercado de trabalho formal para os adultos. Aproveitando a seleção aleatória dos indivíduos para a participação no PMCMV no município do Rio de Janeiro, esse trabalho explora a variação temporal do efeito sobre o mercado de trabalho formal, para entender se há diferenças entre resultados de curto, médio e longo prazo. Para isso, são utilizados dados do mercado de trabalho formal entre 2007 e 2017. Um segundo ponto é entender se o programa de fato impacta a localização daqueles que são selecionados para participar. Para isso, o sistema de transporte público coletivo da capital fluminense é recriado para todos os anos entre 2014 e 2017, analisando como a acessibilidade do local de moradia dos indivíduos que receberam uma oferta para o programa e dos indivíduos que não receberam variou no período. Os resultados indicam que a localização dos empreendimentos é pior do que o local de moradia anterior daqueles que foram sorteados e também do grupo de controle. Além disso, por conta da reestruturação no sistema de transporte público na capital fluminense, os locais onde foram construídos os empreendimentos perderam acessibilidade ao mercado de trabalho formal entre os anos de 2014 e 2017. Os dados mais recentes do mercado de trabalho formal mostram que o efeito negativo sobre a probabilidade de emprego parece estar se dissipando com o tempo (a maior diferença entre o grupo que recebe uma oferta para participar do programa e o grupo que não recebe se dá cerca de 3 anos e meio depois), a despeito da piora na acessibilidade dos empreendimentos durante todo o período. Essa recuperação na empregabilidade não é condizente com a explicação de que a má localização é o mecanismo que gera degradação no mercado de trabalho formal, conforme apontado pelos estudo anteriores. Futuros estudos podem explorar o fato levantado por Da Mata e Mation (2018) de que houve aumento na probabilidade de compra de motocicleta para a população que recebeu uma oferta para participar do PMCMV. Isso pode indicar uma adaptação dos indivíduos a uma situação adversa, que podem ter trocado de modo de transporte para ter maior acessibilidade ao mercado de trabalho formal.
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Estudos sobre o PMCMV em todo Brasil apontam que a inserção urbana do programa foi ruim, repetindo o padrão de construir grandes conjuntos habitacionais na periferia das cidades, como políticas anteriores ao PMCMV, notadamente o BNH. Na área econômica, há evidências de que o PMCMV reduz a probabilidade de estar empregado no mercado de trabalho formal para os adultos. Aproveitando a seleção aleatória dos indivíduos para a participação no PMCMV no município do Rio de Janeiro, esse trabalho explora a variação temporal do efeito sobre o mercado de trabalho formal, para entender se há diferenças entre resultados de curto, médio e longo prazo. Para isso, são utilizados dados do mercado de trabalho formal entre 2007 e 2017. Um segundo ponto é entender se o programa de fato impacta a localização daqueles que são selecionados para participar. Para isso, o sistema de transporte público coletivo da capital fluminense é recriado para todos os anos entre 2014 e 2017, analisando como a acessibilidade do local de moradia dos indivíduos que receberam uma oferta para o programa e dos indivíduos que não receberam variou no período. Os resultados indicam que a localização dos empreendimentos é pior do que o local de moradia anterior daqueles que foram sorteados e também do grupo de controle. Além disso, por conta da reestruturação no sistema de transporte público na capital fluminense, os locais onde foram construídos os empreendimentos perderam acessibilidade ao mercado de trabalho formal entre os anos de 2014 e 2017. Os dados mais recentes do mercado de trabalho formal mostram que o efeito negativo sobre a probabilidade de emprego parece estar se dissipando com o tempo (a maior diferença entre o grupo que recebe uma oferta para participar do programa e o grupo que não recebe se dá cerca de 3 anos e meio depois), a despeito da piora na acessibilidade dos empreendimentos durante todo o período. Essa recuperação na empregabilidade não é condizente com a explicação de que a má localização é o mecanismo que gera degradação no mercado de trabalho formal, conforme apontado pelos estudo anteriores. Futuros estudos podem explorar o fato levantado por Da Mata e Mation (2018) de que houve aumento na probabilidade de compra de motocicleta para a população que recebeu uma oferta para participar do PMCMV. Isso pode indicar uma adaptação dos indivíduos a uma situação adversa, que podem ter trocado de modo de transporte para ter maior acessibilidade ao mercado de trabalho formal.The My Home My Life Program (PMCMV) is the largest Brazilian housing program and one of the largest in the world. Since its beginning in 2009, it has built more than 5 million housing units (UH), more than the National Housing Bank (BNH) in its 20-year history. The international literature points out that housing programs have little or no impact on the labor market for adult beneficiaries. The impacts of programs in this area would be on subjective outcomes, such as perceptions about quality of life, or outcomes for children who have changed to new housing when young. Studies on the PMCMV in many Brazilian cities indicate that the urban insertion of the program was poor, repeating the pattern of building large housing complexes on the outskirts of cities, such as policies prior to PMCMV, notably BNH. In the economic area, there is evidence that PMCMV reduces the probability of being employed in the formal job market for adults. Taking advantage of the random selection of individuals for participation in PMCMV in the city of Rio de Janeiro, this paper explores the temporal variation of the effect on the formal labor market, to