ONDE OS SURDOS? PROTAGONISMO E ACESSIBILIDADE – Vivências durante o VIII ETBCES

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brito, Eliana da Silva Neiva
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Paiva, Valnice de Sousa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Atas de Saúde Ambiental
Texto Completo: https://revistaseletronicas.fmu.br/index.php/ASA/article/view/1959
Resumo: A educação para a diversidade é marcada por avanços e desafios e exige estudos e pesquisas frequentes para conhecer e compreender como ocorre a comunicação nos contextos de diversidade para a pessoa com surdez. Durante muito tempo a surdez era vista apenas pelo ângulo médico-terapêutico. Em direção oposta, novos pressupostos vêm sendo concebidos  para entender a surdez como uma diferença cultural  e não como uma patologia clí­nica. Atualmente devemos pensar a surdez com prerrogativas sócio antropológica, e visão interdisciplinar e transversal. Por isso, há de se considerar o cenário psicossocial e cultural onde os surdos se desenvolvem, pois eles formam um grupo distinto de pessoas, são um povo sócio-cultural-linguí­stico.  Objetivamos, portanto, através  deste trabalho  expor a experiência vivenciada durante um evento acadêmico, em Salvador-BA, concomitantemente, trazer uma visão geral da situação vivenciada pelos surdos no atual modelo inclusivista,  por motivo dos entraves ao cumprimento das leis, ou seja, do passar do planejado e promulgado ao realizado.  Atentando para a historicidade surda, percebemos que durante séculos os surdos foram invisibilizados e subjugados, sobrevivendo à margem de uma sociedade que ignora a diversidade, não diferente hoje, problematizamos a inserção social dos surdos, porque a Libras não está na sala de aula, nem a inclusão do surdo na sociedade. Desse modo, os surdos prosseguem em recorrente invisibilidade, sua lí­ngua silenciada, seus direitos atrofiados, continuando infelizmente, como estrangeiros em seu próprio paí­s. Sendo assim, idealizamos equidade quanto a transitalidade da pessoa Surda, nos meios acadêmicos, projetos, museus, teatros, cinemas, espaços de lazer e outros espaços socioculturais, ladeados pela Libras - Lí­ngua Brasileira de Sinais. Certamente por esse modelo agregar-se-ia valor à trí­ade comunicacional: espaço-visu-motor, que é a forma comunicacional do surdo com o mundo enquanto os incentivaria a estar nos espaços socioculturais.  Dessa forma, surge a necessidade de promover momentos de estudos para ampliar as possibilidades de comunicação dos indiví­duos, com vistas à difusão do conhecimento da Libras  e cumprimento das leis relacionadas  a intérpretes  de lí­ngua de sinais, nos locais comuns.  Os aportes teóricos da pesquisa foram: Lodi (2013), Sá e Ranauro (1999), Santana e Bergamo (2005), Skliar (1998).  Na metodologia foi desenvolvida a pesquisa bibliográfica e a pesquisa participativa e a posteriori foram elaborado oficinas pedagógicas para a difusão da Libras,  com vistas  a serem desenvolvidas para pais, professores, estudantes surdos e ouvintes, na comunidade em geral. Conversamos com os autores que apoiam os princí­pios da Educação Bilí­ngue na realização de atividades práticas para envolver os participantes da comunidade e do contexto acadêmico. Conclui-se que, para ser efetivo, um processo de inclusão requer mudanças nas polí­ticas públicas que normatizam o processo socioeducativo das pessoas com surdez, como também recorrermos a práticas socioeducativas para a acessibilidade da pessoa surda, na perspectiva de promover um elo de articulação de novos conhecimentos com vistas à disseminação do conhecimento da cultura surda e da Libras em diferentes contextos.
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