O CALDEIRÃO DA COZINHA BRASILEIRA: diálogos históricos e culturais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Carla Janaína Romão Pereira
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Costa, José Paulo S. Sobrinho, Sabião, Roseline Martins
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Psicologia e Saúde em Debate
Texto Completo: https://psicodebate.dpgpsifpm.com.br/index.php/periodico/article/view/571
Resumo: Introdução: Os europeus e os africanos que aqui se instalavam trouxeram com eles um conjuntoamplo de práticas culturais alimentares, que assim para “satisfazê-las, tinham em sua bagagemvários elementos, técnicas e ingredientes, mas também valores, preferências, prescrições eproibições. Nas novas terras, utilizando-se de elementos locais, criaram sistemas alimentares ecozinhas novas”. As especiarias eram sinônimas de poder e riqueza, sendo usadas nos preparosdos alimentos e na sua conservação. Usavam-nas também para medicamentos, perfumes,cosméticos e corantes de tecidos, sendo comercializadas por valores altíssimos. Assim, com intuitode ressaltar a cozinha Brasileira como um caldeirão de ingredientes, denomina-se então, a cozinhanatural, destacando a formação da nação brasileira, sua ligação direta aos povos indígenas, poisos índios foram os primeiros habitantes e de fato, os mais de duzentos grupos indígenas conhecidosno território brasileiro nos legaram heranças culturais. Objetivo: Destacar a influência indígena naculinária brasileira, isto é, a forte presença indígena mesclada com a imigração europeiadiferenciava a gastronomia da região norte do Brasil. A Metodologia: Este é um Trabalho qualitativo,de pesquisa de revisão de literatura em obras, sites e artigos científicos. O estudo tem uma revisãoconceitual sobre a importância da cultura indígena e brasileira, levantamento bibliográfico,dialogando com a teoria dos autores Gilberto Freyre, Luis da Câmara e Rodrigo de Aguiar, entreoutros, e destaca, “O Caldeirão da cozinha Brasileira”. Considerações: Este trabalho interdisciplinar,foi apresentado no Curso de Tecnologia em Gastronomia da Faculdade Patos de Minas (FPM),como requisito parcial do primeiro semestre de 2019. Observa-se que mesmo sendo exemplo deculinária nacional, apesar de suas raízes amazônicas, a cozinha regional foi influenciada fortementepelos portugueses. Dessa forma, em cada região, em cada período, diferentes povos indígenasestiveram em contato com portugueses, como também outros colonizadores europeus e negrosproduzindo interações diversas. Estudou-se que com o advento das Grandes Navegações houveno mundo uma grande expansão do comércio e consequentemente de vários tipos de alimentos. Oeuropeu que chegou ao continente americano não conhecia inúmeros alimentos, como o milho, abatata, a mandioca e o tomate, que foram espalhados com o tempo por todo o planeta e nãosomente na Europa Desse modo, conclui-se que, com os grupos indígenas que tiveram pouco ounenhum contato com os ditos civilizados, o costume original ainda é o preponderante. Osingredientes da alimentação básica era a macaxeira (mandioca, ou aipim), milho, raízes, algumasfolhas e frutos de palmeiras. A caça era uma das principais fontes de alimento para o indígena.Portanto, na mesa mestiça brasileira estão presentes, num banquete a celebrar a miscigenação: oíndio, a matriz brasileira, os colonizadores portugueses, o escravo africano e muitos outros que quecontribuíram para a formação do povo brasileiro.
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