understand if there are differences between short, medium and long term results. For this, formal labor market data are used between 2007 and 2017. A second point is to understand whether the program actually impacts the location of those who are selected to participate. To this end, the collective public transport system of Rio de Janeiro city is recreated for each year between 2014 and 2017, analyzing how the accessibility of the dwelling place of the individuals who received an offer for the program and of the individuals who did not receive varied during the period. The results indicate that the location of the program housing units is worse than the previous dwelling place of those who were drawn and also of the control group. In addition, due to the restructuring of the public transportation system in the city of Rio de Janeiro, the places where the housing units were built have lost accessibility to the formal labor market between 2014 and 2017. The latest data from the formal labor market show that the negative effect on the probability of employment seems to be dissipating over time (the biggest difference between the group that receives an offer to participate in the program and the group that does not take place about 3 and a half years later), despite the worsening in the accessibility of ventures throughout the period. This recovery in employability is not consistent with the explanation that poor localization is the mechanism that generates degradation in the formal labor market, as pointed out in previous studies. Future studies may explore the fact raised by Da Mata e Mation (2018) that there was an increase in the probability of buying a motorcycle for the population that received an offer to participate in the PMCMV. This may indicate an adaptation of individuals to an adverse situation, which may have switched commuting mode to improve accessibility to the formal labor market.porHousingFormal labor marketAccessibilityPrograma Minha Casa Minha VidaMCMVPMCMVHabitaçãoEmprego formalAcessibilidadeAdministração públicaHabitação - Rio de Janeiro (RJ)Habitação popular - Rio de Janeiro (RJ)Política habitacional - BrasilMercado de trabalho - Rio de Janeiro (RJ)Moradia, localização e o programa habitacional "Minha Casa Minha Vida" no município do Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do FGV (FGV Repositório Digital)instname:Fundação Getulio Vargas (FGV)instacron:FGVTEXTdissertacao_taina_20190322.pdf.txtdissertacao_taina_20190322.pdf.txtExtracted 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Política habitacional - Brasil
Mercado de trabalho - Rio de Janeiro (RJ)
description O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) é o maior programa habitacional brasileiro e um dos maiores do mundo. Desde 2009, quando foi criado, construiu mais de 5 milhões de unidades habitacionais (UH), mais do que o Banco Nacional de Habitação (BNH) em 20 anos de história. A literatura internacional aponta que programas habitacionais tem pouco ou nenhum impacto sobre o mercado de trabalho para os indivíduos adultos beneficiados. Os impactos de programas nessa área se dariam sobre resultados subjetivos, como percepção sobre a qualidade de vida, ou em resultados para crianças que mudaram quando jovens para as novas moradias. Estudos sobre o PMCMV em todo Brasil apontam que a inserção urbana do programa foi ruim, repetindo o padrão de construir grandes conjuntos habitacionais na periferia das cidades, como políticas anteriores ao PMCMV, notadamente o BNH. Na área econômica, há evidências de que o PMCMV reduz a probabilidade de estar empregado no mercado de trabalho formal para os adultos. Aproveitando a seleção aleatória dos indivíduos para a participação no PMCMV no município do Rio de Janeiro, esse trabalho explora a variação temporal do efeito sobre o mercado de trabalho formal, para entender se há diferenças entre resultados de curto, médio e longo prazo. Para isso, são utilizados dados do mercado de trabalho formal entre 2007 e 2017. Um segundo ponto é entender se o programa de fato impacta a localização daqueles que são selecionados para participar. Para isso, o sistema de transporte público coletivo da capital fluminense é recriado para todos os anos entre 2014 e 2017, analisando como a acessibilidade do local de moradia dos indivíduos que receberam uma oferta para o programa e dos indivíduos que não receberam variou no período. Os resultados indicam que a localização dos empreendimentos é pior do que o local de moradia anterior daqueles que foram sorteados e também do grupo de controle. Além disso, por conta da reestruturação no sistema de transporte público na capital fluminense, os locais onde foram construídos os empreendimentos perderam acessibilidade ao mercado de trabalho formal entre os anos de 2014 e 2017. Os dados mais recentes do mercado de trabalho formal mostram que o efeito negativo sobre a probabilidade de emprego parece estar se dissipando com o tempo (a maior diferença entre o grupo que recebe uma oferta para participar do programa e o grupo que não recebe se dá cerca de 3 anos e meio depois), a despeito da piora na acessibilidade dos empreendimentos durante todo o período. Essa recuperação na empregabilidade não é condizente com a explicação de que a má localização é o mecanismo que gera degradação no mercado de trabalho formal, conforme apontado pelos estudo anteriores. Futuros estudos podem explorar o fato levantado por Da Mata e Mation (2018) de que houve aumento na probabilidade de compra de motocicleta para a população que recebeu uma oferta para participar do PMCMV. Isso pode indicar uma adaptação dos indivíduos a uma situação adversa, que podem ter trocado de modo de transporte para ter maior acessibilidade ao mercado de trabalho formal.
publishDate 2019
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