LEI DE ANISTIA SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista jurídica (Blumenau. Online) |
Texto Completo: | https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/9992 |
Resumo: | A anistia é um mecanismo que, utilizado no âmbito da Justiça de Transição, frequentemente tem a finalidade de inviabilizar a responsabilização criminal por sistemáticas violações de direitos humanos. Nos últimos anos, a Lei de Anistia brasileira foi submetida ao exame de compatibilidade com a Constituição Federal de 1988 pelo Supero Tribunal Federal; e com a Convenção Americana de Direitos Humanos pela Corte Interamericana de Direitos Humanos – e as Cortes chegaram a conclusões diametralmente opostas em relação à validade destas normas. A fim de compreender a fundamentação dessas decisões divergentes e sua consequência, o presente trabalho analisa o desenvolvimento da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre as experiências de anistia latino-americanas e brasileira; e identifica a fundamentação preponderante nos votos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal brasileiro. Dessa apuração é possível aferir que o Supremo Tribunal Federal brasileiro fez valer interpretação tradicional do conceito de anistia e manteve a Lei de Anistia em sua integralidade, superando até mesmo as garantias constitucionais de defesa de direitos humanos e de respeito aos tratados e as convenções internacionais firmadas. Noutro giro, as reiteradas decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos exigem a exclusão de crimes cometidos graves violações de direitos humanos e autorizam um novo caminho para a responsabilização individual pelas vias da jurisdição universal. |
id |
FURB-8_922fbe12461bf5042ebf8f1d51cc1e02 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.bu.furb.br:article/9992 |
network_acronym_str |
FURB-8 |
network_name_str |
Revista jurídica (Blumenau. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
LEI DE ANISTIA SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOSAnistiaJustiça de TransiçãoCorte Interamericana de Direitos HumanosSupremo Tribunal FederalA anistia é um mecanismo que, utilizado no âmbito da Justiça de Transição, frequentemente tem a finalidade de inviabilizar a responsabilização criminal por sistemáticas violações de direitos humanos. Nos últimos anos, a Lei de Anistia brasileira foi submetida ao exame de compatibilidade com a Constituição Federal de 1988 pelo Supero Tribunal Federal; e com a Convenção Americana de Direitos Humanos pela Corte Interamericana de Direitos Humanos – e as Cortes chegaram a conclusões diametralmente opostas em relação à validade destas normas. A fim de compreender a fundamentação dessas decisões divergentes e sua consequência, o presente trabalho analisa o desenvolvimento da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre as experiências de anistia latino-americanas e brasileira; e identifica a fundamentação preponderante nos votos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal brasileiro. Dessa apuração é possível aferir que o Supremo Tribunal Federal brasileiro fez valer interpretação tradicional do conceito de anistia e manteve a Lei de Anistia em sua integralidade, superando até mesmo as garantias constitucionais de defesa de direitos humanos e de respeito aos tratados e as convenções internacionais firmadas. Noutro giro, as reiteradas decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos exigem a exclusão de crimes cometidos graves violações de direitos humanos e autorizam um novo caminho para a responsabilização individual pelas vias da jurisdição universal.Revista Jurídica (FURB)Revista Jurídica (FURB)2022-12-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/9992Revista Jurídica (FURB); Vol. 26 (2022): v. 26 (2022); e9992Revista Jurídica (FURB); v. 26 (2022): v. 26 (2022); e99921982-4858reponame:Revista jurídica (Blumenau. Online)instname:Universidade Regional de Blumenau (FURB)instacron:FURBporhttps://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/9992/5828Copyright (c) 2022 Revista Jurídica (FURB)info:eu-repo/semantics/openAccessde la Flor, Felipe Bruno SilvaBonfigli, Fiammetta2022-12-30T00:34:00Zoai:ojs.bu.furb.br:article/9992Revistahttps://proxy.furb.br/ojs/index.php/juridica/indexPUBhttps://proxy.furb.br/ojs/index.php/juridica/oai||revistajuridica@furb.br1982-48581415-255Xopendoar:2022-12-30T00:34Revista jurídica (Blumenau. Online) - Universidade Regional de Blumenau (FURB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
LEI DE ANISTIA SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS |
title |
LEI DE ANISTIA SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS |
spellingShingle |
LEI DE ANISTIA SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS de la Flor, Felipe Bruno Silva Anistia Justiça de Transição Corte Interamericana de Direitos Humanos Supremo Tribunal Federal |
title_short |
LEI DE ANISTIA SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS |
title_full |
LEI DE ANISTIA SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS |
title_fullStr |
LEI DE ANISTIA SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS |
title_full_unstemmed |
LEI DE ANISTIA SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS |
title_sort |
LEI DE ANISTIA SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS |
author |
de la Flor, Felipe Bruno Silva |
author_facet |
de la Flor, Felipe Bruno Silva Bonfigli, Fiammetta |
author_role |
author |
author2 |
Bonfigli, Fiammetta |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
de la Flor, Felipe Bruno Silva Bonfigli, Fiammetta |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Anistia Justiça de Transição Corte Interamericana de Direitos Humanos Supremo Tribunal Federal |
topic |
Anistia Justiça de Transição Corte Interamericana de Direitos Humanos Supremo Tribunal Federal |
description |
A anistia é um mecanismo que, utilizado no âmbito da Justiça de Transição, frequentemente tem a finalidade de inviabilizar a responsabilização criminal por sistemáticas violações de direitos humanos. Nos últimos anos, a Lei de Anistia brasileira foi submetida ao exame de compatibilidade com a Constituição Federal de 1988 pelo Supero Tribunal Federal; e com a Convenção Americana de Direitos Humanos pela Corte Interamericana de Direitos Humanos – e as Cortes chegaram a conclusões diametralmente opostas em relação à validade destas normas. A fim de compreender a fundamentação dessas decisões divergentes e sua consequência, o presente trabalho analisa o desenvolvimento da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre as experiências de anistia latino-americanas e brasileira; e identifica a fundamentação preponderante nos votos dos Ministros do Supremo Tribunal Federal brasileiro. Dessa apuração é possível aferir que o Supremo Tribunal Federal brasileiro fez valer interpretação tradicional do conceito de anistia e manteve a Lei de Anistia em sua integralidade, superando até mesmo as garantias constitucionais de defesa de direitos humanos e de respeito aos tratados e as convenções internacionais firmadas. Noutro giro, as reiteradas decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos exigem a exclusão de crimes cometidos graves violações de direitos humanos e autorizam um novo caminho para a responsabilização individual pelas vias da jurisdição universal. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-12-16 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/9992 |
url |
https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/9992 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojsrevista.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/9992/5828 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 Revista Jurídica (FURB) info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 Revista Jurídica (FURB) |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Revista Jurídica (FURB) Revista Jurídica (FURB) |
publisher.none.fl_str_mv |
Revista Jurídica (FURB) Revista Jurídica (FURB) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Jurídica (FURB); Vol. 26 (2022): v. 26 (2022); e9992 Revista Jurídica (FURB); v. 26 (2022): v. 26 (2022); e9992 1982-4858 reponame:Revista jurídica (Blumenau. Online) instname:Universidade Regional de Blumenau (FURB) instacron:FURB |
instname_str |
Universidade Regional de Blumenau (FURB) |
instacron_str |
FURB |
institution |
FURB |
reponame_str |
Revista jurídica (Blumenau. Online) |
collection |
Revista jurídica (Blumenau. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista jurídica (Blumenau. Online) - Universidade Regional de Blumenau (FURB) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revistajuridica@furb.br |
_version_ |
1798945241595641856 |