Qualidade de vida no trabalho: controle e escondimento do mal-estar do trabalhador
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Trabalho, Educação e Saúde (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462009000300011 |
Resumo: | Este texto tenta fazer eco à desconstrução dos programas de QVT, na ótica do artigo da professora Valquíria Padilha. O ponto de partida são as considerações de Castoriadis (1997), relativas à 'racionalidade' do capitalismo que, fundada na conformidade entre meios e fins, não se interroga sobre a própria racionalidade desses fins, supostamente inquestionáveis. Relembra-se também aqui a atualidade das análises de Marx sobre o modo de produção capitalista e seu sistema de trocas, fundado na mais-valia e que faz da alienação a essência do trabalho. Tal modo de produção continua sendo uma fonte permanente de acidentes, doenças e mortes no trabalho, fazendo milhões de vítimas, anualmente, em todo o planeta. As relações entre capital e trabalho se traduzem em um conflito inconciliável, que os ideólogos da gestão de recursos humanos tentam, no entanto, 'desconhecer' ou ocultar. As sucessivas inovações tecnológicas estão orientadas, segundo Castoriadis, para a redução e posterior eliminação do homem, nos processos de produção, embora isso só seja parcialmente possível. Assim sendo, a 'racionalidade' da gestão dos recursos humanos deve recorrer a sucessivas estratégias de manipulação-sedução do trabalhador, através dos recorrentes modismos gerenciais, entre os quais se inserem os programas de QVT. |
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